O milionário e ela
4.5/5
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Sobre este e-book
Para se livrar das mulheres que o perseguiam, o milionário Salvatore Cardini, num impulso, propôs à empregada de limpeza do seu escritório que o acompanhasse a um jantar. Jessica aceitou, renitente, mas, quem conseguiria recusar um convite de um homem tão atraente e poderoso? Ele estava na lista dos homens mais ricos do mundo e ela, pelo contrário, tinha dois empregos para sobreviver. No entanto, não se apercebera de que o seu papel não era só andar de braço dado em público com Salvatore, mas também ser a sua amante!
Sharon Kendrick
Sharon Kendrick started story-telling at the age of eleven and has never stopped. She likes to write fast-paced, feel-good romances with heroes who are so sexy they’ll make your toes curl! She lives in the beautiful city of Winchester – where she can see the cathedral from her window (when standing on tip-toe!). She has two children, Celia and Patrick and her passions include music, books, cooking and eating – and drifting into daydreams while working out new plots.
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O milionário e ela - Sharon Kendrick
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2008 Sharon Kendrick
© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O milionário e ela, n.º 1202 - janeiro 2018
Título original: Bought for the Sicilian Billionaire’s Bed
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9170-987-9
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Epílogo
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Capítulo 1
– Madonna mia!
As palavras pareciam tão azedas como os limões sicilianos e tão substanciosas como o seu vinho, mas Jessica não levantou a cabeça da sua tarefa. Ainda tinha de lavar o chão e a casa de banho do executivo antes de se ir embora para casa.
Além disso, olhar para Salvatore era uma distracção. Mexeu a esfregona sobre o chão. Uma distracção muito grande.
– O que raios se passa com as mulheres? – perguntou Salvatore acaloradamente e os seus olhos semicerraram-se ao ver que não obtinha nenhuma resposta da figura sombria que estava no canto. – Jessica?
A pergunta foi como o tiro de um revólver e Jessica levantou a cabeça para olhar para o homem que dera o tiro. Imediatamente, sentiu atracção por aquela figura masculina e, confusa, ficou petrificada.
Até ela, com a sua escassa experiência com o sexo oposto, percebia que havia poucos homens como aquele, com aquele ar de arrogância e personalidade forte.
Salvatore Cardini… chefe da poderosa família Cardini. Dominante, impulsivo e objectivo de todas as mulheres de Londres, a julgar pelo que os empregados comentavam.
– Sim, senhor? – perguntou Jessica, serenamente.
Não era fácil manter a serenidade sob aquele olhar poderoso e aquele brilho intimidante dos seus olhos.
– Não percebeu que estava a falar consigo?
Jessica pousou a esfregona no balde cheio de espuma e engoliu em seco.
– Hum… Na verdade, não, não percebi. Pensei que estava a falar sozinho.
– Não – disse ele, olhando fixamente para ela, num inglês perfeito com sotaque estrangeiro. – Não tenho o costume de falar sozinho. Estava a expressar a minha raiva. Se tivesse uma certa perspicácia teria percebido.
O que se deduzia daquele comentário, pensou Jessica, era que se ela tivesse essa perspicácia não teria estado a fazer aquele trabalho.
Nos últimos meses, desde que o influente dono da Indústrias Cardini tinha vindo da sua Sicília natal, Jessica tinha aprendido a adaptar-se às peculiaridades do seu carácter. Se o senhor Cardini queria falar com ela, teria de o deixar falar. O chão podia esperar. Não fazer caso ao dono de semelhante empresa era muito arriscado!
– Lamento, senhor – disse Jessica. – Posso ajudá-lo com alguma coisa?
– Duvido – Salvatore olhou para o ecrã do computador. – Convidaram-me para um jantar de negócios amanhã.
– Isso é bom.
Salvatore virou a cabeça e olhou para ela friamente.
– Não, não é bom – gozou. – Porque é que os ingleses descrevem sempre as coisas como «boas»? Não é bom, mas tenho de o fazer. Facilita os negócios com essa gente.
Jessica olhou para ele, perturbada.
– Então, receio que não entenda qual é o problema.
– O problema é… – Salvatore leu novamente a mensagem de correio electrónico e curvou os lábios num ar de desdém, – que o homem com que estou a fazer negócios tem uma esposa, uma mulher ambiciosa, aparentemente. Ela tem amigas, muitas amigas e… – Salvatore voltou a ler o ecrã. – «Amy quer conhecê-lo» – leu. – «E as suas amigas também. Algumas das quais são muito bonitas, acredite! Não se preocupe, Salvatore, antes do final do ano vê-lo-emos comprometido com uma inglesa!»
– Bom, qual é o problema? – perguntou Jessica, timidamente, embora sentisse uma ridícula pontada de ciúmes.
