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Platão Para Iniciados Vol 31 Protágoras
Platão Para Iniciados Vol 31 Protágoras
Platão Para Iniciados Vol 31 Protágoras
E-book103 páginas1 hora

Platão Para Iniciados Vol 31 Protágoras

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Sobre este e-book

O Protágoras, como vários dos Diálogos de Platão, é posto na boca de Sócrates, que descreve uma conversa que teve lugar entre ele e o grande sofista na casa de Callias, onde também os estudiosos Hipápolis e o gramático Prodicus haviam participado, bem como Alcibíades e Crítias, que disseram algumas palavras na presença de uma distinta companhia que consistia de discípulos de Protágoras e de atenienses líderes pertencentes ao círculo socrático. O diálogo começa com um pedido por parte de Hipócrates de que Sócrates o apresentasse ao célebre professor. Ele veio antes do amanhecer - tão fervoroso é o seu zelo. Sócrates modera sua excitação e aconselha-o a descobrir o que Protágoras fará dele , antes de se tornar seu discípulo. Eles vão juntos para a casa de Callias; e Sócrates, depois de explicar o propósito de sua visita a Protágoras, faz a pergunta: O que ele fará de Hipócrates?”. Protágoras responde: “Ele o tornará um homem melhor e mais sábio”. “Mas em que ele vai ser melhor?”. Sócrates deseja ter uma resposta mais precisa. Protágoras responde: “Que lhe ensinará prudência em assuntos privados e públicos; em suma, a ciência ou o conhecimento da vida humana”. Isto, como Sócrates admite, é uma nobre profissão; mas ele, o melhor, teria duvidado, se tal conhecimento pode ser ensinado, se Protágoras não lhe tivesse assegurado o fato, por duas razões: (1) Porque o povo ateniense, que reconhece em suas assembleias a distinção entre o qualificado e os não qualificados nas artes, não distinguem entre o político treinado e o destreinado; (2) Porque os mais sábios e melhores cidadãos atenienses não ensinam a seus filhos a virtude política. Protágoras responderá a essas objeções?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de abr. de 2022
Platão Para Iniciados Vol 31 Protágoras

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    Platão Para Iniciados Vol 31 Protágoras - Adeilson Nogueira

    PLATÃO PARA INICIADOS

    VOL 31

    PROTÁGORAS

    Adeilson Nogueira

    1

    Todos os direitos reservados.

    Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico, e mecânico, fotográfico e gravação ou qualquer outro, sem a permissão expressa do autor. Sob pena da lei.

    2

    ÍNDICE

    INTRODUÇÃO......................................................................................04

    ANALISANDO O DIÁLOGO...................................................................06

    PROTÁGORAS.....................................................................................25

    3

    INTRODUÇÃO

    O Protágoras, como vários dos Diálogos de Platão, é posto na boca de Sócrates, que descreve uma conversa que teve lugar entre ele e o grande sofista na casa de Callias, onde também os estudiosos Hipápolis e o gramático Prodicus haviam participado, bem como Alcibíades e Crítias, que disseram algumas palavras na presença de uma distinta companhia que consistia de discípulos de Protágoras e de atenienses líderes pertencentes ao círculo socrático.

    O diálogo começa com um pedido por parte de Hipócrates de que Sócrates o apresentasse ao célebre professor. Ele veio antes do 4

    amanhecer - tão fervoroso é o seu zelo. Sócrates modera sua excitação e aconselha-o a descobrir o que Protágoras fará dele, antes de se tornar seu discípulo. Eles vão juntos para a casa de Callias; e Sócrates, depois de explicar o propósito de sua visita a Protágoras, faz a pergunta: O que ele fará de Hipócrates?.

    Protágoras responde: Ele o tornará um homem melhor e mais sábio. Mas em que ele vai ser melhor?.

    Sócrates deseja ter uma resposta mais precisa. Protágoras responde: Que lhe ensinará prudência em assuntos privados e públicos; em suma, a ciência ou o conhecimento da vida humana.

    Isto, como Sócrates admite, é uma nobre profissão; mas ele, o melhor, teria duvidado, se tal conhecimento pode ser ensinado, se Protágoras não lhe tivesse assegurado o fato, por duas razões: (1) Porque o povo ateniense, que reconhece em suas assembleias a distinção entre o qualificado e os não qualificados nas artes, não distinguem entre o político treinado e o destreinado; (2) Porque os mais sábios e melhores cidadãos atenienses não ensinam a seus filhos a virtude política.

    Protágoras responderá a essas objeções?

    5

    ANALISANDO O DIÁLOGO

    Protágoras explica suas opiniões sob a forma de um apólogo, no qual, depois que Prometeu deu aos homens as artes, Zeus é representado como enviando Hermes a eles, trazendo consigo justiça e reverência. Estas não são, como as artes, dadas apenas a alguns, mas todos os homens devem ser participantes delas.

    Portanto, o povo ateniense tem razão em distinguir entre os qualificados e não qualificados nas artes, e não entre os políticos qualificados e não qualificados.

    (1) Pois todos os homens têm as virtudes políticas até certo ponto, e são obrigados a dizer que as têm, quer as tenham ou não. Um 6

    homem seria considerado um louco que professava uma arte que não conhecia; mas ele também seria considerado um louco se ele não professasse uma virtude que ele não tinha.

