As Interfaces da Sexualidade do Idoso na Visão dos Profissionais de Saúde
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As Interfaces da Sexualidade do Idoso na Visão dos Profissionais de Saúde - Renata Jabour Saraiva
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO MULTIDISCIPLINARIDADES EM SAÚDE E HUMANIDADES
DEDICO ESTE TRABALHO:
Aos enfermeiros da assistência, aos enfermeiros docentes e aos idosos participantes da pesquisa, tanto no Brasil quanto em Portugal, que contribuíram, com muita gentileza e carinho, com vivências fundamentais para a elaboração do estudo.
A todos os professores doutores das disciplinas do curso de doutorado da Escola de Enfermagem Anna Nery, que contribuíram para meu crescimento acadêmico e profissional.
Aos meus colegas de trabalho, pela compreensão e parceria demonstradas por todas as vezes em que me ausentei para estudar. Aos colegas de disciplinas, por nossas trocas e construções.
À direção da instituição de ensino superior onde trabalho, por permitir meu afastamento durante os três meses de estada em Portugal, e pela alegria e o reconhecimento com que me receberam ao retornar às atividades como docente e coordenadora.
Aos discentes do curso de Enfermagem, futuros enfermeiros, e aos meus pares na pós-graduação, que desenvolverão e desenvolvem a consulta de enfermagem em suas unidades de trabalho.
Aos membros de nosso Núcleo de Pesquisa Nupesenf, pela oportunidade das reflexões e discussões, indispensáveis ao nosso crescimento acadêmico.
Aos meus colegas do Grupo de Pesquisa de Consulta de Enfermagem Fenomenológica, em que pudemos discutir sobre os teóricos e produzir nossos artigos, sempre com a intencionalidade do coletivo.
PREFÁCIO
Prefaciar esta obra me impulsiona a falar da alegria e da emoção de me sentir tão próxima da Enfermeira, docente, doutora Renata Jabour Saraiva, pela parceria na qualidade de orientadora de seus estudos stricto sensu na Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O encontro já acontece há quase dez anos! Destaco a inteligência, a motivação, a alegria, o dinamismo e a singularidade com que a Renata trata sobre a sexualidade das pessoas com mais idade no Brasil e em Portugal, apoiada na Fenomenologia de Alfred Schutz, evidenciando a necessidade nesse ciclo de abordar a temática com os profissionais de saúde.
Dessa maneira, como organizadora do livro em tela, não poderia deixar de focar na equipe multiprofissional de um saber interdisciplinar, que por suas vivências e experiências fazem parte desse contexto, na promoção da saúde e prevenção das doenças que afetam essa população.
Os capítulos aqui fazem diferentes abordagens teóricas e metodológicas sobre os temas: relações e qualidade de vida, Odontogeriatria, Educação Física e relacionamento interdisciplinar na visão do enfermeiro. Todos descritos por profissionais de tão grande gabarito e responsabilidade social com a causa da saúde de pessoas idosas, abordando fatores de risco e intervenções para redução da morbimortalidade e aquisição da qualidade de vida.
A originalidade dos estudos aqui presentes se dá, de modo singular, pelas inquietações de profissionais que se dedicam ao desenvolvimento de ações direcionadas a esses idosos, constituindo-se em uma obra que possibilitará apoiar o incremento de políticas públicas sem perder o contexto social, em um momento de fragilidade da vida.
Envelhecer envolve fatores biológico-naturais, históricos e culturais, socialmente organizados pelo processo de mudanças e transformações físicas e emocionais. Por isso, a contribuição desta obra remete-nos ao contexto familiar dessas pessoas, que lhes é singular, mas com direitos constitucionalmente adquiridos.
Assim sendo, o preparo dos profissionais para atender às pessoas com mais idade indica que as instituições formadoras e de saúde, por responsabilidade social e apropriando-se nas políticas públicas, necessitam sensibilizar seus formandos para promover o processo de inclusão de todos como cidadãos.
Esta remete a um cuidado humano, criativo, reflexivo, no qual as ações não são somente pela competência técnica dos profissionais, mas pela vivência e experiência das trocas entre quem cuida e quem é cuidado em suas necessidades como Ser neste mundo da vida.
Parabéns, minha orientanda-parceira, e a todos os componentes que neste momento participam deste constructo que reúne seriedade e leveza para um ciclo de vida de seres cidadãos. Quem sabe um livro de cabeceira?
