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A semana decisiva do "pacote eleição" de Bolsonaro
A semana decisiva do "pacote eleição" de Bolsonaro
notas:
Duração:
22 minutos
Lançados:
27 de jun. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Até semana passada, o governo apostava suas fichas na redução de impostos sobre combustíveis para reverter a liderança do ex-presidente Lula nas pesquisas. O Planalto, a equipe econômica e seus aliados no Congresso chegaram a cogitar zerar o ICMS sobre o diesel e compensar os estados pelos prejuízos na arrecadação. Mas tudo mudou na quinta-feira, coincidência ou não, logo após a Justiça determinar a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tratava da desoneração de impostos sobre os combustíveis, agora, passa a prever a ampliação do Auxílio Brasil, do vale-gás e a criação de um voucher caminhoneiro. Segundo o plano, o benefício social passará de R$ 400 para R$ 600 reais, até dezembro. O voucher para os caminhoneiros será de R$ 1 mil. Isso sem contar custeio do impacto da gratuidade para idosos de forma a evitar reajustes no transporte público. A conta pode chegar a R$ 38 bilhões, e fura o teto de gastos. Também pode burlar a lei eleitoral. E, pra evitar o descumprimento das regras das eleições, os governistas, como o relator da proposta, o senador Fernando Bezerra Coelho, querem decretar estado de emergência de forma a justificar esse gasto em período de eleições. Mas esse argumento é sólido para permitir o pagamento de novos benefícios, mesmo em período eleitoral? No Ao Ponto desta segunda-feira, o repórter Manoel Ventura, que acompanha de perto a elaboração das propostas, explica os detalhes dessa aposta do governo para reverter a tendência das pesquisas e o desgaste provocado pelo escândalo que aproxima o presidente Jair Bolsonaro das irregularidades no Ministério da Educação (MEC). A repórter Mariana Muniz, que ouviu ministros do TSE e especialistas, analisa possíveis desdobramentos jurídicos do 'pacote eleitoral' de Bolsonaro.
Lançados:
27 de jun. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)