A Verdade Sobre Adivinhações e Professias
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A Verdade Sobre Adivinhações e Professias - L P Baçan Tradutor
ADIVINHAÇÕES E PROFECIAS
Você acredita em adivinhações, profecias, horóscopos, simpatias, feitiços, profecias, talismãs ou amuletos? Creio que a maioria das pessoas crê, mas há controvérsias.
Mackay traz uma visão a respeito do assunto que fará você questionar suas crenças, mas também acredito que não conseguirá mudá-las, apesar dos sólidos argumentos que apresenta. As pessoas têm motivos que embasam suas crenças. Há verdades e mistificações em toda parte, dependendo da visão e do ponto de vista de cada um.
A questão toda surge quando mistificadores se aproveitam dessa necessidade das pessoas de acreditar que nem tudo se resume ao plano físico. Esses charlatães tem apenas um objetivo, o de lucrar com suas ações. Pior ainda é o uso político dessas crenças que podem manipular toda uma população.
O mesmo ocorre com as profecias. Ao longo da vida, já passei por algumas previsões catastróficas que não se concretizaram. Neste livro, o autor nos mostra como esse tipo de atuação pode levar uma população à histeria. Com todo o conhecimento que temos hoje, dificilmente seríamos levados por algo assim a mudarmos todo o nosso comportamento, concorda? É um erro. Recentemente passamos por uma pandemia e o que vimos foram arautos da tragédia levando as pessoas à histeria, com previsões catastróficas, como se a fatalidade nos aguardasse no próximo espirro ou no próximo aperto de mão.
O conhecimento não tem fronteiras para o que é ciência e o que é mistificação. Depende de quem fala. Um enganador pode usar fatos para criar uma narrativa falsa, tanto quanto o cientista pode usar uma narrativa falsa para justificar um fato. Vimos isso, passamos por isso.
O que esse livro pretende ensinar é, acima de tudo, a reflexão e o bom senso diante desses assuntos. Não pretende mudar a consciência de ninguém, mas mostrar que podemos ser facilmente enganados a qualquer momento e que, antes de seguirmos a manada, temos que pensar, avaliar e concluir lendo, vendo e ouvindo todas as opiniões a respeito.
É o que se pretende.
O tradutor
charles.pngCHARLES MACKAY
Charles Mackay, Perth, Escócia, 1814-1889, foi poeta, jornalista e escritor do Reino Unido.
Sua mãe morreu após o seu nascimento e seu pai era um oficial da marinha. Nascido em Perth, na Escócia e educado na Royal Caledonian Asylum, em Londres e em Bruxelas, passou a maior parte de sua juventude na França. Voltou a Londres em 1834, onde se engajou no jornalismo, trabalhando no The Morning Chronical de 1835 a 1844, tornando-se então editor do The Glasgow Argus. Em 1848, transferiu-se para o Illustrated London News, do qual virou editor em 1852.
Publicou Canções e Poemas, de 1834, escreveu sobre a história de Londres e o romance Longbeard (Nt. Longbeard, William Fitz Osbert, apelido Barba Longa, foi um cruzado e populista inglês, considerado um mártir para as classes mais pobres de Londres.). Ficou muito conhecido pelo livro MEMÓRIAS DE DELÍRIOS POPULARES EXTRAORDINÁRIOS E A LOUCURA DAS MULTIDÕES. Também é lembrado pelo seu Dicionário do Escocês das Terras Baixas. Sua fama, todavia, repousa em cima de suas canções, algumas das quais, incluindo "Alegria, Meninos, Alegria", tornaram-se muito populares em 1846. Mackay também atuou como correspondente da revista Times, durante a Guerra Civil Americana.
PREFÁCIO
L
endo a história das nações, descobrimos que, como os indivíduos, elas têm seus caprichos e peculiaridades, suas temporadas de excitação e imprudência, quando não se importam com o que fazem. Descobrimos que comunidades inteiras de repente fixam suas mentes em um objetivo e enlouquecem em sua busca e que milhões de pessoas ficam simultaneamente impressionadas com uma ilusão e correm atrás dela, até que sua atenção seja atraída por alguma nova loucura mais cativante do que a primeira. Vemos uma nação repentinamente tomada, do mais alto ao mais baixo membro, por um desejo feroz de glória militar; outra, subitamente enlouquecida por um escrúpulo religioso e nenhuma delas recupera seus sentidos até que tenha derramado rios de sangue e semeado uma colheita de gemidos e lágrimas, a serem colhidos por sua posteridade. Em uma idade precoce nos anais da Europa, sua população perdeu o juízo sobre o sepulcro de Jesus e se aglomerou em multidões frenéticas na Terra Santa. Outra enlouqueceu por medo do diabo e ofereceu centenas de milhares de vítimas à ilusão da bruxaria. Em outra ocasião, muitos ficaram loucos com o assunto da pedra filosofal e cometeram loucuras até então inéditas na busca. Já foi considerado uma ofensa venial, em muitos países da Europa, destruir um inimigo por veneno lento. Pessoas que teriam se revoltado com a ideia de esfaquear o coração de um homem, drogaram sua sopa sem escrúpulos. Senhoras de nascimento e boas maneiras contraíram o contágio do assassinato, até que o envenenamento, sob seus auspícios, tornou-se moda. Algumas ilusões, embora notórias em todo o mundo, subsistiram por eras. O dinheiro, novamente, muitas vezes tem sido a causa da ilusão de multidões. Nações sóbrias tornaram-se de repente jogadoras desesperadas e arriscaram quase sua existência na mudança de um pedaço de papel. Traçar a história do mais proeminente desses delírios é o objetivo das presentes páginas. Os homens, já foi bem dito, pensam em rebanhos. Será visto que eles enlouquecem em bandos, enquanto apenas recuperam seus sentidos lentamente e um por um.
Alguns dos assuntos apresentados podem ser familiares ao leitor, mas o autor espera que novidades suficientes de detalhes sejam encontradas mesmo nestes, para torná-los aceitáveis, embora