O Campo e O Mar

De Max Back

João acorda sozinho e confuso em uma praia com a perna quebrada, precisando da ajuda de um completo estranho, que busca ajudá-lo, abrigando-o em sua casa enquanto a ajuda não vêm.No entanto, há um problema. Sua esposa está desaparecida e ele não tem notícia alguma de seu paradeiro. A última vez que a viu estava sozinha em um barco a deriva. Sequer podia ter certeza se as buscas estão realmente sendo realizadas, já que o misterioso anfitrião parecia retê-lo isolado muito mais do que o razoável.

• Idioma: Português
• Editora: Bibliomundi
• Data de lançamento: 25 de mar. de 2023
• ISBN: 9781526014245

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Despertando

Ele sentia uma dor terrível quando finalmente acordou. Desorientado, sentia como se estivesse rodopiando no mar mas estava deitado na beira da praia, naufragado. Tentando respirar melhor juntou todas as suas forças para virar seu corpo, ficando com a barriga voltada para cima. Adormeceu novamente.

A luz e o calor do sol vieram sobre seu rosto e como que esbofeteando-o e fazendo com que acordasse, recuperando-o de um desmaio de horas. Sua pele ardia devido a insolação, o estômago revirava-se e sua perna incomodava muito, como se houvesse sido cortada em muitos pontos, por mil lâminas. Não poderia ficar indefinidamente assim então apertou seus dedos no pano da bermuda e usando a mão como gancho içou seu corpo até ficar sentado.

Descobriu que não só sua perna estava quebrada como também a maioria do seu corpo estava ensanguentado, com muitas feridas menores espalhadas por toda parte. Tentou se levantar mas não podia devido a dor, deixando seu corpo cair pesadamente para trás, esperou a dor diminuir e voltou a adormecer.

Da próxima vez que acordou ele estava sacudindo em uma maca improvisada com galhos e uma lona amarela. Um lado da maca era formado pelo encontro dos dois galhos, amarrados juntos e arrastando na areia, desenhando um sulco profundo na areia, que denunciava uma trajetória de uns cem metros. Tentou olhar para cima, para saber quem o carregava mas não foi capaz de se virar, limitando-se a perguntar o que acontecia:

– Ei! Você ai me carregando, para onde está me levando?

A resposta veio com uma voz calma, de alguém que parecia ter muita idade:

– Bom dia! Eu estou te levando para a minha casa para dar uma olhada melhor nessa sua