Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Provérbios
Provérbios
Provérbios
E-book683 páginas11 horas

Provérbios

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Traduzido por Silvio Dutra a partir do texto original em inglês do Comentário de Matthew Henry em domínio público sobre o livro de Provérbios.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de mai. de 2024
Provérbios

Leia mais títulos de Silvio Dutra

Autores relacionados

Relacionado a Provérbios

Ebooks relacionados

Religião e Espiritualidade para você

Visualizar mais

Categorias relacionadas

Avaliações de Provérbios

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Provérbios - Silvio Dutra

    Introdução pelo Tradutor:

    Quando preparava-me para iniciar a tradução do comentário de Matthew Henry sobre o livro de Provérbios, que trata sobretudo de orientações para a vida prática quanto a se ter uma sábia conduta diante de Deus e dos homens, sofri um ataque devastador da parte de potestades malignas do ar, a saber, de demônios, que me causaram tão grave transtorno a ponto de disparar minha pressão arterial para níveis altíssimos, bem como descompensar o meu sistema nervoso central, com grave prejuízo para a minha comunhão e paz espiritual que vinha mantendo com o Senhor até então, e produzindo profunda depressão a ponto de querer desistir da vida.

    Como todas as coisas cooperam juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, reunindo um pouco de forças e capacidade racional saudável que me restavam, orei ao Senhor não somente pedindo que me ajudasse a superar tudo aquilo, bem como a entender o que Ele estava pretendendo me ensinar ou mesmo relembrar para que houvesse um propósito útil na clara compreensão da razão daqueles ataques sofridos e o efeito que haviam produzido sobre a minha pessoa.

    Se há muitas outras coisas que não fui capaz de entender, uma pelo menos ficou apreendida e relembrada de que pouco ou para nada serve toda a nossa aplicação em deveres morais que nos conduzam a uma boa e adequada educação e civilidade, conforme pode ser aprendido de muitos dos conselhos apresentados no livro de Provérbios e em muitas outras passagens das Escrituras, caso não seja vencido o combate permanente que temos entre a carne e o Espírito, e também contra os principados e potestades deste mundo tenebroso. Em outras palavras, se nos faltar assistência operante do Espírito Santo para nos livrar de todos os estados ruins de alma, que são produzidos por uma vitória da carne, do diabo ou do mundo sobre nós, o resultado é que não podemos viver de modo agradável a Deus, nem para nós mesmos bem como para as demais pessoas.

    Não é sem motivo que somos ordenados a andar no Espírito para que possamos vencer as obras da carne:

    "16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.

    17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.

    18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.

    19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,

    20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,

    21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.

    22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,

    23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

    24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

    25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito."

    Não podemos jamais esquecer que não havia ainda nos dias do Velho Testamento, quando foi produzido o livro de Provérbios, a manifestação do reino do Céu, que ocorreria somente depois da manifestação de Jesus ao mundo, em carne, e realizando a obra que ele consumou ao morrer, ressuscitar e ascender ao céu, para derramar o Espírito Santo, desde o dia de Pentecostes, para habitar nos crentes, em todas as nações da Terra. De modo, que esta luta entre a carne e o Espírito; do diabo com os santos e vice-versa, na disputa por suas almas, não está claramente descrita nas páginas do Velho, como a temos plenamente revelada nas páginas do Novo. De modo que, em toda consideração a cada ordenança contida no Antigo Testamento, sempre devemos lembrar da vital necessidade que temos de termos nascido de novo do Espírito e estarmos sendo santificados por Ele, por um constante andar sob sua direção, instrução e poder, para que possamos ser mais do que vencedores sobre o mal, e praticantes de todo o bem, por meio da fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

    Também não devemos esquecer que em todo o período do Antigo Testamento, no qual foi escrito o livro de Provérbios, não existia uma clara e direta teologia sobre a justificação pela graça mediante a fé. Muito ao contrário, a dispensação da Lei apontava desde o princípio até o seu final com o advento de Jesus, para uma justiça que era segundo as obras, pois lá se dizia: faze e viverás, e não creia e viverás, como é o caso desde que Cristo se manifestou. A glória e o triunfo de Deus Pai através do Filho, estava reservado à fé, e não às nossas obras, porque importa que em tudo não haja qualquer espaço para que nos gloriemos em nós mesmos, senão apenas nAquele que nor salvou por meio da fé nEle.

    Esta é a razão que quando Deus quis se prover de um apóstolo para os gentios, Ele não foi buscá-lo na pessoa de alguém que já fosse um dos maiores santos da Terra, mas em Saulo de Tarso, que foi um grande perseguidor da própria Igreja, e que se encontrava apoiando o martírio de Estevão, a ponto de designar a si mesmo como sendo o principal dos pecadores, para que por meio do seu próprio exemplo de vida transformada por Cristo, todos pudessem crer que de fato a salvação operada por Jesus, pelo poder do Espírito Santo, é somente por meio da fé nEle, e não por qualquer boa obra ou mérito de nossa parte. A nós cabe somente o arrependimento e continuar andando no Espírito, pela fé, olhando apenas para o Seu autor e consumador.

    "1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;

    2 por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus." (Romanos 5.1,2)

    "1 Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.

    2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte." (Romanos 8.1,2)

    16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado. (Romanos 2.16)

    "1 Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado?

    2 Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

    3 Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?

    4 Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão.

    5 Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

    6 É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.

    7 Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão.

    8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.

    9 De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão.

    10 Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.

    11 E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.

    12 Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá.

    13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)," (Gálats 3.1-13)

    Pelo Evangelho. grandes pecadores podem ser salvos e trasnformados em santos, mas isto é somente pela pregação da fé em Cristo, e não pela pregação de obras, pois está designado por Deus que o justo deverá viver pela fé, e somente por meio da fé que se alcança a salvação. Nisto, toda a glória é dada a Cristo e ao Seu grande poder.

    Tanto que se não fosse por fé, não poderíamos permanecer firmes em nossa união com o Senhor, porque são muitos os motivos de tristezas que temos neste mundo, tanto por meio de variadas tribulações e aflições, dores, sofrimentos, decepções, angústias, traições, e toda sorte de ofensas e sofrimentos que possam nos causar, além de nossos próprios pecados e os que vemos nos outros. Contudo, pela fé, podemos dizer com o apóstolo Paulo: Triste, mas felizes; porque a graça de Cristo, e a nossa fé em exercício nEle, nos guardará e manterá firmados nele e na prática do bem, perseverando no caminhar no Espírito até o fim, até aquele dia em que nossa paz e alegria não terão mais qualquer momento de nuvens de tristezas misturado a elas.

