Platão Para Iniciados Vol 27 Hippias

De Adeilson Nogueira

Hippias (ou o que é Beleza) ou Hippias Maior (em grego: Ἱππίας μείζων, Hippías meízōn), para distingui-lo do Hippias Minor, que tem o mesmo personagem principal) é um dos diálogos de Platão. Pertence aos primeiros diálogos, escritos enquanto o autor ainda era jovem. Sua data precisa é incerta, embora a data de 390 AC tenha sido sugerida; sua autenticidade tem sido duvidada. No Hippias Major, Sócrates e Hippias procuraram encontrar uma definição de beleza , mas estão destinados a falhar devido à sua incapacidade de formular uma resposta que englobe todo o conceito. Como em Charmides, Lysias e Euthyphro, Hippias tem um propósito anatréptico , isto é, o resultado do diálogo é derrotar opiniões comumente, sem necessariamente oferecer uma resolução. O conceito de algo de bom em si (se apenas obliquamente) faz sua primeira aparição neste trabalho.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 31 de mar. de 2022

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PLATÃO PARA INICIADOS

VOL 27

HIPPIAS

Adeilson Nogueira

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO......................................................................................04

SÍNTESE DA OBRA................................................................................06

HIPPIAS...............................................................................................14

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INTRODUÇÃO

Hippias (ou o que é Beleza) ou Hippias Maior (em grego: Ἱππίας

μείζων, Hippías meízōn), para distingui-lo do Hippias Minor, que tem o mesmo personagem principal) é um dos diálogos de Platão.

Pertence aos primeiros diálogos, escritos enquanto o autor ainda era jovem. Sua data precisa é incerta, embora a data de 390 AC

tenha sido sugerida; sua autenticidade tem sido duvidada.

No Hippias Major, Sócrates e Hippias procuraram encontrar uma definição de beleza, mas estão destinados a falhar devido à sua 4

incapacidade de formular uma resposta que englobe todo o conceito.

Como em Charmides, Lysias e Euthyphro, Hippias tem um propósito anatréptico, isto é, o resultado do diálogo é derrotar opiniões comumente, sem necessariamente oferecer uma resolução. O conceito de algo de bom em si (se apenas obliquamente) faz sua primeira aparição neste trabalho.

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SÍNTESE DA OBRA

O termo grego real que é usado no diálogo é καλόν, que como um adjetivo muitas vezes significa multa ou nobre, bem como bela.

Por esta razão, tradutores como Paul Woodruff tipicamente traduzem o termo (τὸ καλόν - o substantivo abstrato do adjetivo) como Fina (coisas) em vez de Bela.

O diálogo pode ser lido tanto quanto um trabalho filosófico sério como uma comédia satírica leve com dois atores. A astúcia de Sócrates em se refugiar sob a autoridade de um suposto terceiro protagonista para dirigir a crítica mordaz em Hippias, dota o diálogo de humor.

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Hippias era um sofista bem conhecido, originalmente de Elis.

Conhecido em toda a Grécia Antiga, ele era conhecido por ter dominado matemática, astronomia e retórica; ele se gabava de poder falar sobre qualquer assunto em Olímpia sem preparação.

Ele é apresentado por Platão, talvez um pouco caricaturado, como vaidoso, estreito e de intelecto limitado; tanto quanto ele está em Hippias Menor.

Hippias, cujo negócio o mantinha afastado de Atenas por um longo tempo, chega à cidade para dar uma palestra na escola de Pheidostratus nos próximos dias. Encontra-se com Sócrates, e este lhe pergunta por que um homem tão precioso e sábio como Hipias privou os atenienses de sua presença por tanto tempo. É, explica o grande sofista, porque sua Elis nativa estava tão necessitada de seus serviços, e lhe confiou várias importantes missões diplomáticas em diferentes cidades; nomeadamente em Esparta. Ele fez uso de suas viagens pelo mundo grego para educar um grande número de jovens e ganhar grandes somas de dinheiro. Um desses exemplos foi a pequena cidade de Inycus, na Sicília, onde os habitantes modestos sacrificaram boa parte de suas economias para ver educados seus filhos.

A aplicação excessiva da lei pode levar à ilegalidade?

Sócrates ironicamente lhe assegura que tudo isso é admirável. E

se Hippias gastou uma parte tão grande de seu tempo em Esparta, ele pergunta, este deve ser onde ele ganhou mais? Mas Hipias diz: ele não tocou em um obolus lá. Não era porque os espartanos não desejassem a melhor educação possível para seus filhos, e não porque não compreendessem o verdadeiro valor de Hippias. A única razão era que "não é o uso herdado dos Lacedemonianos 7

mudar suas leis ou educar seus filhos diferentemente do que é costumeiro".

No entanto, enfatizou Sócrates, a lei é precisamente feita para o uso e felicidade dos cidadãos, duas coisas que Hippias teria sido muito capaz de contribuir. Por estarem demasiado ligados à lei e recusarem os serviços de Hippias, os espartanos contradizem o objetivo de suas próprias leis e, portanto, podem ser considerados ilegais. Hippias concorda. Sócrates então pergunta-lhe então como ele teve, no entanto, tanto sucesso nesta