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Como foi a investigação que expôs o flagelo Yanomami?
Como foi a investigação que expôs o flagelo Yanomami?
notas:
Duração:
25 minutos
Lançados:
13 de abr. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Na Terra Yanomami, faltam médicos. Na verdade, em algumas das mais de 300 comunidades da etnia em Roraima falta de tudo. O posto de saúde está fechado, a comida não chega e a malária corre solta. Também são cada vez mais frequentes os casos de doenças sexualmente transmissíveis, na mesma frequência que avança o garimpo. Tudo isso foi documentado e divulgado esta semana, em levantamento Hutukara Associação Yanomami, a mais importante da etnia, e foi feito com a assessoria técnica do Instituto Socioambiental. Os relatos começaram a ser coletados há quatro anos. Em 84 páginas, tradutores, especialistas e indígenas revelam como o garimpo explodiu de tamanho no último ano, alcançando mais de 3,2 mil hectares, um salto de 46% na comparação com 2020. Mas essa investigação revela também como os garimpeiros mudaram de estratégia para buscar ouro e cassiterita. Em vez de tentar tomar a terra à força, os operadores do garimpo aliciam jovens indígenas para o trabalho em troca de armas, comunicação e bebida. O levantamento também mostra como a fome e a miséria são usadas como moeda de troca para abusos sexuais contra meninas da etnia. No Ao Ponto desta quarta-feira, o repórter Daniel Biasetto, que conversou com pesquisadores e indígenas que participaram da elaboração do relatório, relata o que está ocorrendo nesse momento da maior Terra Indígena do Brasil e explica como os garimpeiros atuam para aliciar jovens e exploram a fome e a miséria para o cometimento de abusos contra adolescentes.
Lançados:
13 de abr. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)