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Formação Moral do sem Terra:: De (Re)Leituras da Minha Tese à (Re)Construção de Saberes
Formação Moral do sem Terra:: De (Re)Leituras da Minha Tese à (Re)Construção de Saberes
Formação Moral do sem Terra:: De (Re)Leituras da Minha Tese à (Re)Construção de Saberes
E-book187 páginas2 horas

Formação Moral do sem Terra:: De (Re)Leituras da Minha Tese à (Re)Construção de Saberes

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Sobre este e-book

Neste livro, a autora Nilvania dos Santos Silva, professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), convida o leitor a navegar rumo à compreensão do processo de construção de regras, princípios e valores essenciais para a formação moral de sujeitos que viveram, quando crianças, em espaços do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de mar. de 2020
ISBN9788547340872
Formação Moral do sem Terra:: De (Re)Leituras da Minha Tese à (Re)Construção de Saberes

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    Formação Moral do sem Terra: - Nilvania dos Santos Silva

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    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    À Prof.ª Marta Maria Castanho A. Pernambuco (in memoriam), pela atenção, compreensão e apoio na época do doutorado, com orientações essenciais, as quais possibilitaram a defesa da tese que fundamenta este livro.

    À Josefa, vovó Mocinha (in memoriam), com muito amor e respeito, pelos carinhos e as dicas indispensáveis, que até hoje norteiam a minha vida.

    Ao Emerson, meu filho, e ao Samuel, seu amigo, com carinho, pelo auxílio com as digitações essenciais nos caminhos na construção deste trabalho.

    Ao Nilton e à Izaura, meus pais, com amor e gratidão, pelo incentivo e apoio necessários, que me proporcionaram um cenário familiar propício a galgar mais um degrau em minha formação profissional.

    Aos meus irmãos, Vanildo e Vanilson, com afeto, pelas vivências familiares durante os intervalos essenciais para que descansasse e me sentisse mais forte para produção deste livro.

    A todos os amigos e amigas que, na época da tese, contribuíram para que eu continuasse meus estudos, em especial a Luza, com gratidão, durante o doutorado, pelo suporte em casa como a tia do Emerson, permitindo-me mais tempo para a tese, com a segurança emocional de que meu filho estava em boas mãos.

    Às crianças, atualmente jovens, que naquela época participaram da pesquisa, o meu eterno agradecimento, pela colaboração essencial à realização deste estudo.

    AGRADECIMENTOS

    À Universidade Federal do Tocantins (UFT), por proporcionar a oportunidade de me afastar para poder realizar o curso do doutorado.

    À Universidade Federal do Rio Grande de Norte, pela oportunidade de crescimento, profissional e pessoal, como professora da UFT.

    À Capes, pela concessão da bolsa do doutorado, um suporte econômico essencial para as ações que permitiram este trabalho.

    Aos professores e às professoras, que, de forma direta ou indireta, tornaram possível a construção das várias trilhas desse caminho.

    Ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que mais do que permitir o nosso acesso a seus diferentes espaços de socialização, nos acolheu, proporcionando oportunidades de estar com suas crianças, seus militantes.

    Aos meus amigos e às minhas amigas da UFT e da UFRN, que nos possibilitam aquelas conversas de corredores indispensáveis, que em muito contribuíram para a realização do meu trabalho.

    Aos meus amigos e às minhas amigas da Universidade Federal da Paraíba, com os quais desde 2010 tenho experiências de pesquisa, extensão e ensino que me proporcionaram novos saberes essenciais para esta releitura e publicação desta obra.

    Nascidas sob insalubres lonas pretas e em meio a confrontos com polícia e fazendeiros, aprendem a ler e escrever com palavras de sua realidade cotidiana: acampamento, assentamento, ocupação, terra, barraco, justiça. Os verbos – lutar, gritar, trabalhar, estudar – são conjugados cotidianamente. Nascem e crescem ouvindo, e, já antes de nascer, dizem junto: Este é o nosso país, esta é a nossa bandeira, é por amor a esta prática que a gente segue esta fileira. Elas têm forte sentimento pelos símbolos: a bandeira do Brasil e do Movimento, o lápis e a enxada, a produção e as máquinas... Enfrentando obstáculos, aprendem a construir o futuro com a força da solidariedade e da comunhão... Nelas repousa uma capacidade de se indignar frente ao sofrimento de outras pessoas. (MST, 1999)

    Sumário

    INTRODUÇÃO: PALAVRAS INICIAIS PARA A COMPREENSÃO DA MINHA TESE 13

    1

    O CAMINHO QUE POSSIBILITOU A DEFINIÇÃO DO OBJETO E A ESCOLHA DO MÉTODO DA MINHA TESE 17

    1.1 Construção de saberes a partir de observações de crianças (S)sem-(T)terrinha na Ciranda do Assentamento 1º de Janeiro (TO) 19

    As observações de crianças de uma Ciranda Permanente: A importância do conhecer/Ser do MST 22

    1.2 Reflexões a partir de observações na Ciranda do VIII Encontro Estadual do Movimento dos Sem Terra (Araguaína, TO) 25

    A mística realizada pelas crianças e educadoras da Ciranda do VIII EE-MST (TO) 27

