30 minutos escutados
Como o governo abre as portas para armar o crime?
Como o governo abre as portas para armar o crime?
notas:
Duração:
27 minutos
Lançados:
22 de fev. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
O bala.40 é um o perigoso traficante de armas, preso, em janeiro, na cidade de Goiânia. Mas para quem não o conhecia, ele também poderia ser tratado como um mero colecionador de armamentos, autorizado por decretos assinados pelo Jair Bolsonaro a comprar dezenas de armas e milhares de munições. Interceptações de conversas telefônicas revelaram que o criminoso negociou milhares de munições se valendo do registro como CAC, a sigla para colecionadores, atiradores e caçadores. Um levantamento feito pelo GLOBO, publicado no domingo, revelou que a mesma prática tem sido adotada por outros traficantes e milicianos, em pelo menos nove estados. A análise de processos judiciais encontrou 25 casos de bandidos que se beneficiam do afrouxamento das regras para a compra de armas por essa categoria. Mas o crime também ganha poder em outras frentes.
O GLOBO revelou nesta segunda-feira que o governo revogou o imposto sobre a exportação de armas para países da América do Sul e da América Central, que era de 150%, apesar da oposição do delegado da Polícia Federal responsável pela repressão ao tráfico de armas, que alertou para o risco de estímulo ao contrabando. Diante da negativa, o governo fez uma segunda consulta à PF, porém sem buscar a avaliação do responsável por tráfico de armas. Desta vez, obteve aval para atender a pressão da indústria de armas do país. No Ao Ponto desta terça-feira, o repórter Rafael Soares, que fez o trabalho de analise, caso a caso, dos processos judiciais dos criminosos com autorização para comprar armas, conta que tipo de criminoso tem usado o registro da CAC para comprar armas e munições. O repórter Johanns Eller, do blog da Malu Gaspar, explica de que forma o governo driblou a orientação técnica para ampliar a exportação de armas aos países vizinhos.
O GLOBO revelou nesta segunda-feira que o governo revogou o imposto sobre a exportação de armas para países da América do Sul e da América Central, que era de 150%, apesar da oposição do delegado da Polícia Federal responsável pela repressão ao tráfico de armas, que alertou para o risco de estímulo ao contrabando. Diante da negativa, o governo fez uma segunda consulta à PF, porém sem buscar a avaliação do responsável por tráfico de armas. Desta vez, obteve aval para atender a pressão da indústria de armas do país. No Ao Ponto desta terça-feira, o repórter Rafael Soares, que fez o trabalho de analise, caso a caso, dos processos judiciais dos criminosos com autorização para comprar armas, conta que tipo de criminoso tem usado o registro da CAC para comprar armas e munições. O repórter Johanns Eller, do blog da Malu Gaspar, explica de que forma o governo driblou a orientação técnica para ampliar a exportação de armas aos países vizinhos.
Lançados:
22 de fev. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Títulos nesta série (100)
Como a lei trata as omissões, falhas e desvios no alvo da CPI?: Antes mesmo do início da CPI da Covid no Senado, já era notório o esforço do Palácio do Planalto para impedir o avanço da comissão sobre as falhas do governo federal no combate à pandemia no Brasil. Além de trabalhar para que a investigação mire na destinação de recursos federais a estados e municípios, o governo também atua para reduzir o impacto de temas como a demora para a compra de vacinas; o desestímulo ao distanciamento social; e a defesa do tratamento precoce, mesmo sem amparo científico. Para isso, como ficou demonstrado em requerimentos redigidos por uma assessora dentro do Planalto, usa a estratégia de convocar médicos que defendam as teses do governo. O plano é dificultar a tipificação de eventuais crimes relacionados a esses temas, que poderão subsidiar órgãos como a Polícia Federal (PF), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF). Se a punição pelo desvio de dinheiro público é be de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)