32 minutos escutados
O revés de Bolsonaro em sua cruzada contra a urna eletrônica
O revés de Bolsonaro em sua cruzada contra a urna eletrônica
notas:
Duração:
30 minutos
Lançados:
28 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
No último sábado (27), os presidentes de 11 partidos, inclusive de legendas aliadas ao presidente Jair Bolsonaro, como o PP e o PL, decidiram se opor publicamente à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para reintroduzir o sistema que utiliza o voto impresso no Brasil. O texto, apresentado pela deputada bolsonarista Bia Kicis, também é rechaçado por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ser aprovada, a PEC precisa do apoio de pelo menos 308 deputados, mas apenas os parlamentares pertencentes aos partidos reunidos no sábado já somam 326 dos 513 votos.
Ainda assim, o governo mantém a defesa da proposta que, segundo Bolsonaro, busca impedir supostas fraudes no processo eleitoral. Esses indícios de fraude alegados pelo presidente, porém, jamais foram comprovados, e Bolsonaro, inclusive, já foi interpelado judicialmente para apresentar provas, o que ainda não fez. Mas, apesar da manifestação pública dos partidos, a tramitação da PEC avança na Câmara dos Deputados e, na segunda-feira (28), o relator, deputado bolsonarista Filipe Barros, apresentou seu parecer na Comissão Especial. De acordo com o documento, torna-se obrigatória a impressão do voto, que seria depositado automaticamente em uma urna, sem nenhum contato manual. O eleitor poderia conferir o voto pela sua impressão, que também seria utilizada para fins de auditagem da apuração. Os especialistas em direito eleitoral, no entanto, advertem que é justamente a reintrodução do papel no processo que abre caminho para eventuais fraudes. Entendimento compartilhado também pelo presidente do TSE, o ministro Luis Roberto Barroso. No Ao Ponto desta terça-feira, a colunista Bela Megale e o advogado, professor e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político Rafael Morgental analisam como a articulação contra a proposta de Bolsonaro pode impactar os planos de mudar o sistema de votação. Eles também avaliam quais são os riscos que essa alteração poderia trazer para a lisura da disputa eleitoral, em especial durante a eleição presidencial de 2022.
Ainda assim, o governo mantém a defesa da proposta que, segundo Bolsonaro, busca impedir supostas fraudes no processo eleitoral. Esses indícios de fraude alegados pelo presidente, porém, jamais foram comprovados, e Bolsonaro, inclusive, já foi interpelado judicialmente para apresentar provas, o que ainda não fez. Mas, apesar da manifestação pública dos partidos, a tramitação da PEC avança na Câmara dos Deputados e, na segunda-feira (28), o relator, deputado bolsonarista Filipe Barros, apresentou seu parecer na Comissão Especial. De acordo com o documento, torna-se obrigatória a impressão do voto, que seria depositado automaticamente em uma urna, sem nenhum contato manual. O eleitor poderia conferir o voto pela sua impressão, que também seria utilizada para fins de auditagem da apuração. Os especialistas em direito eleitoral, no entanto, advertem que é justamente a reintrodução do papel no processo que abre caminho para eventuais fraudes. Entendimento compartilhado também pelo presidente do TSE, o ministro Luis Roberto Barroso. No Ao Ponto desta terça-feira, a colunista Bela Megale e o advogado, professor e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político Rafael Morgental analisam como a articulação contra a proposta de Bolsonaro pode impactar os planos de mudar o sistema de votação. Eles também avaliam quais são os riscos que essa alteração poderia trazer para a lisura da disputa eleitoral, em especial durante a eleição presidencial de 2022.
Lançados:
28 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)