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O drama Yanomami: 'Até eu peço ajuda pro garimpeiro'
O drama Yanomami: 'Até eu peço ajuda pro garimpeiro'
notas:
Duração:
23 minutos
Lançados:
25 de nov. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
A exploração ilegal de ouro e de outros minerais é um problema que se perpetua por mais de quatro décadas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Nos últimos anos, a situação se agravou com o estímulo à presença de garimpeiros nessa região. A atividade criminosa acaba com a vida dos rios que abastecem 370 aldeias da maior reserva indígena do país. Ocorre que o avanço das ações ilícitas coincide com um surto de malária e com o descaso das autoridades de saúde. Nos últimos dois anos, foram registrados 44 mil casos da doença nas comunidades. A malária e também a subnutrição fazem das crianças as principais vítimas. E, nesse contexto, na ausência de suporte estatal, a relação cada vez mais estreita entre indígenas e garimpeiros transforma o invasor em um aliado eventual.
A reportagem do GLOBO obteve o relato de um entre tantos garimpeiros que, de tão próximos às comunidades, acabam suprindo parte das graves deficiências de atendimento médico dentro da reserva. O governo garante que investe e dá suporte, mas a própria Funai reconhece que desde março de 2020, no começo da pandemia, a entrada de médicos e profissionais de saúde da Fiocruz está proibida. O Ministério da Saúde diz que nesse período realizou 16 missões para atender as aldeias. Mas os indígenas relatam um cenário de abandono, no qual faltam remédios, inclusive cloroquina, alimentos e água potável. No Ao Ponto desta quinta-feira, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana, Junior Hekurari, relata a dimensão dos estragos causados pelo surto de malária sem a devida assistência das autoridades de saúde. E conta de que forma até os garimpeiros acabam por auxiliar a suprir parte das necessidades por medicamentos e alimentos.
A reportagem do GLOBO obteve o relato de um entre tantos garimpeiros que, de tão próximos às comunidades, acabam suprindo parte das graves deficiências de atendimento médico dentro da reserva. O governo garante que investe e dá suporte, mas a própria Funai reconhece que desde março de 2020, no começo da pandemia, a entrada de médicos e profissionais de saúde da Fiocruz está proibida. O Ministério da Saúde diz que nesse período realizou 16 missões para atender as aldeias. Mas os indígenas relatam um cenário de abandono, no qual faltam remédios, inclusive cloroquina, alimentos e água potável. No Ao Ponto desta quinta-feira, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana, Junior Hekurari, relata a dimensão dos estragos causados pelo surto de malária sem a devida assistência das autoridades de saúde. E conta de que forma até os garimpeiros acabam por auxiliar a suprir parte das necessidades por medicamentos e alimentos.
Lançados:
25 de nov. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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A gestão de hospitais na pandemia | FÓRUM DE SAÚDE BRASIL: Debate realizado pelo GLOBO em 10 de maio, com patrocínio da Dasa, abordou a gestão dos hospitais durante a pandemia. Ao fim de 2020, houve um aumento nas internações por doenças infecciosas, principalmente a Covid-19. De outro, queda nos tratamentos de cânceres, infarto, AVC, insuficiência cardíaca, entre outros. Como equalizar esse cenário após o movimento de consolidação no país ao longo dos últimos anos? E na rede pública, como se deu a administração dos recursos recebidos pelo SUS? de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)