A Revolução Digital na Saúde: Como a inteligência artificial e a internet das coisas tornam o cuidado mais humano, eficiente e sustentável

De Claudio Lottenberg, Patrícia Ellen da Silva e Sidney Klajner

A revolução digital é um marco transformador para as profissões que atuam na área da saúde. Cabe a nós conduzir essa revolução em prol dos pacientes, médicos, pesquisadores e estudantes de medicina. O desafio que temos à frente é também um universo de possibilidades. E precisamos estar preparados para construir e viver essa nova era. Vejo com muito otimismo essas transformações. A inteligência artificial não deve ser temida, mas encarada como caminho para aumentar a precisão de médicos e a segurança dos pacientes. O mundo digital permitirá aumentar o acesso da população à saúde, eliminando de forma virtual distâncias que, geograficamente, têm se mostrado intransponíveis. Os ganhos com e-health na prevenção e no combate às doenças crônicas são incomensuráveis. A revolução digital será rápida, inescapável. Façamos dela um meio para um mundo mais dinâmico, com menos desigualdades e mais oportunidades para o empreendedorismo e a inovação. Um mundo mais saudável.

• Idioma: Português
• Editora: Editora dos Editores
• Data de lançamento: 15 de out. de 2019
• ISBN: 9786586098006

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Parte 1

UMA BREVE HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO DIGITAL

A revolução digital é um marco na história da humanidade. O acesso massivo a informações, o compartilhamento de ideias e a realização de tarefas por máquinas – em vez de por homens – estão mudando a forma de trabalhar, de interagir e de pensar a respeito de como as sociedades evoluem. Descobre-se, pouco a pouco, que os limites de ontem não são mais os de hoje e que o mundo avança em tecnologia e conhecimento de maneira inédita.

Como tudo o que se refere a grandes conquistas, o estado atual alcançado entre homens e as chamadas máquinas inteligentes é resultado de uma longa história de erros e acertos, cujo início remete à Antiguidade, aos fantásticos gregos e sua incrível determinação em tentar enxergar além do que o mundo concreto lhes oferecia. Segundo a mitologia grega, Hefesto, o deus do trabalho, dos escultores e da metalurgia, criou Pandora, a primeira mulher, a mando de Zeus, para ser ofertada como um presente a um titã. A figura mítica, fabricada com metais autômatos, era feita à semelhança dos humanos; tanto Hefesto quanto Atena, a deusa da sabedoria e da arte, conferiram a ela qualidades como paciência, meiguice e inteligência. Trazida aos tempos de hoje, fica fácil enxergar Pandora em assistentes virtuais

• como a Siri, criada pela Apple, ou nas diversas versões digitais hoje capazes de detectar o humor de um ser humano a partir do tom de sua