    Provérbios 1

    Aqueles que leem os salmos de Davi, especialmente aqueles voltados para este último fim, seriam tentados a pensar que a religião é toda êxtase e consiste em nada além de êxtases e transportes de devoção; e sem dúvida há um tempo para eles, e se há um céu na terra, ele está neles: mas, enquanto estivermos na terra, não podemos estar totalmente envolvidos com eles; temos uma vida para viver na carne, devemos ter uma conduta no mundo, e para isso devemos agora ser ensinados a levar a nossa religião, que é uma coisa racional e muito útil ao governo da vida humana, e tende como tanto para nos tornar discretos como para nos tornar devotos, para fazer brilhar o rosto diante dos homens, numa conversa prudente, honesta e útil, como para fazer arder o coração para com Deus em afetos santos e piedosos. Neste capítulo temos,

    I. O título do livro, mostrando o escopo geral e o desígnio dele, ver 1-6.

    II. O primeiro princípio é recomendado para nossa séria consideração, ver. 7-9.

    III. Uma advertência necessária contra más companhias, ver. 10-19.

    IV. Uma representação fiel e viva dos raciocínios da sabedoria com os filhos dos homens, e a ruína certa daqueles que fazem ouvidos moucos a esses raciocínios, ver. 20-33.

    O Desígnio dos Provérbios.

    1 Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel.

    2 Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência;

    3 para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade;

    4 para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso.

    5 Ouça o sábio e cresça em prudência; e o instruído adquira habilidade

    6 para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios.

    Temos aqui uma introdução a este livro, que alguns pensam ter sido prefixado pelo colecionador e editor, como Esdras; mas supõe-se que tenha sido escrito pelo próprio Salomão, que, no início de seu livro, propõe seu fim ao escrevê-lo, para que ele possa manter seus negócios e perseguir de perto esse fim. Somos aqui informados,

    I. Quem escreveu estas palavras sábias. São os provérbios de Salomão.

    1. Seu nome significa pacífico, e o caráter tanto de seu espírito quanto de seu reinado correspondeu a ele; ambos eram pacíficos. Davi, cuja vida foi cheia de problemas, escreveu um livro de devoção; pois alguém está aflito? Deixe-o orar. Salomão, que vivia tranquilamente, escreveu um livro de instruções; pois quando as igrejas descansaram, foram edificadas. Em tempos de paz, devemos aprender por nós mesmos e ensinar aos outros aquilo que em tempos difíceis tanto eles como nós devemos praticar.

    2. Ele era filho de Davi; foi uma honra para ele ser parente daquele bom homem, e ele considerou isso com uma boa razão, pois ele se saiu melhor por isso, 1 Reis 11. 12. Ele foi abençoado com uma boa educação, e muitas boas orações foram feitas por ele (Sl 72.1), o efeito de ambas apareceu em sua sabedoria e utilidade. A geração dos retos às vezes é tão abençoada que se torna bênçãos, bênçãos eminentes, em seus dias. Cristo é frequentemente chamado de Filho de Davi, e Salomão foi um tipo dele nisso, como em outras coisas, ao abrir a boca em parábolas ou provérbios.

    3. Ele era rei de Israel - um rei, e ainda assim não era menosprezo para ele ser um instrutor de ignorantes e um professor de bebês - rei de Israel, aquele povo entre quem Deus era conhecido e seu nome era grande; entre eles ele aprendeu a sabedoria e a eles a comunicou. Toda a terra procurou Salomão para ouvir sua sabedoria, que superava a de todos os homens (1 Reis 4.30; 10.24); foi uma honra para Israel que seu rei fosse um ditador, um oráculo. Salomão era famoso por seus apotegmas; cada palavra que ele dizia tinha peso e algo surpreendente e edificante. Seus servos que o atenderam e ouviram sua sabedoria, coletaram, entre eles, 3.000 provérbios seus que escreveram em seus diários; mas estes foram escritos por ele mesmo e não chegam a quase mil. Nestes ele foi divinamente inspirado. Alguns pensam que desses outros provérbios seus, que não eram tão inspirados, foram compilados os livros apócrifos de Eclesiástico e a Sabedoria de Salomão, nos quais há muitos ditos excelentes e de grande utilidade; mas, considerando tudo, eles estão muito aquém deste livro. Os imperadores romanos tinham cada um deles o seu símbolo ou lema, como muitos agora têm com o seu brasão. Mas Salomão tinha muitas palavras de peso, não como as deles, emprestadas de outros, mas todas produto daquela sabedoria extraordinária com a qual Deus o dotou.

    II. Com que fim foram escritos (v. 2-4), não para ganhar reputação para o autor, ou fortalecer seu interesse entre seus súditos, mas para o uso e benefício de todos aqueles que em todas as épocas e lugares se governarão por estes dita e estude-os de perto. Este livro nos ajudará a:

    1. A formar noções corretas das coisas e a possuir em nossas mentes ideias claras e distintas sobre elas, para que possamos conhecer a sabedoria e a instrução, aquela sabedoria que é obtida pela instrução, pela revelação divina, possa conhecer tanto como falar e agir com sabedoria quanto como dar instruções aos outros.

    2. Distinguir entre a verdade e a falsidade, o bem e o mal - perceber as palavras de compreensão, apreendê-las, julgá-las, proteger-se contra erros e acomodar o que aprendemos para nós mesmos e para nosso próprio uso, para que possamos pode discernir coisas que diferem e não são impostas, e pode aprovar coisas que são excelentes e não perder o benefício delas, como ora o apóstolo, Filipenses 1.10.

    3. Para ordenar corretamente a nossa conduta em todas as coisas. Este livro nos dará, para que possamos receber, a instrução da sabedoria, aquele conhecimento que guiará nossa prática em justiça, julgamento e equidade (v. 3), que nos disporá a prestar a todos o que lhes é devido, a Deus, as coisas que lhes são devidas. que são de Deus, em todos os exercícios da religião, e a todos os homens o que lhes é devido, de acordo com as obrigações que, por relação, cargo, contrato ou por qualquer outra conta, estamos sujeitos a eles. Observe que aqueles são verdadeiramente sábios, e ninguém além daqueles que são universalmente conscienciosos; e o objetivo da Escritura é nos ensinar essa sabedoria, justiça nos deveres da primeira mesa, julgamento nos da segunda mesa e equidade (isto é, sinceridade) em ambos; então alguns os distinguem.

