Antônio Conselheiro
De Audifax Rios
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Antônio Conselheiro - Audifax Rios
Copyright© 2017 by Audifax Rios
FUNDAÇÃO DEMÒCRITO ROCHA
Presidente | João Dummar Neto
Diretor Geral | Marcos Tardin
EDIÇÕES DEMÓCRITO ROCHA (EDR)
(Marca registrada da Fundação Demócrito Rocha)
Editora Executiva | Regina Ribeiro
Editor Adjunto | Humberto Pinheiro
Editor Assistente | Jáder Santana
Editor de Design | Amaurício Cortez
Projeto Gráfico e Ilustração | Amaurício Cortez, Dhara Sena, Karlson Gracie e Welton Travassos
Ilustração | Karlson Gracie
Revisão | Joice Nunes
Catalogação na Fonte | Kelly Pereira
Produção de eBook | Amaurício Cortez
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A479a Rios, Audifax
Antônio Conselheiro / Audifax Rios. – 1. ed. – Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2017.
88p. : il. P&B - (Coleção Terra Bárbara)
ISBN: 978-85-7529-819-0
1. Biografia. 2. Antônio Conselheiro I. Título. II. Título
CDU 929CONSELHEIRO
sumário
introdução
Houve mão mais poderosa: Antônio se fez verbo e habitou Canudos
capítulo 1
Araújos e Maciéis: a luta pela supremacia de um clã
capítulo 2
O menino Antônio Vicente: conveniência agoniada num meio hostil
capítulo 3
Padre mestre Ibiapina: à imagem e semelhança de um santo
capítulo 4
Mulheres na vida do beato: relacionamentos marcados por conflitos e desavenças
capítulo 5
Palavras da salvação: o pensamento escrito e falado do beato
capítulo 6
Antônio dos mares: de arauto de Deus a paladino dos homens
capítulo 7
A Jerusalém de taipa: cidadela do desespero
capítulo 8
No proscênio da guerra: a quebra das tábuas da lei
capítulo 9
General Antônio de Belo Monte: senhor de uma guerra que não inventou
capítulo 10
Santo Sepulcro: o sudário empoeirado do Bom Conselheiro
leia mais
cronologia
referências bibliográficas
o autor
a coleção terra bárbara
introdução
Do céu veio uma luz
Que Jesus Cristo mandou
Sant’Antônio Aparecido
Dos castigos nos livrou
Quem quiser remédio santo
Lenitivo para tudo
Procure o Conselheiro
Que está lá nos Canudos
Poeta popular anônimo -
versos colhidos por Sílvio Romero
e Fernando Barreto Nunes
Houve mão mais poderosa
Antônio se fez verbo e habitou Canudos
O Brasil virava o século (XIX para XX) assistindo à instalação do regime republicano e presenciando uma série de confrontos políticos que alastravam sangue País afora, infernizando a vida de cidadãos no Mato Grosso, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Aqui no Nordeste — no Juazeiro do Norte (CE) e em Belo Monte de Canudos (BA) —, movidos por uma fé arcaica e popular, líderes religiosos conclamavam o povo a ter seu espaço com outras demografias que não terrenas, mas eternas, pelas mãos e palavras do Padre Cícero Romão e Antônio Conselheiro. Em Pernambuco, surge outro visionário, um tal José Guedes¹ disposto a erguer a cidade de Deus em meio ao canavial. Quase todos esses assanhamentos tinham como pano de fundo o trono da monarquia, que muito se assemelhava ao assento celestial do Todo-Poderoso.
Canudos, um vilarejo fincado na Caatinga bruta, chegou a abrigar miseravelmente trinta mil camponeses distribuídos em seis mil casebres de taipa. Era uma simples fazenda abandonada até Antônio Vicente Mendes Maciel ali chegar com seu cajado ensebado, seu balandrau² surrado, seu chapéu amarfanhado, suas sandálias rotas, seu matulão³ carregado de orações e más lembranças, acompanhado por seu séquito de seguidores fanáticos. Quando foi destruída, em 1897, acolhia a segunda população do estado, com cerca de duzentas miI almas. Batia Recife, capital de Pernambuco, que não chegava à casa dos cem.
Mas a mão divina estava vigilante. E em meio ao arruado desordenado sobressaia, majestosa, a igreja de Santo Antônio, com paredes de um metro de espessura, tão imponente quanto a figura do peregrino. Assim preconizava a Santa Madre Igreja: o edifício mais suntuoso de uma comunidade tinha que ser seu templo, de cujo campanário convocava fiéis pela boca de bronze de seus