    1.3 As observações na Ciranda do Patativa do Assaré (Ceará Mirim – RN) 28

    1.4 Reflexões básicas para compreender a importância de uma Ciranda na formação de um Sem Terrinha 32

    1.5 Palavras iniciais a respeito de um estudo exploratório 35

    2

    REGRAS ESSENCIAIS PARA A ADOÇÃO DE VALORES DA (PEDAGOGIA) DO MST 41

    2.1 Quais são os Valores e Princípios básicos do MST? 41

    2.2 Estudos iniciais a respeito das vivências da ocupação, do acampamento e do assentamento 45

    2.3 Conhecendo os Princípios de Formação do Movimento 48

    Da compreensão do trabalho em para o de grupo:

    base para a defesa do trabalho coletivo 49

    Aprender a viver em gestão democrática 49

    Estudo a respeito da mística: uma compreensão inicial 51

    3

    ESTUDOS INICIAIS PARA COMPREENDER OS (S)sem (T)terrinha NA FAMÍLIA E NA ESCOLA NO MST 53

    3.1 Ser de uma família acampada/assentada 54

    3.2 A criança numa unidade escolar: como um movimento social contribui para a sua formação moral? 57

    3.3 Compreensão inicial da importância da escola para o MST 58

    3.4 Estudos a respeito das primeiras escolas itinerantes do MST: base para compreender a pedagogia do Movimento 61

    3.5 As Cirandas do MST: estudos com ricos momentos educativos para a formação de crianças 65

    3.6 As crianças num Movimento Social 68

    4

    DO ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO MORAL NA PERSPECTIVA PIAGETIANA PARA A COMPREENSÃO DA CRIANÇA 71

    4.1 A anomia que marca os dois primeiros anos de vida: a criança ainda não é capaz de fazer/pensar moralmente 73

    4.2 De dois até seis/sete anos de idade: predomínio da heteronomia 78

    4.3 A importância do agir e pensar com respaldo na autonomia: conscientização autônoma das regras 85

    5

    CONVERSANDO COM AS CRIANÇAS: MAIS UM PASSO PARA COMPREENSÃO DO PENSAMENTO MORAL 95

    5.1 O papel da autoridade 97

    5.2 A empatia 103

    5.3 A leitura do MST a partir de imagens 107

    ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 113

    REFERÊNCIAS 117

    ANEXO 1 121

    ÍNDICE REMISSIVO 129

    INTRODUÇÃO: PALAVRAS INICIAIS PARA A COMPREENSÃO DA MINHA TESE

    Sou professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), lotada no Departamento de Educação do Campus III¹ (Bananeiras/PB), no qual atuo como docente desde 2010, em particular, nas áreas de Psicologia da Educação, Formação de Professores e/ou Educação do Campo². Também sou credenciada do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) do Campus I, em João Pessoa, dessa universidade.

    Tenho atuado mais em ações voltadas para a investigação e/ou intervenção por meio de projetos de ensino, de pesquisa e/ou de extensão, na área de Educação do Campo e/ou Formação Moral. Continuo, assim, estudos com ênfase nas áreas/temáticas que focalizei durante o meu doutorado – realizado de 2004 até 2008 no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), na Linha de Pesquisa Estratégias do Pensamento e Produção do Conhecimento, mais especificamente do Grupo de Estudos de Práticas em Movimento (GEPEM)³, o qual, na época, focalizava atividades investigativas em áreas de assentamentos rurais, com uma atuação intensiva no Pronera, coordenando, na época, o curso superior de Pedagogia da Terra.

    Porém, antes do meu doutorado, já atuava na área de Educação Rural e/ou do Campo, de 2003 até 2010, como docente da Universidade Federal do Tocantins (UFT) – Campus de Tocantinópolis, situado na região do bico do Papagaio – fui convidada⁴, pelo Colegiado para representar uma equipe da UFT responsável pela (re)implementação do Programa Nacional da Educação na Reforma Agrária (Pronera) do Incra/Ministério de Desenvolvimento Agrário no Estado do Tocantins, em conjunto aos movimentos sociais e outros envolvidos nesse processo.

    Com este livro, pretendo apresentar algumas reflexões obtidas a partir leitura da minha tese de doutorado (SILVA, 2008), intitulada Formação Moral das Crianças: construção de regras fundamentais aos valores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

    Apresento uma pesquisa bibliográfica feita na época da tese, a qual incluiu estudo de autores como Araújo, (1996, 1999), Bahia (2005), Bogo (2000), Caldart (2004), La Taille (2006), Menin (1996), Movimento Dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST; 1997; 1998; 1999; 2000; 2001; 2002; 2004; 2005a; 2005b; 2005c; 2005d; 2005e; 2005f; 2005g; 2005h), Paiva (2003), Paiva, Pernambuco e Almeida (2005), Piaget (1964; 2005; 1973; 1994; 1995; 1996), Piaget e Inhelder (2001), Bahia, Felipe e Pimentel (2005).

    As vivências como doutoranda permitiram-me perceber a importância do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como mobilizador e articulador das demandas de Educação no Campo, pautando, na agenda do governo federal, as reivindicações de escolarização em todos os níveis, considerando as especificidades dos sujeitos, do local/espaço e do tempo/época.

    Isso porque, para investigar, tive que participar de ações educativas junto aos militantes do MST voltadas para compreender como deve ser uma educação do campo fundamentada na Pedagogia do Movimento, Para tanto, tive que estudar e pesquisar a respeito dos princípios fundamentais essenciais para a formação de um novo sujeito social: o Sem Terra e, no caso da criança a qual focalizei durante

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