Salvatore soprou.
– Porque é que as pessoas gostam tanto de se intrometer na vida dos outros? – perguntou Salvatore. – E o que raios os faz pensar que preciso de uma esposa?
Jessica encolheu os ombros. Não pensava que o seu chefe quisesse uma resposta e, além disso, ela não queria ver-se na obrigação de responder àquela pergunta. O que podia dizer? Que ela suspeitava que as pessoas queriam casá-lo porque era rico, tinha contactos e era terrivelmente atraente?
No entanto, os traços da sua cara pareciam-lhe um pouco duros, embora fosse verdade que a sua boca era sensual, embora mal sorrisse. E o seu olhar era intenso e penetrante… Como era tão bonito, podiam perdoar-lhe tudo.
Ela tinha visto muitas mulheres que se sentiam atraídas pela sua presença e muitos homens a observá-lo com apreensão e respeito ao mesmo tempo…
E ela também tinha olhado para ele, porque simplesmente era um gosto fazê-lo.
Era alto e magro. Debaixo da sua roupa adivinhavam-se uns músculos duros e um peito esplendoroso. O seu cabelo preto realçava aquela pele azeitonada e completava a sua aparência mediterrânica.
Mas eram os seus olhos azuis brilhantes que sobressaíam mais… Tinham a cor de um céu claro ou do mar num dia de Verão. Ela própria sentia-se um pouco enjoada às vezes quando ele olhava para ela. Como naquele momento.
Uma leve ruga de impaciência formou-se nas sobrancelhas de Salvatore Cardini. O que a fazia pensar que ele estava à espera da sua resposta.
Distraída com a sua presença, Jessica teve de fazer um esforço para recordar exactamente o que lhe tinha perguntado.
– Talvez pensem que precisa de uma esposa porque é… Bom, tem a idade exacta para se casar, senhor.
– Pensa que sim? – perguntou ele.
Jessica sentiu-se encurralada. Então, abanou a cabeça.
Se ela não estava nos seus planos, seria melhor permanecer solteiro!
– Na verdade, não. Realmente não pensei no seu futuro como homem casado. Mas sabe como são as pessoas. Quando um homem passa dos trinta anos, e acho que já os passou, todos esperam que se case.
– Sim – disse Salvatore, pensativo, e passou uma mão por uma zona da face que começava a estar áspera, apesar de se ter barbeado naquela manhã. – Exactamente. No meu país é igual!
Salvatore abanou a cabeça impacientemente. Tinha pensado que as coisas seriam diferentes em Inglaterra?
Sim, é claro que sim. Aquela fora uma das razões pelas quais tinha ido para Londres: para poder divertir-se um pouco sem complicações, antes de chegar o inevitável momento de voltar para a Sicília e escolher uma esposa adequada. Por uma vez na sua vida tinha querido fugir de todas as expectativas que indevidamente acompanhavam o seu poderoso apelido, sobretudo na sua vila natal.
A Sicília era uma pequena ilha onde todos se conheciam e os comentários a respeito de quando e com quem se casaria o mais velho dos Cardini tinham preocupado muitos durante muito tempo. Na Sicília, se o viam a falar com uma mulher durante mais do que um instante, os seus pais deduziam que podia haver casamento.
Aquela era a primeira vez que vivia num lugar diferente da sua vila natal, mas depois de um tempo relativamente curto descobrira que, até com o seu relativo anonimato em Inglaterra, as expectativas das pessoas continuavam a ser altas quando se tratava de um homem solteiro e poderoso. Os tempos mudavam mais devagar do que pensava.
As mulheres maquinavam planos a toda a hora quando se tratava de um homem viril com uma conta bancária aparentemente sem fundo.
Quando fora a última vez que pedira o número de telefone a uma mulher?
Não recordava. Naqueles tempos, as mulheres registavam o seu número de telefone nos seus telemóveis antes de ele ter tempo de lhes perguntar o seu apelido!
Salvatore tinha valores tradicionais sobre o papel dos sexos e não o escondia. E, para ele, deviam ser os homens a conquistar as mulheres.
– Não sei o que fazer, sinceramente – murmurou Salvatore, suavemente.
Jessica não sabia se devia voltar a agarrar na esfregona. Provavelmente, não. Ele estava a olhar para ela como se esperasse que dissesse alguma coisa e não era fácil saber o que responder. Ela teria sabido o que dizer no caso de ser uma amiga. Mas, tratando-se do seu chefe, poderia ser assim tão sincera?
– Bom, isso depende das alternativas que tenha, senhor – disse Jessica, diplomaticamente.
Os longos dedos de Salvatore bateram sobre a superfície lustrosa da sua secretária.
– Posso rejeitar o convite para o jantar – sugeriu ele.