Ann Mary Machado Tinoco Feitosa Rosas
Professora doutora em Educação e Enfermagem - UFRJ
Sumário
Capítulo 1
SEXUALIDADE DO IDOSO E A ESPECIFICIDADE DA CONSULTA DE ENFERMAGEM
1.1 Assistência de enfermagem gerontológica
1.2 Rede familiar
1.3 Compreendendo a sexualidade do idoso
1.4 Resultados sobre sexualidade dos idosos
Considerações finais
Anexos
Capítulo 2
ESTUDO DAS RELAÇÕES E QUALIDADE DE VIDA
2.1 Qualidade de vida: os conceitos
2.2 Qualidade de vida em contextos de saúde
2.3 Qualidade de vida e envelhecimento: estudo de algumas variáveis intervenientes no processo
Considerações finais
Capítulo 3
EXERCÍCIO FÍSICO, AUTOESTIMA, IMAGEM CORPORAL E SEXUALIDADE DO IDOSO
3.1 Reflexões sobre o processo de envelhecimento
3.2 A imagem corporal do idoso no processo de envelhecimento
3.3 Autoestima e imagem corporal no envelhecer
3.4 Os cuidados fundamentais com o corpo que envelhece
3.4.1 Alterações cognitivas
3.4.2 Alterações na massa corporal
3.4.3 Alterações no sistema músculo esquelético
3.5 O exercício físico diminui o risco de queda
3.6 Exercício físico, sexualidade, autoestima e autoimagem do idoso
Considerações finais
Capítulo 4
RELACIONAMENTO INTERDISCIPLINAR COM A ODONTOLOGIA
4.1 Introdução
4.2 Considerações epidemiológicas
4.3 Principais alterações da cavidade oral que ocorrem em idosos
4.4 Autopercepção da saúde bucal
4.5 Cuidados para o estabelecimento e manutenção da saúde bucal
Considerações finais
Capítulo 5
RELACIONAMENTO INTRAPESSOAL DO IDOSO NA ENFERMAGEM
5.1 Introdução
5.2 Estudo das relações: o homem como ser social
5.3 Humanização na assistência hospitalar
5.3.1 Saúde física
5.3.2 Saúde mental
5.3.3 Saúde social
5.3.4 Humanização em enfermagem
5.4 Relacionamento intrapessoal: o autoconhecimento
Considerações finais
bibliografia
sobre os autores
Capítulo 1
SEXUALIDADE DO IDOSO E A ESPECIFICIDADE DA CONSULTA DE ENFERMAGEM
Renata Jabour Saraiva
Ann Mary Machado Tinoco Feitosa Rosas
1.1 Assistência de enfermagem gerontológica
Neste primeiro capítulo, optamos por fazer a aproximação ao tema na especificidade da enfermagem gerontológica, tendo como foco a sexualidade do idoso por meio da atividade educativa e assistencial, Consulta de Enfermagem.
Nos capítulos seguintes, cada colaborador descreverá sua compreensão sobre sexualidade e seu impacto no cotidiano do idoso. Por se tratar de tema polêmico, o desafio consistirá na fundamentação científica de cada profissional de saúde envolvido e de suas perspectivas sobre as estratégias de ensino e aprendizagem, concernentes aos aspectos éticos e morais, aos preconceitos, aos costumes, às normas e aos valores que devem nortear o comportamento do idoso em seu grupo social, possibilitando a educação em saúde, prevenção de enfermidades e promoção para o autocuidado, visando à qualidade de vida ativa.
O processo de envelhecimento é uma característica da espécie humana, que cientificamente não pode ultrapassar os 120 anos. O enfraquecimento muscular e as perdas de funções corporais e intelectuais nem sempre ocorrem ao mesmo tempo; fatores genéticos, ambientais e patologias crônicas podem interferir na duração da vida do indivíduo.
Veríssimo (2014) refere que os primeiros escritos sobre o tema têm cerca de 5.000 anos, e desde então o homem confronta as alterações originais do envelhecimento do corpo e da mente tendo a morte como finitude.
Na década de 30, a inglesa Marjorie Warren desenvolveu uma abordagem específica ao idoso no controle de pacientes crônicos, em Londres. O russo Metchinikoff apresentou um tratado em que correlacionava velhice a um tipo de autointoxicação e, nesse momento, referiu-se, pela primeira vez à Gerontologia (BEAUVOIR, 1990). A etimologia da palavra Gerontologia derivada do grego geros, gerontos (significa velho) (PESSINI; BARCHIFONTAINE, 2006).
Ainda nesse século, o médico geriatra Nascher, nascido em Viena, criou o termo Geriatria
, um ramo da Medicina que trata das doenças que podem acometer os idosos. Em seguida, foi adotado o termo Gerontologia para designar o ramo da ciência que se propõe a estudar o processo de envelhecimento em seus aspectos biopsicossociais e os múltiplos problemas que possam envolver o ser humano.
Netto (2002) propôs a criação de uma nova área, que seria denominada Ciência do Envelhecimento
, abarcando a Gerontologia e aglutinando pesquisas cuja interatividade potencializasse o manejo da questão do envelhecer em todas as suas áreas de abrangência e de construção do saber.
Paúl e Ribeiro (2012) citam que as Teorias da Gerontologia servem para explicar e sistematizar os fenômenos apreendidos, levantar hipóteses ou fundamentar intervenções comprovando seu caráter essencial para o desenvolvimento científico.
Os autores destacam que: as questões metodológicas são centrais no desenvolvimento de qualquer ciência e em particular em Gerontologia, devido, nomeadamente, ao viés, introduzido pelos estudos transversais que comparam coortes distintos, separados pela história e contexto desenvolvimentais em rápida mudança, pelas dificuldades em captar o processo do envelhecimento e mostrar nexos de causalidades entre variáveis.
Existem vários conceitos sobre gerontologia, afigurando-se como ponto comum entre eles a captação dos problemas físicos, psicológicos, sociais e econômicos dos idosos, não havendo, contudo, ainda hoje, consenso sobre o reconhecimento e a implantação desse ramo da ciência em muitos países.
Em relação à Enfermagem, no ano de 1960, nos Estados Unidos, um grupo de Enfermeiras se organizou para constituir uma especialidade que abrangesse os conhecimentos do processo de envelhecimento, sendo denominada de Enfermagem Geriátrica. Após 16 anos, essa especialidade passa a ser chamada de Enfermagem Gerontológica
(GONÇALVES; ALVAREZ, 2002).
A essência desse aperfeiçoamento consiste em estabelecer o relacionamento terapêutico, também chamado de relacionamento enfermeiro-paciente ou relação de confiança, necessário à criação do vínculo com o idoso,