    III. Para cujo uso foram escritos. Eles são úteis para todos, mas são projetados especialmente,

    1. Para os simples, para dar-lhes sutileza. As instruções aqui dadas são claras e fáceis, e niveladas até a capacidade mais mesquinha; os viajantes, embora tolos, não errarão nisso; e provavelmente serão beneficiados por aqueles que são sensíveis à sua própria ignorância e à sua necessidade de serem ensinados e, portanto, desejam receber instrução; e aqueles que recebem essas instruções em sua luz e poder, embora sejam simples, serão assim tornados sutis e graciosamente astutos para conhecer o pecado que devem evitar e o dever que devem cumprir, e para escapar das artimanhas do tentador. Aquele que é inofensivo como a pomba, ao observar as regras de Salomão, pode tornar-se sábio como a serpente; e aquele que foi pecaminosamente tolo quando começa a governar a si mesmo pela palavra de Deus torna-se graciosamente sábio.

    2. Para os jovens, dar-lhes conhecimento e discrição. A juventude é a idade do aprendizado, aprende as instruções, recebe impressões e retém o que é então recebido; é, portanto, de grande importância que a mente seja bem temperada, nem possa receber uma tintura melhor do que a dos provérbios de Salomão. A juventude é precipitada, inebriante e imprudente; o homem nasce como o potro do burro selvagem e, portanto, precisa ser quebrado pelas restrições e controlado pelas regras que encontramos aqui. E, se os jovens apenas seguirem seus caminhos de acordo com os provérbios de Salomão, logo adquirirão o conhecimento e o discernimento dos antigos. Salomão estava de olho na posteridade ao escrever este livro, esperando com isso temperar as mentes da nova geração com os princípios generosos da sabedoria e da virtude.

    IV. Que bom uso pode ser feito deles, v. 5, 6. Aqueles que são jovens e simples podem por meio deles tornar-se sábios e não são excluídos da escola de Salomão, como foram da escola de Platão. Mas é só para isso? Não; aqui não há apenas leite para bebês, mas carne forte para homens fortes. Este livro não apenas tornará os tolos e os maus, sábios e bons, mas também os sábios e os bons, mais sábios e melhores; e embora o simples e o jovem possam talvez desprezar essas instruções e não ser o melhor para eles, ainda assim o homem sábio ouvirá. A sabedoria será justificada pelos seus próprios filhos, embora não pelas crianças sentadas no mercado. Observe que até os homens sábios devem ouvir e não se considerarem sábios demais para aprender. Um homem sábio é sensível aos seus próprios defeitos (Plurima ignoro, sed ignorantiam meam non ignoro - ignoro muitas coisas, mas não a minha própria ignorância) e, portanto, continua avançando, para que possa aumentar em aprendizado, possa saber mais e conhecê-lo melhor, de forma mais clara e distinta, e saber melhor como utilizá-lo. Enquanto vivermos, devemos nos esforçar para aumentar todo o aprendizado útil. Era um ditado de um dos maiores rabinos, Qui non auget scientiam, amittit de ea – Se nosso estoque de conhecimento não aumentar, ele estará se desperdiçando; e aqueles que desejam aumentar seu aprendizado devem estudar as Escrituras; estas aperfeiçoam o homem de Deus. Um homem sábio, ao aumentar seu aprendizado, não é apenas benéfico para si mesmo, mas também para os outros:

    1. Como conselheiro. Um homem que entende desses preceitos de sabedoria, comparando-os entre si e com suas próprias observações, alcançará gradualmente conselhos sábios; ele é justo para a promoção e será consultado como um oráculo e encarregado da gestão dos assuntos públicos; ele virá sentar-se ao leme, assim a palavra significa. Observe que a indústria é o caminho para a honra; e aqueles a quem Deus abençoou com sabedoria devem estudar para fazer o bem com ela, de acordo com sua esfera. É realmente mais digno ser conselheiro do príncipe, mas é mais caridade ser conselheiro dos pobres, como foi Jó com sua sabedoria. Jó 29. 15, eu era os olhos dos cegos.

    2. Como intérprete (v. 6) – entender um provérbio. O próprio Salomão era famoso por expor enigmas e resolver questões difíceis, o que antigamente era o célebre entretenimento dos príncipes orientais, como testemunham as soluções que deu às perguntas com as quais a rainha de Sabá pensava confundi-lo. Agora, aqui ele se compromete a fornecer a seus leitores esse talento, na medida em que seja útil para os melhores propósitos. Eles entenderão um provérbio, até mesmo a interpretação, sem a qual o provérbio é uma noz não quebrada; quando ouvirem um ditado sábio, embora seja figurativo, eles entenderão o sentido dele e saberão como fazer uso dele. As palavras dos sábios às vezes são declarações sombrias. Nas epístolas de Paulo há algo difícil de entender; mas para aqueles que, sendo versados nas Escrituras, sabem comparar as coisas espirituais com as espirituais, serão fáceis e seguras; de modo que, se você lhes perguntar: Você entendeu todas essas coisas? eles podem responder: Sim, Senhor. Observe que é um crédito para a religião quando homens honestos são homens sensatos; todas as pessoas boas, portanto, deveriam procurar ser inteligentes e correr de um lado para outro, esforçando-se no uso dos meios, para que seu conhecimento possa ser aumentado.

    Advertências dos pais.

    7 O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.

    8 Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe.

    9 Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço.

    Salomão, tendo se comprometido a ensinar a um jovem conhecimento e discrição, estabelece aqui duas regras gerais a serem observadas para isso, e essas são: temer a Deus e honrar seus pais, cujas duas leis fundamentais da moralidade Pitágoras começa seus versos de ouro com, mas o primeiro deles em um estado miseravelmente corrompido. Primum, deos imortales cole, parentes que honora – Primeiro adore os deuses imortais e honre seus pais. Para tornar os jovens como deveriam ser,

    I. Deixe-os considerar Deus como seu supremo.

    1. Ele estabelece esta verdade, que o temor do Senhor é o princípio do conhecimento (v. 7); é a parte principal do conhecimento (portanto, a margem); é a cabeça do conhecimento; isto é,

    (1.) De todas as coisas que devem ser conhecidas, esta é a mais evidente: que Deus deve ser temido, reverenciado, servido e adorado; este é o início do conhecimento, de modo que aqueles que não sabem disso nada sabem.

