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Do desmatamento ilegal ao tráfico, o mapa dos crimes na Amazônia
Do desmatamento ilegal ao tráfico, o mapa dos crimes na Amazônia
notas:
Duração:
26 minutos
Lançados:
21 de fev. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Basta a análise de uma das práticas ilícitas mais corriqueiras na Amazônia para a compreensão da teia de ilegalidades associadas aos crimes ambientais. A grilagem, que na região se caracteriza pela tomada de terras públicas, dá margem ao desmatamento ilegal e estimula a violência agrária, com ameaças e homicídios. A mesma prática está associada a crimes administrativos, como fraudes e a corrupção. Mas a conexão dos crimes ambientais com outros, violentos ou não, também se estende ao garimpo e à extração ilegal de madeira. A associação entre as práticas que agridem a floresta e crimes como tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro forma o "ecossistema" dos crimes ambientais, que foi mapeado em um estudo inédito, divulgado nesta segunda-feira, pelo Instituto Igarapé. Os pesquisadores analisaram 369 operações da Polícia Federal de combate à criminalidade organizada na Amazônia, no período entre 2016 e 2021. O Igarapé apontou que mais de 60% das operações tinham como alvo simultâneo o combate aos crimes ambientais e à economia ilícita, que aparece com mais frequência no caso do desmatamento ilegal, na grilagem e na agricultura contaminada por ilicitudes.
No Ao Ponto desta segunda-feira, que integra o projeto Um Só Planeta, a doutora em administração pública e diretora de Pesquisas do Instituto Igarapé, Melina Risso, analisa os principais achados do levantamento, como o progressivo uso pelo tráfico de drogas dos mecanismos utilizados para o transporte de madeira ilegal e a expansão do uso de armas de fogo na região. Melina também aponta a relevância de um estudo mais detalhado sobre a grilagem de terras e sua tipificação legal e avalia a importância da tecnologia para enfrentar os delitos ambientais e os chamados crimes conexos.
No Ao Ponto desta segunda-feira, que integra o projeto Um Só Planeta, a doutora em administração pública e diretora de Pesquisas do Instituto Igarapé, Melina Risso, analisa os principais achados do levantamento, como o progressivo uso pelo tráfico de drogas dos mecanismos utilizados para o transporte de madeira ilegal e a expansão do uso de armas de fogo na região. Melina também aponta a relevância de um estudo mais detalhado sobre a grilagem de terras e sua tipificação legal e avalia a importância da tecnologia para enfrentar os delitos ambientais e os chamados crimes conexos.
Lançados:
21 de fev. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)