27 minutos escutados
Como operavam os pastores lobistas no MEC?
Como operavam os pastores lobistas no MEC?
notas:
Duração:
26 minutos
Lançados:
24 de mar. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
No dia do aniversário do pastor Gilmar Santos, o ministro da Educação Milton Ribeiro enalteceu seu "apreço e admiração" pelo presidente da Convenção Nacional das Igrejas e Ministros da Assembleia de Deus. Nas redes sociais, Gilmar diz que prega o evangelho há 40 anos e divulga suas aulas de teologia. Porém, o pastor também atuava como intermediário entre o Ministério da Educação e prefeitos. Os prefeitos pediam recursos para obras de reforma ou construção de escolas, e Gilmar e seu assessor, o pastor Arilton Moura, faziam o meio de campo. O pastor Gilmar já teve registros de 22 audiências no MEC, sendo 19 delas diretamente com o ministro. Segundo o próprio Milton Ribeiro, em um áudio obtido pelo jornal "Folha de S.Paulo", o presidente Jair Bolsonaro pedia prioridade às demandas de Gilmar Santos. Mas o que os dois pastores ganhariam em troca por essa ajuda aos prefeitos? O GLOBO ouviu inúmeros prefeitos que estiveram em contato com o Gilmar e Arilton. E há dois relatos de prefeitos que ouviram de Arilton um pedido de dinheiro, e de benefícios para a igreja, em troca da liberação dos recursos.
Em uma nota, divulgada na noite de quarta-feira, Gilmar Santos negou qualquer irregularidade e afirmou que nunca fez nenhum pedido ao presidente Jair Bolsonaro ou a "qualquer outra autoridade do governo". O presidente está sob pressão para demitir o ministro, mas não havia se pronunciado sobre o caso até a noite de quarta-feira. O Tribunal de Contas da União abriu uma auditoria extraordinária para investigar o caso. Até o procurador geral da República, Augusto Aras, pediu a abertura de um inquérito. Já a Controladoria Geral da União (CGU) informou que encontrou indícios da prática de crime na oferta de propina, mas que não teria encontrado irregularidades dos agentes públicos. No Ao Ponto desta quinta-feira, os repórteres Paula Ferreira, Daniel Gullino e Patrik Camporez contam os detalhes da operação dos pastores lobistas no Ministério da Educação e trazem os relatos de prefeitos que alegam terem recebido pedido de dinheiro em troca de obras. Eles também explicam como a proximidade entre os pastores e o presidente Bolsonaro facilitou a atuação deles no MEC.
Em uma nota, divulgada na noite de quarta-feira, Gilmar Santos negou qualquer irregularidade e afirmou que nunca fez nenhum pedido ao presidente Jair Bolsonaro ou a "qualquer outra autoridade do governo". O presidente está sob pressão para demitir o ministro, mas não havia se pronunciado sobre o caso até a noite de quarta-feira. O Tribunal de Contas da União abriu uma auditoria extraordinária para investigar o caso. Até o procurador geral da República, Augusto Aras, pediu a abertura de um inquérito. Já a Controladoria Geral da União (CGU) informou que encontrou indícios da prática de crime na oferta de propina, mas que não teria encontrado irregularidades dos agentes públicos. No Ao Ponto desta quinta-feira, os repórteres Paula Ferreira, Daniel Gullino e Patrik Camporez contam os detalhes da operação dos pastores lobistas no Ministério da Educação e trazem os relatos de prefeitos que alegam terem recebido pedido de dinheiro em troca de obras. Eles também explicam como a proximidade entre os pastores e o presidente Bolsonaro facilitou a atuação deles no MEC.
Lançados:
24 de mar. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Títulos nesta série (100)
As versões e as contradições de Pazuello na CPI - parte 1: Como já se previa, o ex-ministro Eduardo Pazuello foi de terno e gravata, e não com o uniforme do Exército, para a CPI da Covid. Mas deixou claro, logo no início seu depoimento, que passou nove meses no Ministério da Saúde para cumprir uma missão dada pelo presidente Jair Bolsonaro. Uma vez no cargo, no entanto, segundo a versão do ex-ministro, o presidente já não apitava em mais nada. Nem na política de compra de vacinas, nem na orientação - ou na falta dela - sobre o distanciamento social, nem na indução ao uso do chamado tratamento precoce, sem amparo científico. Se por um lado o ex-ministro retirava de Bolsonaro a responsabilidade sobre qualquer ato do ministério da Saúde na pandemia, por outro, se esquivava da sua própria responsabilidade. Por vezes mentiu, em temas sensíveis, como a falta de oxigênio em Manaus e a adoção de uma plataforma oficial que recomendava o uso da cloroquina, chamada de TrateCovid. Foi assim que Pa de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)