    (2.) Para alcançarmos todo o conhecimento útil, é extremamente necessário que temamos a Deus; não estamos qualificados para lucrar com as instruções que nos são dadas, a menos que nossas mentes sejam possuídas por uma santa reverência a Deus, e todo pensamento dentro de nós seja levado à obediência a ele. Se alguém fizer a sua vontade, conhecerá a sua doutrina, João 7. 17.

    (3.) Assim como todo o nosso conhecimento deve surgir do temor de Deus, também deve tender a ele como sua perfeição e centro. Sabem o suficiente aqueles que sabem temer a Deus, que têm cuidado em tudo para agradá-lo e temem ofendê-lo em qualquer coisa; este é o Alfa e o Ômega do conhecimento.

    2. Para confirmar esta verdade, de que um olhar para Deus deve dirigir e acelerar todas as nossas buscas de conhecimento, ele observa: Os tolos (ateus, que não têm consideração por Deus) desprezam a sabedoria e a instrução; não tendo nenhum temor da ira de Deus, nem qualquer desejo de seu favor, eles não lhe darão graças por lhes dizer o que podem fazer para escapar de sua ira e obter seu favor. Aqueles que dizem ao Todo-Poderoso: Afasta-te de nós, que estão tão longe de temê-lo que o desafiam, não podem causar surpresa se não desejarem o conhecimento de seus caminhos, mas desprezarem essa instrução. Observe que são tolos aqueles que não temem a Deus e não valorizam as Escrituras; e embora possam fingir ser admiradores da inteligência, na verdade são estranhos e inimigos da sabedoria.

    II. Que considerem seus pais como superiores (v. 8, 9): Filho meu, ouve a instrução de teu pai. Ele quer dizer, não apenas que teria seus próprios filhos para serem observadores dele e do que ele lhes dizia, nem apenas que ele teria seus alunos, e aqueles que vieram a ele para serem ensinados, para considerá-lo como seu pai e cumprir seus preceitos com a disposição dos filhos, mas que ele deseja que todos os filhos sejam obedientes e respeitosos para com seus pais, e se conformem à educação virtuosa e religiosa que eles lhes dão, de acordo com a lei do quinto mandamento.

    1. Ele dá como certo que os pais, com toda a sabedoria que possuem, instruirão seus filhos e, com toda a autoridade que possuem, darão leis a eles para o seu bem. São criaturas razoáveis e, portanto, não devemos dar-lhes leis sem instrução; devemos atraí-los com as cordas de um homem, e quando lhes dissermos o que devem fazer, devemos dizer-lhes porquê. Mas eles são corruptos e obstinados e, portanto, com a instrução, há necessidade de uma lei. Abraão não apenas catequizará, mas comandará sua família. Tanto o pai como a mãe devem fazer tudo o que puderem pela boa educação dos filhos, e tudo o que for suficiente.

    2. Ele incumbe os filhos de receberem e reterem as boas lições e leis que seus pais lhes dão.

    (1.) Para recebê-los com prontidão: Ouça a instrução de teu pai; ouça-a e preste atenção; ouça-a e dê-lhe boas-vindas, e seja grato por ela, e subscreva-a.

    (2.) Para mantê-los com resolução: Não abandone a lei deles; não pense que quando você for adulto, e não mais sob tutores e governadores, você poderá viver em liberdade; e, a lei de sua mãe estava de acordo com o lei de teu Deus e, portanto, ela nunca deve ser abandonada; você foi treinado no caminho que deve seguir e, portanto, quando for velho, não deve se desviar dele. Alguns observam que, embora a ética dos gentios e as leis dos persas e dos romanos previam apenas que os filhos deveriam respeitar o pai, a lei divina também assegura a honra da mãe.

    3. Ele recomenda isso como algo muito gracioso e que nos honrará: As instruções e leis de teus pais, cuidadosamente observadas e cumpridas, serão um ornamento de graça para tua cabeça (v. 9), um ornamento que é, aos olhos de Deus, de grande valor, e fará com que você pareça tão grande quanto aqueles que usam correntes de ouro no pescoço. Que as verdades e mandamentos divinos sejam para nós uma coroa ou um colar de distinção, que são distintivos de honras de primeira linha; vamos valorizá-los e ser ambiciosos em relação a eles, e então eles o serão para nós. São verdadeiramente valiosos e serão valorizados aqueles que se valorizam mais pela sua virtude e piedade do que pela sua riqueza e dignidade mundanas.

    Advertências dos pais.

    10 Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas.

    11 Se disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes;

    12 traguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova;

    13 acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos de despojos a nossa casa;

    14 lança a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa.

    15 Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés;

    16 porque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue.

    17 Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave.

    18 Estes se emboscam contra o seu próprio sangue e a sua própria vida espreitam.

    19 Tal é a sorte de todo ganancioso; e este espírito de ganância tira a vida de quem o possui.

    Aqui Salomão dá outra regra geral aos jovens, a fim de descobrirem e manterem os caminhos da sabedoria, e isso é tomar cuidado com a armadilha das más companhias. Os salmos de Davi começam com esta advertência, e o mesmo acontece com os provérbios de Salomão; pois nada é mais destrutivo, tanto para uma devoção viva quanto para uma conduta regular (v. 10): Meu filho, a quem amo e por quem tenho terna preocupação, se os pecadores te seduzirem, não consintas. Os conselhos que os pais devem dar aos filhos quando os enviam para o mundo; é o mesmo que Pedro deu aos seus novos convertidos (Atos 2:40): Salvem-se desta geração perversa. Observe,

    1. Quão diligentes são as pessoas perversas para seduzir outras para os caminhos do destruidor: elas seduzirão. Os pecadores adoram companhia no pecado; os anjos que caíram foram tentadores quase tão logo se tornaram pecadores. Eles não ameaçam nem discutem, mas atraem com lisonja e discurso justo; com uma isca atraem o jovem incauto para o anzol. Mas eles se enganam se pensam que, ao levar outros a participar com eles de sua culpa e a ficarem vinculados, por assim dizer, ao vínculo com eles, terão menos para pagar a si mesmos; pois eles terão muito mais pelo que responder.

