32 minutos escutados
Como a guerra ameaça a Estação Espacial Internacional?
Como a guerra ameaça a Estação Espacial Internacional?
notas:
Duração:
24 minutos
Lançados:
17 de mar. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
A semana tem sido de muito trabalho na Estação Espacial Internacional, uma estrutura de mais de 100 metros de largura e 70 de comprimento que orbita a cerca de 400 quilômetros da superfície da Terra. Na terça-feira, dois dos sete tripulantes fizeram uma caminhada espacial de quase sete horas para preparar a instalação de um novo painel solar. Também teve festa pelo novo recorde de permanência no espaço, obtido pelo engenheiro americano Mark Vande Hei, após completar mais de 340 dias de missão. Hoje, o astronauta divide o mesmo teto da ISS com outros três americanos, dois russos e um alemão. Mas, ainda no espaço, o próprio Vande Hei e seus colegas já sabem que, nos últimos dias, muita coisa mudou na Terra depois da invasão da Ucrânia pela Rússia. Seu retorno está programado para o próximo dia 30, quando ele completa 355 dias em órbita. Sua viagem ocorrerá em uma cápsula russa, que trará ainda dois cosmonautas. Mas, após palavras duras do chefe da missão espacial russa, Dmitry Rogozin, temia-se que a carona fosse simplesmente cancelada. Esse temor só foi desfeito na manhã de quarta-feira, em uma nota oficial da Rússia, com a garantia de que o americano não ficará para trás.
Mas as ameaças de interrupção de programas e de cooperação permanecem, embora nada tenha mudado até agora na rotina da ISS. Atualmente, russos e americanos operam pelo menos sete sistemas interdependentes, como fornecimento de energia e de propulsão para os módulos, que ficam próximos à atmosfera. No Ao Ponto desta quinta-feira, o engenheiro espacial Lucas Fonseca, diretor do projeto Garatéa, voltado à promoção da ciência, explica de que forma a guerra ameaça a cooperação internacional que permite a operação da Estação Espacial Internacional e como russos e americanos dependem um do outro para sobreviver. Ele ainda analisa a similaridade entre as alianças que se consolidam no conflito armado e àquelas que ocorrem na exploração do espaço.
Mas as ameaças de interrupção de programas e de cooperação permanecem, embora nada tenha mudado até agora na rotina da ISS. Atualmente, russos e americanos operam pelo menos sete sistemas interdependentes, como fornecimento de energia e de propulsão para os módulos, que ficam próximos à atmosfera. No Ao Ponto desta quinta-feira, o engenheiro espacial Lucas Fonseca, diretor do projeto Garatéa, voltado à promoção da ciência, explica de que forma a guerra ameaça a cooperação internacional que permite a operação da Estação Espacial Internacional e como russos e americanos dependem um do outro para sobreviver. Ele ainda analisa a similaridade entre as alianças que se consolidam no conflito armado e àquelas que ocorrem na exploração do espaço.
Lançados:
17 de mar. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)