32 minutos escutados
Os efeitos da crise política sobre a economia
Os efeitos da crise política sobre a economia
notas:
Duração:
24 minutos
Lançados:
18 de ago. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Na última sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, culpou a antecipação da disputa eleitoral por eventuais instabilidades no mercado e pelo atraso na agenda econômica. Segundo ele, os excessos de "alguns atores" seriam responsáveis pela dificuldade para aprovação de reformas. Guedes falou em um contexto marcado pela combinação de dados que preocupam: inflação e desemprego altos; dólar em sinal de elevação; e redução das projeções de crescimento da economia pra 2022. Sem dúvidas, há outros fatores importantes, além da crise política, que contribuem pra esse cenário. A China, por exemplo, acumula más notícias na economia, após o ressurgimento de surtos de Covid. Mas como o Brasil não tem como influenciar a recuperação chinesa, cabe fazer o dever de casa.
E, nesse caso, o ministro Paulo Guedes volta a ter papel importante. Ao tratar da instabilidade política, ele ignorou os ataques repetidos do presidente Jair Bolsonaro às instituições, gerando tensão crescente entre os poderes. Além disso, no final de maio, Guedes afirmou que o governo passaria a atuar "no ataque" de olho na eleição, após três anos "contendo gastos". Ou seja, deu a senha para abrir os cofres a despesas que podem ter efeito positivo sobre a popularidade do presidente, que fica menor a cada nova pesquisa, com uma fórmula conhecida. Além da generosa liberação de verbas para parlamentares aliados, a equipe econômica aposta suas fichas num modelo controverso para turbinar o Bolsa Família: o parcelamento das dívidas judiciais, os chamados precatórios. No Ao Ponto desta quarta-feira, a economista e colunista do GLOBO Zeina Latif explica como o mercado financeiro e os principais indicadores da economia reagem à evolução da crise política. Ela também analisa o comportamento da equipe econômica diante da queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
E, nesse caso, o ministro Paulo Guedes volta a ter papel importante. Ao tratar da instabilidade política, ele ignorou os ataques repetidos do presidente Jair Bolsonaro às instituições, gerando tensão crescente entre os poderes. Além disso, no final de maio, Guedes afirmou que o governo passaria a atuar "no ataque" de olho na eleição, após três anos "contendo gastos". Ou seja, deu a senha para abrir os cofres a despesas que podem ter efeito positivo sobre a popularidade do presidente, que fica menor a cada nova pesquisa, com uma fórmula conhecida. Além da generosa liberação de verbas para parlamentares aliados, a equipe econômica aposta suas fichas num modelo controverso para turbinar o Bolsa Família: o parcelamento das dívidas judiciais, os chamados precatórios. No Ao Ponto desta quarta-feira, a economista e colunista do GLOBO Zeina Latif explica como o mercado financeiro e os principais indicadores da economia reagem à evolução da crise política. Ela também analisa o comportamento da equipe econômica diante da queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
Lançados:
18 de ago. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)