    2. Quão cautelosos devem ser os jovens para não serem seduzidos por eles: Não consintas; e então, embora eles te seduzam, não podem te forçar. Não digas o que eles dizem, nem faça o que eles fazem ou gostariam que você fizesse. fazer; não tenha comunhão com eles. Para reforçar esse cuidado,

    I. Ele representa os raciocínios falaciosos que os pecadores usam em suas seduções, e as artes de persuasão que eles possuem para enganar almas instáveis. Ele especifica os salteadores de estrada, que fazem o que podem para atrair outros para sua gangue, v. 11-14. Veja aqui o que eles queriam que o jovem fizesse: Vem conosco (v. 11); deixe-nos ter a tua companhia. A princípio, eles fingem não perguntar mais nada; mas o namoro sobe mais alto (v. 14): Lança a tua sorte entre nós; vem em parceria conosco, junta a tua força à nossa, e vamos decidir viver e morrer juntos: tu passarás como nós; todos nós temos uma bolsa, para que o que conseguirmos juntos possamos gastar alegremente juntos, pois é isso que eles pretendem. Duas concupiscências irracionais e insaciáveis eles propõem a si mesmos a gratificação e, com isso, atraem sua oração para a armadilha:

    1. Sua crueldade. Eles têm sede de sangue, e odeiam aqueles que são inocentes e nunca lhes provocaram qualquer provocação, porque pela sua honestidade e diligência eles os envergonham e condenam: Vamos, portanto, esperar pelo seu sangue, e espreitá-los secretamente; eles estão conscientes de não cometer nenhum crime e, consequentemente, não têm medo de nenhum perigo, mas viajam desarmados; portanto, faremos deles presas mais fáceis. E, quão doce será engoli-los vivos! v. 12. Esses malditos homens fariam isso com a mesma avidez com que o leão faminto devora o cordeiro. Se for contestado: Os restos mortais dos assassinados trairão os assassinos; eles respondem: Não há perigo disso; nós os engoliremos inteiros como aqueles que estão enterrados. Quem poderia imaginar que a natureza humana degeneraria a tal ponto que seria um prazer para um homem destruir outro!

    2. Sua cobiça. Eles esperam obter um bom saque com isso (v. 13): "Encontraremos todas as substâncias preciosas seguindo este comércio. A ideia que eles têm da riqueza mundana. Eles chamam isso de substância preciosa; considerando que não é nem substancial nem precioso; é uma sombra; é vaidade, especialmente aquela que se obtém por meio de roubo, Sal 62. 10. É como aquilo que não existe, que não dará ao homem nenhuma satisfação sólida. É barato, é comum, mas, na sua opinião, é precioso e, portanto, arriscarão as suas vidas, e talvez as suas almas, na sua busca. É o erro destruidor de milhares de pessoas que supervalorizam a riqueza deste mundo e a consideram uma substância preciosa.

    (2.) A abundância que eles prometem a si mesmos: Encheremos nossas casas com isso. Aqueles que negociam com o pecado prometem a si mesmos barganhas poderosas, e que isso resultará em uma grande conta (tudo isso te darei, diz o tentador); mas eles apenas sonham que comem; as casas cheias se reduzem a apenas um punhado, como a grama nos telhados das casas.

    II. Ele mostra a perniciosidade desses caminhos, como uma razão pela qual devemos temê-los (v. 15): "Filho meu, não andes com eles no caminho; como puder; evite o caminho deles; não siga o exemplo deles, não faça o que eles fazem. Tal é a corrupção da nossa natureza que o nosso pé é muito propenso a pisar no caminho do pecado, de modo que devemos usar a violência necessária sobre nós mesmos para refrear o nosso pé e verificar se em algum momento damos o menor passo em direção ao pecado. Considere:

    1. Quão pernicioso é o seu caminho em sua própria natureza (v. 16): Seus pés correm para o mal, para aquilo que é desagradável a Deus e prejudicial à humanidade, pois eles se apressam em derramar sangue. Observe que o caminho do pecado é ladeira abaixo; os homens não apenas não conseguem se conter, mas, quanto mais continuam nisso, mais rápido correm e se apressam, como se temessem não fazer o mal o suficiente e estivessem decididos a não perder tempo. Eles disseram que prosseguiriam sem pressa (Vamos esperar pelo sangue, v. 11), mas você descobrirá que todos estão com pressa, tanto que Satanás encheu seus corações.

    2. Quão perniciosas serão as consequências disso. É-lhes dito claramente que este caminho perverso certamente terminará na sua própria destruição, e ainda assim eles persistem nele. Aqui,

    (1.) Eles são como o pássaro tolo, que vê a rede se estender para pegá-lo, e ainda assim é em vão; ele é atraído pela isca e não aceitará o aviso que seus próprios olhos lhe deram (v. 17). Mas nós nos consideramos mais valiosos do que muitos pardais e, portanto, deveríamos ter mais inteligência e agir com mais cautela. Deus nos tornou mais sábios que as aves do céu (Jó 35.11), e seremos então tão estúpidos quanto elas?

    (2.) Eles são piores que os pássaros e não têm o sentido que às vezes percebemos que eles têm; pois o passarinheiro sabe que é em vão armar sua armadilha à vista do pássaro e, portanto, ele tem artes para ocultá-la. Mas o pecador vê a ruína no final do seu caminho; o assassino, o ladrão, vê a prisão e a forca diante deles, ou melhor, eles podem ver o inferno diante deles; seus vigias lhes dizem que certamente morrerão, mas isso não adianta; eles correm para o pecado e avançam nele, como o cavalo na batalha. Pois realmente a pedra que eles rolam se voltará contra eles mesmos (v. 18, 19). Eles esperam e espreitam secretamente pelo sangue e pela vida de outros, mas isso provará, contrariamente à sua intenção, ser pelo seu próprio sangue, pelas suas próprias vidas; eles chegarão, finalmente, a um fim vergonhoso; e, se eles escaparem da espada do magistrado, ainda assim haverá uma Nêmesis divina que os persegue. A vingança faz com que eles não vivam. Sua ganância de ganho os apressa em práticas que não os permitirão viver metade de seus dias, mas que lhes cortarão o número de seus meses no meio. Eles têm poucos motivos para se orgulhar de sua propriedade, naquilo que tira a vida dos proprietários e depois passa para outros senhores; e que aproveita ao homem, embora ganhe o mundo, se perder a vida? Pois então ele não poderá mais desfrutar do mundo; muito menos se ele perder a alma e for afogado na destruição e na perdição, como acontece com multidões pelo amor ao dinheiro.

