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As suspeitas de "rachadinha" no gabinete de Carlos Bolsonaro
As suspeitas de "rachadinha" no gabinete de Carlos Bolsonaro
notas:
Duração:
24 minutos
Lançados:
2 de set. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
A revelação de que a Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) pôs mais um filho do presidente na mira de apurações que envolvem o chamado esquema da "rachadinha". O inquérito, sob responsabilidade do Ministério Público, foi aberto para apurar a contratação de funcionários “fantasmas”, caso revelado pelo GLOBO. No entanto, o avanço das investigações demonstrou a possível prática da devolução de parte dos salários de funcionários, o mesmo esquema que levou o MP-RJ a denunciar o senador Flávio Bolsonaro, em novembro de 2020. No caso de Flávio, o Ministério Público aponta que o ex-assessor Fabrício Queiroz era o principal responsável pelas transações. Agora, os promotores querem saber se, no caso de Carlos, esse papel seria exercido pela ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro Ana Cristina Valle, cujas movimentações financeiras chamaram a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Ana Cristina também teve os sigilos quebrados, em decisão de maio, revelada na terça-feira pela GloboNews. Carlos nega a prática de rachadinha e diz ser alvo acusações com "fatos velhos requentados".
Uma reportagem de 2019, produzida por sete repórteres do GLOBO e da revista Época, apontou relações de parentesco entre 102 servidores dos irmãos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro e do então deputado Jair Bolsonaro. Mesmo nomeados, muitos deles não frequentavam o ambiente de trabalho ou nem mesmo eram conhecidos no local. Foram esses indícios que motivaram a investigação do MP-RJ, quando decidiu apurar a contratação de empregados “fantasmas”. Foi quando os promotores identificaram que a ex-mulher de Jair Bolsonaro teve sete parentes empregados pelo 02 e perceberam que havia inconstências nas movimentações financeiras de Carlos, de Ana Cristina e também desses outros servidores, com o uso rotineiro de dinheiro em espécie. Os investigadores encontraram, por exemplo, transações no valor de R$ 1,7 milhão, em dinheiro, feitas por Rogéria Nantes Bolsonaro, mãe do vereador, entre os anos de 2007 e 2019. No Ao Ponto desta quinta-feira, o repórter João Paulo Saconi explica de que forma os promotores encontraram indícios de devolução de salários por servidores de Carlos Bolsonaro. O colunista Bernardo Mello Franco analisa as semelhanças com o caso de Flávio Bolsonaro e de que forma essa apuração afeta o presidente.
Uma reportagem de 2019, produzida por sete repórteres do GLOBO e da revista Época, apontou relações de parentesco entre 102 servidores dos irmãos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro e do então deputado Jair Bolsonaro. Mesmo nomeados, muitos deles não frequentavam o ambiente de trabalho ou nem mesmo eram conhecidos no local. Foram esses indícios que motivaram a investigação do MP-RJ, quando decidiu apurar a contratação de empregados “fantasmas”. Foi quando os promotores identificaram que a ex-mulher de Jair Bolsonaro teve sete parentes empregados pelo 02 e perceberam que havia inconstências nas movimentações financeiras de Carlos, de Ana Cristina e também desses outros servidores, com o uso rotineiro de dinheiro em espécie. Os investigadores encontraram, por exemplo, transações no valor de R$ 1,7 milhão, em dinheiro, feitas por Rogéria Nantes Bolsonaro, mãe do vereador, entre os anos de 2007 e 2019. No Ao Ponto desta quinta-feira, o repórter João Paulo Saconi explica de que forma os promotores encontraram indícios de devolução de salários por servidores de Carlos Bolsonaro. O colunista Bernardo Mello Franco analisa as semelhanças com o caso de Flávio Bolsonaro e de que forma essa apuração afeta o presidente.
Lançados:
2 de set. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)