    (2) E que as virtudes políticas podem ser ensinadas e adquiridas, na opinião dos atenienses, provadas pelo fato de que eles punem os malfeitores, com vistas à prevenção, é claro - a punição é para as bestas, e não para homens.

    (3) Novamente, os pais que ensinassem a seus filhos assuntos menores os deixam ignorantes do dever comum dos cidadãos?

    Para a dúvida de Sócrates a melhor resposta é o fato de que a educação da juventude na virtude começa quase tão logo eles podem falar, e é continuada pelo Estado quando eles passam para fora do controle dos pais.

    (4) Nem precisamos nos admirar de que os sábios e bons pais às vezes têm filhos tolos e sem valor. A virtude, como dissemos, não é a posse privada de qualquer homem, mas é compartilhada por todos, mas somente na medida em que cada indivíduo é por natureza capaz. E, na verdade, até o pior da humanidade civilizada parecerá virtuoso e justo, se os compararmos com os selvagens.

    (5) O erro de Sócrates reside em supor que não há professores de virtude, enquanto que todos os homens são professores em grau.

    Alguns, como Protágoras, são melhores do que outros, e com esse resultado devemos estar satisfeitos. Sócrates está muito satisfeito com a explicação de Protágoras. Mas ele ainda tem uma dúvida persistente em sua mente. Protágoras falou das virtudes: são muitas, ou uma? São partes de um todo, ou nomes diferentes da 7

    mesma coisa? Protágoras responde que são partes, como as partes de um rosto, que têm suas diversas funções, e nenhuma parte é como qualquer outra parte. Esta admissão, que foi feita um tanto precipitadamente, é agora retomada e examinada por Sócrates: "A justiça é justa, e a santidade é santa? E a justiça e a santidade são opostas umas às outras? - Então a justiça é profana.

    Protágoras preferiria dizer que a justiça é diferente da santidade, e ainda em certo ponto de vista quase o mesmo. Entretanto, ele não escapa dessa maneira da astúcia de Sócrates, que o inveja em uma admissão de que tudo tem um oposto. A loucura, por exemplo, é oposta à sabedoria; e a loucura também se opõe à temperança; e, portanto, a temperança e a sabedoria são as mesmas. E já se admitiu que a santidade é quase igual à justiça.

    A moderação, portanto, tem agora de ser comparada com a justiça. Protágoras, cujo temperamento o faz ficar um pouco irritado com o processo ao qual foi submetido, está ciente de que em breve será compelido pela dialética de Sócrates a admitir que o temperado é o justo.

    Ele, portanto, defende-se com sua arma favorita; ou seja, ele faz um longo discurso não muito ao ponto, que suscita o aplauso da plateia. Aqui ocorre uma espécie de interlúdio, que começa com uma declaração por parte de Sócrates que ele não pode seguir um longo discurso, e, portanto, ele deve implorar a Protágoras para falar mais suscintamente. Como Protágoras se recusa a acomodá-lo, ele se levanta para partir, mas é detido por Callias, que pensa que é irracional não permitir a Protágoras a liberdade que ele se toma de falar como quiser.

    8

    Mas Alcibíades responde que os dois casos não são paralelos.

    Sócrates admite sua incapacidade de falar muito; Protágoras, da mesma forma, reconhecerá sua incapacidade de falar brevemente? Os conselhos de moderação são exortados em primeiro lugar em poucas palavras por Crítias, e depois por Prodicus em linguagem equilibrada e sentenciosa; e Hippias propõe um árbitro.

    Mas quem será o árbitro? Reencontra Sócrates; ele preferiria sugerir como um compromisso que Protágoras pedirá e ele responderá, e que quando Protágoras está cansado de perguntar, ele próprio pedirá e Protágoras responderá. A este último produz-se um assentimento relutante. Protágoras seleciona como sua tese um poema de Simonides de Ceos, no qual ele professa encontrar uma contradição. Primeiro, o poeta diz: É difícil tornar-se bom, e então reprova Pittacus por ter dito: É difícil ser bom".

    Como isso pode ser reconciliado?

    Sócrates, familiarizado com o poema, fica constrangido a princípio e invoca a ajuda de Prodicus, o compatriota de Simonides, mas aparentemente só com a intenção de lisonjear-lhe as habilidades.

    Primeiro, é feita uma distinção entre (grego) ser, e (grego) tornar-se: tornar-se bom é difícil; ser bom é fácil. Em seguida, a palavra difícil ou difícil é explicada para significar mal no dialeto Ceon. A tudo isso Prodicus assenta; mas quando Protágoras se recupera, Sócrates retira o Prodicus da briga, sob o pretexto de que seu consentimento foi apenas destinado a testar o juízo de seu adversário.

    Ele então passa a dar outra explicação mais elaborada de toda a passagem. A explicação é a seguinte: - Os lacedemônios são 9

    grandes filósofos (embora este seja um fato que não é geralmente conhecido); e a alma de sua filosofia é a brevidade, que era também o estilo da antiguidade primitiva e dos sete sábios. Agora Pittacus tinha um ditado: É difícil ser bom; e Simonides, que estava com ciúmes da fama deste ditado, escreveu um poema que foi projetado para

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