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Os "fortes indícios" da PF contra Ricardo Salles
Os "fortes indícios" da PF contra Ricardo Salles
notas:
Duração:
27 minutos
Lançados:
22 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Antes mesmo da reunião de 22 de abril de 2020, quando o ministro Ricardo Salles disse que era a hora de "passar a boiada", a porteira já estava aberta. Em fevereiro do ano passado, uma decisão do Ibama dava a senha para exportar madeira nobre, da Amazônia, sem que houvesse uma autorização prévia do próprio órgão de fiscalização. Acontece que essa mudança da norma se deu após um encontro entre o presidene do Ibama e representante dos madeireiros, o que chamou a atenção da Polícia Federal e de autoridades americanas, que alertaram à PF sobre o suposto envolvimento de servidores públicos em um esquema de contrabando de madeira para os EUA. A investigação apontou também a atuação do Ibama para legalizar carregamentos exportados antes da alteração da norma. Isso sem contar obstáculos impostos pelo próprio ministério para a fiscalização da extração ilegal na Amazônia. Parte dessa investigação, que prossegue, foi exposta na operação Akuanduba, deflagrada na semana passada e que teve como alvo o ministro Salles e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, afastado pelo período de 90 dias por decisão do ministro Alexandre de Morais, do STF. De acordo com o relatório da investigação, já há elementos para apontar crimes cometidos pelo presidente do Ibama e "fortes indícios" da participação do ministro Ricardo Salles com a atividade ilícita. Um desses elementos foi a identificação de movimentações financeiras atípicas, encontradas pelo Coaf, no escritório de advocacia de Salles, já depois que ele chegou ao primeiro escalão do governo. O ministro nega o recebimento de qualquer vantagem indevida. No Ao Ponto desta quarta-feira, os repórteres Leandro Prazeres e Aguirre Talento explicam de que forma se deu a investigação e detalhem as primeiras conclusões da PF em relação à atuação do ministro.
Lançados:
22 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)