    Agora, embora Salomão especifique apenas a tentação de roubar na estrada, ele pretende nos alertar contra todos os outros males aos quais os pecadores atraem os homens. Tais são os caminhos dos bêbados e dos imundos; eles estão se entregando àqueles prazeres que tendem à sua ruína aqui e para sempre; e, portanto, não consente com eles.

    Exortações da Sabedoria; Perdição dos Pecadores Obstinados.

    20 Grita na rua a Sabedoria, nas praças, levanta a voz;

    21 do alto dos muros clama, à entrada das portas e nas cidades profere as suas palavras:

    22 Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?

    23 Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras.

    24 Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse;

    25 antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão;

    26 também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei,

    27 em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia.

    28 Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar.

    29 Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR;

    30 não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão.

    31 Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão.

    32 Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição.

    33 Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranquilo e sem temor do mal.

    Salomão, tendo mostrado quão perigoso é dar ouvidos às tentações de Satanás, mostra aqui quão perigoso é não dar ouvidos aos chamados de Deus, dos quais lamentaremos para sempre a negligência. Observe,

    I. Por quem Deus nos chama - pela sabedoria. É a sabedoria que clama externamente. A palavra é plural – sabedorias, pois, assim como há sabedoria infinita em Deus, também há a multiforme sabedoria de Deus, Ef 3.10. Deus fala aos filhos dos homens por meio de todos os tipos de sabedoria e, como em toda vontade, assim como em cada palavra, de Deus há um conselho.

    1. A compreensão humana é a sabedoria, a luz e a lei da natureza, os poderes e faculdades da razão e o ofício da consciência, Jó 38. 36. Por meio deles, Deus fala aos filhos dos homens e argumenta com eles. O espírito de um homem é a vela do Senhor; e, onde quer que os homens vão, poderão ouvir uma voz atrás deles, dizendo: Este é o caminho; e a voz da consciência é a voz de Deus, e nem sempre é uma voz mansa e delicada, mas às vezes clama.

    2. O governo civil é sabedoria; é uma ordenança de Deus; os magistrados são seus vice-gerentes. Deus, por meio de Davi, disse aos tolos: Não façais tolices, Sal 75. 4. Na abertura dos portões e nos locais de concurso, onde eram mantidos os tribunais, os juízes, a sabedoria da nação, chamavam os ímpios, em nome de Deus, ao arrependimento e à reforma.

    3. A revelação divina é sabedoria; todos os seus ditames, todas as suas leis, são tão sábios quanto a própria sabedoria. Deus o faz, pela palavra escrita, pela lei de Moisés, que coloca diante de nós a bênção e a maldição, pelos lábios dos sacerdotes que guardam o conhecimento, pelos seus servos, os profetas, e todos os ministros desta palavra, declara sua mente aos pecadores, e admoesta-os tão claramente quanto o que é proclamado nas ruas ou nos tribunais pelos arautos. Deus, em sua palavra, não apenas abre o caso, mas o discute com os filhos dos homens. Venha agora e raciocinemos juntos, Is 1.18.

    4. O próprio Cristo é Sabedoria, é Sabedoria, porque nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento, e ele é o centro de toda a revelação divina, não apenas a Sabedoria essencial, mas a Palavra eterna, por quem Deus nos fala. e a quem ele cometeu todo julgamento; ele é, portanto, quem aqui implora aos pecadores e os condena. Ele se autodenomina Sabedoria, Lucas 7. 35.

    II. Como ele nos chama e de que maneira.

    1. Muito publicamente, para que quem tem ouvidos para ouvir possa ouvir, uma vez que todos são bem-vindos para tirar proveito do que é dito e todos estão preocupados em atendê-lo. As regras da sabedoria são publicadas nas ruas, não apenas nas escolas, ou nos palácios dos príncipes, mas nos principais locais de concurso, entre as pessoas comuns que passam e repassam na abertura dos portões e na cidade. É confortável lançar a rede do evangelho onde há uma multidão de peixes, na esperança de que alguns sejam presos. Isto foi cumprido em nosso Senhor Jesus, que ensinou abertamente no templo, em meio a multidões, e em segredo não disse nada (João 18:20), e encarregou seus ministros de proclamarem seu evangelho no telhado, Mateus 10:27. Deus diz (Is 45. 19), eu não falei em segredo. Não há fala ou linguagem onde a voz da Sabedoria não seja ouvida. A verdade não busca cantos, nem a virtude se envergonha de si mesma.

    2. Muito pateticamente; ela clama, e novamente ela clama, como se estivesse falando sério. Jesus se levantou e clamou. Ela emite a sua voz, pronuncia as suas palavras com toda a clareza e carinho possíveis. Deus deseja ser ouvido e atendido.

    III. Qual é o chamado de Deus e de Cristo.

    1. Ele repreende os pecadores por sua loucura e por persistirem obstinadamente nela. Observe,

    (1.) Quem são aqueles a quem a Sabedoria aqui reprova e expõe. Em geral, eles são simples e, portanto, podem ser justamente desprezados, como a simplicidade do amor, e, portanto, podem ser justamente desesperados; mas devemos usar os meios mesmo com aqueles em quem temos poucas esperanças, porque não sabemos o que a graça divina pode fazer. Três tipos de pessoas são chamadas aqui:

    [1.] Os simples que amam a simplicidade. O pecado é simplicidade, e os pecadores são simples; eles agem tolamente, muito tolamente; e é muito ruim a condição daqueles que amam a simplicidade, gostam de suas noções simples do bem e do mal, de seus preconceitos simples contra os caminhos de Deus, e estão em seu elemento quando estão fazendo uma coisa simples, divertindo-se com seus próprios enganos e lisonjeando-se em sua maldade.

    [2.] Escarnecedores que se deleitam em zombar - pessoas orgulhosas que têm prazer em intimidar tudo ao seu redor, pessoas joviais que zombam de toda a humanidade e zombam de tudo que aparece em seu caminho. Mas os escarnecedores da religião são especialmente destinados, os piores dos pecadores, que desprezam a submissão às verdades e leis de Cristo, e às reprovações e admoestações de sua palavra, e se orgulham de desprezar tudo o que é sagrado e sério.

    [3.] Tolos que odeiam o conhecimento. Ninguém, exceto os tolos, odeia o conhecimento. Somente são inimigos da religião aqueles que não a compreendem corretamente. E esses são os piores tolos que odeiam ser instruídos e reformados, e têm uma antipatia enraizada pela piedade séria.

