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Antônio Conselheiro
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E-book85 páginas1 hora

Antônio Conselheiro

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Sobre este e-book

Uma das figuras mais controversas da historiografia sobre o Brasil. Entre o final do século XIX e início do XX, Antônio Conselheiro foi o líder religioso e messiânico do arraial de Canudos, pequeno vilarejo no interior da Bahia que atraiu milhares de pessoas, em sua maioria convencidas por seus ideais contrarrevolucionários e monarquistas. Foi morto pelo exército da República brasileira num dos últimos episódios do que ficou conhecido como a Guerra de Canudos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de nov. de 2017
ISBN9788575298190
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    Antônio Conselheiro - Audifax Rios

    Copyright© 2017 by Audifax Rios


    FUNDAÇÃO DEMÒCRITO ROCHA

    Presidente | João Dummar Neto

    Diretor Geral | Marcos Tardin

    EDIÇÕES DEMÓCRITO ROCHA (EDR)

    (Marca registrada da Fundação Demócrito Rocha)

    Editora Executiva | Regina Ribeiro

    Editor Adjunto | Humberto Pinheiro

    Editor Assistente | Jáder Santana

    Editor de Design | Amaurício Cortez

    Projeto Gráfico e Ilustração | Amaurício Cortez, Dhara Sena, Karlson Gracie e Welton Travassos

    Ilustração | Karlson Gracie

    Revisão | Joice Nunes

    Catalogação na Fonte | Kelly Pereira

    Produção de eBook | Amaurício Cortez

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


    A479a         Rios, Audifax

                                Antônio Conselheiro / Audifax Rios. – 1. ed. – Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2017.

                                88p. : il. P&B - (Coleção Terra Bárbara)

                                ISBN: 978-85-7529-819-0

                               1. Biografia. 2. Antônio Conselheiro I. Título. II. Título

    CDU 929CONSELHEIRO


     sumário

    introdução

    Houve mão mais poderosa: Antônio se fez verbo e habitou Canudos

    capítulo 1

    Araújos e Maciéis: a luta pela supremacia de um clã

    capítulo 2

    O menino Antônio Vicente: conveniência agoniada num meio hostil

    capítulo 3

    Padre mestre Ibiapina: à imagem e semelhança de um santo

    capítulo 4

    Mulheres na vida do beato: relacionamentos marcados por conflitos e desavenças

    capítulo 5

    Palavras da salvação: o pensamento escrito e falado do beato

    capítulo 6

    Antônio dos mares: de arauto de Deus a paladino dos homens

    capítulo 7

    A Jerusalém de taipa: cidadela do desespero

    capítulo 8

    No proscênio da guerra: a quebra das tábuas da lei

    capítulo 9

    General Antônio de Belo Monte: senhor de uma guerra que não inventou

    capítulo 10

    Santo Sepulcro: o sudário empoeirado do Bom Conselheiro

    leia mais

    cronologia

    referências bibliográficas

    o autor

    a coleção terra bárbara

    introdução

    Do céu veio uma luz

    Que Jesus Cristo mandou

    Sant’Antônio Aparecido

    Dos castigos nos livrou

    Quem quiser remédio santo

    Lenitivo para tudo

    Procure o Conselheiro

    Que está lá nos Canudos

    Poeta popular anônimo -

    versos colhidos por Sílvio Romero

    e Fernando Barreto Nunes

    Houve mão mais poderosa

    Antônio se fez verbo e habitou Canudos

    O Brasil virava o século (XIX para XX) assistindo à instalação do regime republicano e presenciando uma série de confrontos políticos que alastravam sangue País afora, infernizando a vida de cidadãos no Mato Grosso, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    Aqui no Nordeste — no Juazeiro do Norte (CE) e em Belo Monte de Canudos (BA) —, movidos por uma fé arcaica e popular, líderes religiosos conclamavam o povo a ter seu espaço com outras demografias que não terrenas, mas eternas, pelas mãos e palavras do Padre Cícero Romão e Antônio Conselheiro. Em Pernambuco, surge outro visionário, um tal José Guedes¹ disposto a erguer a cidade de Deus em meio ao canavial. Quase todos esses assanhamentos tinham como pano de fundo o trono da monarquia, que muito se assemelhava ao assento celestial do Todo-Poderoso.

    Canudos, um vilarejo fincado na Caatinga bruta, chegou a abrigar miseravelmente trinta mil camponeses distribuídos em seis mil casebres de taipa. Era uma simples fazenda abandonada até Antônio Vicente Mendes Maciel ali chegar com seu cajado ensebado, seu balandrau² surrado, seu chapéu amarfanhado, suas sandálias rotas, seu matulão³ carregado de orações e más lembranças, acompanhado por seu séquito de seguidores fanáticos. Quando foi destruída, em 1897, acolhia a segunda população do estado, com cerca de duzentas miI almas. Batia Recife, capital de Pernambuco, que não chegava à casa dos cem.

    Mas a mão divina estava vigilante. E em meio ao arruado desordenado sobressaia, majestosa, a igreja de Santo Antônio, com paredes de um metro de espessura, tão imponente quanto a figura do peregrino. Assim preconizava a Santa Madre Igreja: o edifício mais suntuoso de uma comunidade tinha que ser seu templo, de cujo campanário convocava fiéis pela boca de bronze de seus

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