    (2.) Como a reprovação é expressa: Até quando você fará isso? Isto implica que o Deus do céu deseja a conversão e reforma dos pecadores e não a sua ruína, que ele está muito descontente com a sua obstinação e lentidão, que espera ser gracioso e está disposto a argumentar o caso com eles.

    2. Ele os convida a se arrependerem e a se tornarem sábios. E aqui,

    (1.) O preceito é claro: Transforme-se em minha repreensão. Não fazemos uso correto das repreensões que nos são dadas por aquilo que é mau, se não nos desviarmos delas para aquilo que é bom; pois para esse fim foi dada a reprovação. Vire-se, isto é, volte ao seu juízo perfeito, volte-se para Deus, volte-se para o seu dever, volte-se e viva.

    (2.) As promessas são muito encorajadoras. Aqueles que amam a simplicidade encontram-se sob uma impotência moral para mudar a sua maneira de pensar e de agir; eles não podem se virar por nenhum poder próprio. A isto Deus responde: Eis que derramarei sobre vós o meu Espírito; ponham-se a fazer o que puderem, e a graça de Deus se estabelecerá em vocês e operará em vocês tanto o querer como o realizar o bem que, sem essa graça, você não poderia viver. Ajude a si mesmo e Deus o ajudará; estenda a mão atrofiada e Cristo a fortalecerá e curará.

    [1.] O autor desta graça é o Espírito, e isso está prometido: derramarei sobre vós o meu Espírito, como óleo, como água; tereis o Espírito em abundância, rios de água viva, João 7. 38. Nosso Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem.

    [2.] O meio desta graça é a palavra, que, se a tomarmos corretamente, nos transformará; é, portanto, prometido: Eu vos darei a conhecer as minhas palavras, não apenas as falarei a vós, mas as tornarei conhecidas, darei a vocês que as entendam. Observe que a graça especial é necessária para uma conversão sincera. Mas essa graça nunca será negada a ninguém que a busque honestamente e a ela se submeta.

    3. Ele lê a condenação daqueles que continuam obstinados contra todos esses meios e métodos de graça. É grande e muito terrível, v. 24-32. A sabedoria, tendo chamado os pecadores ao retorno, faz uma pausa para ver que efeito o chamado tem, ouve e ouve; mas eles não falam corretamente (Jeremias 8:6) e, portanto, ela continua dizendo-lhes o que acontecerá no final disto.

    (1.) O crime é recitado e é altamente provocador. Veja por que o julgamento será dado contra os pecadores impenitentes no grande dia, e você dirá que eles merecem, e que o Senhor é justo nisso. Em suma, é rejeitar Cristo e as ofertas da sua graça, e recusar submeter-se aos termos do seu evangelho, que os teria salvado tanto da maldição da lei de Deus como do domínio da lei do pecado.

    [1.] Cristo os chamou para avisá-los do perigo; ele estendeu a mão para oferecer-lhes misericórdia, ou melhor, para ajudá-los a sair de sua condição miserável, estendeu a mão para que eles a segurassem, mas eles recusaram e ninguém olhou; alguns foram descuidados e nunca deram ouvidos a isso, nem prestaram atenção ao que lhes foi dito; outros foram obstinados e, embora não pudessem evitar ouvir a vontade de Cristo, ainda assim negaram-no categoricamente e recusaram (v. 24). Eles estavam apaixonados por sua loucura e não queriam se tornar sábios. Eles eram obstinados em todos os métodos usados para recuperá-los. Deus estendeu a mão em misericórdias concedidas a eles e, quando essas não trabalharam sobre eles, em correções, mas todas foram em vão; eles não consideravam as operações de sua mão mais do que as declarações de sua boca.

    [2.] Cristo os reprovou e aconselhou, não apenas os reprovou pelo que fizeram de errado, mas os aconselhou a fazer melhor (essas são reprovações de instrução e evidências de amor e boa vontade), mas eles desprezaram todos os seus conselhos como se não merecessem atenção, e não aceitassem nenhuma de suas reprovações, como se fosse inferior a eles serem reprovados por ele e como se nunca tivessem feito nada que merecesse repreensão. Isto é repetido (v. 30): Eles não aceitaram meu conselho, mas o rejeitaram com desdém; foi tudo uma brincadeira e não vale a pena prestar atenção. Observe que aqueles que estão marcados para a ruína são surdos à repreensão e ao bom conselho.

    [3.] Eles foram exortados a se submeterem ao governo da razão correta e da religião, mas se rebelaram contra ambos.

    Primeiro, a Razão não deveria governá-los, pois eles odiavam o conhecimento (v. 29), odiavam a luz da verdade divina porque ela lhes revelava a maldade de suas ações, João 3.20. Eles odiavam que lhes dissessem aquilo que não suportavam saber.

    Em segundo lugar, a religião não poderia governá-los, pois eles não escolheram o temor do Senhor, mas escolheram andar no caminho do seu coração e na visão dos seus olhos. Eles foram pressionados a colocar Deus sempre diante deles, mas preferiram lançar ele e seu medo para trás. Observe que aqueles que não escolhem o temor do Senhor mostram que não têm conhecimento.

    (2.) A sentença foi pronunciada e certamente é destrutiva. Aqueles que não se submeterem ao governo de Deus certamente perecerão sob a sua ira e maldição, e o próprio evangelho não os aliviará. Eles não aproveitariam o benefício da misericórdia de Deus quando esta lhes fosse oferecida e, portanto, cairiam justamente como vítimas de sua justiça, cap. 29. 1. As ameaças aqui terão seu pleno cumprimento no julgamento do grande dia e na miséria eterna dos impenitentes, dos quais ainda há alguns valores sérios nos julgamentos atuais.

    [1.] Agora os pecadores estão em prosperidade e seguros; eles vivem à vontade e desafiam a tristeza. Mas, primeiro, a calamidade deles virá (v. 26); as doenças virão, e aquelas doenças que eles apreenderão como sendo as próprias prisões e arautos da morte; outros problemas surgirão, em mente, no patrimônio, o que os convencerá de sua loucura em colocar Deus à distância.

    Em segundo lugar, a calamidade deles os deixará com grande medo. O medo se apodera deles e eles percebem que o mal será pior. Quando os julgamentos públicos acontecem, os pecadores de Sião ficam com medo, o medo surpreende os hipócritas. A morte é o rei dos terrores para eles (Jó 15. 21, etc.; 18. 11, etc.); esse medo será o seu tormento contínuo.

    Em terceiro lugar, de acordo com o seu susto será para eles. O medo deles virá (aquilo que eles temiam lhes acontecerá); virá como desolação, como um poderoso dilúvio que abaterá tudo o que está diante dele; será a sua destruição, a sua destruição total e final; e virá como um redemoinho, que de repente e com força afasta toda a palha. Observe que aqueles que não admitem o temor de Deus se expõem a todos os outros medos, e seus medos não serão infundados.

    Em quarto lugar, o seu medo então se transformará em desespero: Angústia e angústia virão sobre eles, pois, tendo caído na cova de que tinham medo, não encontrarão maneira de escapar (v. 27). Saul clama (2 Sm 1.9): A angústia se apoderou de mim; e no inferno há choro, e lamento, e ranger de dentes por angústia, tribulação e angústia para a alma do pecador, fruto da indignação e ira do Deus justo, Rm 2.8,9.

    [2.] Agora Deus se compadece de sua loucura, mas então ele rirá de sua calamidade (v. 26): Eu também rirei da sua angústia, assim como você riu do meu conselho. Aqueles que ridicularizam a religião apenas se tornarão ridículos diante de todo o mundo. Os justos rirão deles (Sl 52. 6), pois o próprio Deus o fará. Isso sugere que eles estarão para sempre excluídos das compaixões de Deus; eles pecaram por tanto tempo contra a misericórdia que agora pecaram completamente. Seus olhos não pouparão, nem terá piedade. E, sua justiça sendo glorificada em sua ruína, ele ficará satisfeito com isso, embora agora ele preferisse que eles voltassem e vivessem. Ah! Vou me livrar dos meus adversários.

    [3.] Agora Deus está pronto para ouvir suas orações e encontrá-los com misericórdia, se eles apenas o procurarem; mas então a porta será fechada, e eles clamarão em vão (v. 28): Então eles me invocarão quando for tarde demais: Senhor, Senhor, abre-nos. Já que agora eles rejeitam e menosprezam; mas não responderei, porque, quando chamei, eles não responderam; toda a resposta então será: Afaste-se de mim, eu não conheço você. Este foi o caso de alguns ainda nesta vida, como Saul, a quem Deus não respondeu por Urim ou profetas; mas, normalmente, enquanto há vida há espaço para oração e esperança de vivificação e, portanto, isto deve referir-se à justiça inexorável do juízo final. Então aqueles que menosprezaram a Deus o buscarão cedo (isto é, sinceramente), mas em vão; eles não o encontrarão, porque não o procuraram quando ele poderia ser encontrado, Is 55. 6. O homem rico no inferno implorou, mas lhe foi negado.

    [4.] Agora eles estão ansiosos por seguir seu próprio caminho e gostam de seus próprios projetos; mas então eles terão o suficiente (v. 31), de acordo com o provérbio: Deixe os homens beberem enquanto preparam; comerão do fruto do seu caminho; seus salários serão de acordo com seu trabalho, e, como foi sua escolha, assim será sua condenação, Gálatas 6.7,8.

    Observe, primeiro, que há uma tendência natural no pecado para a destruição, Tg 1. 15. Os pecadores certamente serão infelizes se comerem do fruto à sua maneira.

    Em segundo lugar, aqueles que perecem devem agradecer a si mesmos e não podem culpar ninguém. É o seu próprio dispositivo; deixe-os se gabar disso. Deus escolhe seus enganos, Is 66. 4.

    [5.] Agora eles se valorizam por sua prosperidade mundana; mas então isso ajudará a agravar a sua ruína.

    Primeiro, eles agora estão orgulhosos de poder afastar-se de Deus e libertar-se das restrições da religião; mas isso mesmo os matará, a lembrança disso os cortará no coração.

    Em segundo lugar, eles agora estão orgulhosos da sua própria segurança e sensualidade; mas a facilidade dos simples (assim diz a margem) os matará; quanto mais seguros eles estiverem, mais certa e mais terrível será sua destruição, e a prosperidade dos tolos ajudará a destruí-los, enchendo-os de orgulho, colando seus corações ao mundo, fornecendo-lhes combustível para suas concupiscências, e endurecendo seus corações em seus maus caminhos.

    4. Ele conclui com uma garantia de segurança e felicidade para todos aqueles que se submetem às instruções da sabedoria (v. 33): Aquele que me ouvir e quiser ser governado por mim, esse será:

    (1.) Será seguro; ele habitará sob a proteção especial do Céu, para que nada lhe cause nenhum dano real.

    (2.) Ele será tranquilo e não terá apreensões inquietantes de perigo; ele não apenas estará a salvo do mal, mas também tranquilo do medo dele. Embora a terra seja removida, eles não temerão. Estaríamos a salvo do mal e tranquilos do medo dele? Que a religião sempre nos governe e a palavra de Deus seja nossa conselheira. Essa é a maneira de viver com segurança neste mundo e de ficar quieto do medo do mal no outro mundo.

    Provérbios 2

    Salomão, tendo predito a destruição daqueles que são obstinados em sua impiedade, neste capítulo aplica-se àqueles que estão dispostos a ser ensinados; e,

    I. Ele mostra-lhes que, se usassem diligentemente os meios do conhecimento e da graça, obteriam de Deus o conhecimento e a graça que procuram, ver. 1-9.

    II. Ele lhes mostra que vantagem indescritível isso seria para eles.

    1. Isso os preservaria das armadilhas dos homens maus (ver 10-15) e das mulheres más, ver 16-19.

    2. Isso os direcionaria e os manteria no caminho dos homens bons, ver 20-22. Portanto, neste capítulo somos ensinados como obter sabedoria e como usá-la quando a temos, para que não a busquemos nem a recebamos em vão.

    A busca pela sabedoria é incentivada.

    1 Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos,

    2 para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido e para inclinares o coração ao entendimento,

    3 e, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz,

    4 se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares,

    5 então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.

    6 Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento.

    7 Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade,

    8 guarda as veredas do juízo e conserva o caminho dos seus santos.

    9 Então, entenderás justiça, juízo e equidade, todas as boas veredas.

    Jó havia perguntado, muito antes disso: Onde se encontrará a sabedoria? De onde vem a sabedoria? (Jó 28.12,20) e ele deu esta resposta geral (v. 23): Deus conhece o lugar disso; mas Salomão aqui vai além e nos diz onde podemos encontrá-lo e como podemos obtê-lo. Somos aqui informados,

    I. Que meios devemos usar para obtermos sabedoria.

    1. Devemos atender atentamente à palavra de Deus, pois essa é a

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1