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Como Bolsonaro agrupa seu exército virtual contra a urna eletrônica?
Como Bolsonaro agrupa seu exército virtual contra a urna eletrônica?
notas:
Duração:
26 minutos
Lançados:
3 de ago. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
O presidente Jair Bolsonaro já não usa meias palavras para lançar ameaças de que não haverá eleição para presidente em 2022 caso o sistema de votação com a urna eletrônica seja mantido. No domingo, do Palácio da Alvorada, passou essa mensagem pelas redes sociais aos seus apoiadores, reunidos em várias capitais, com a bandeira do voto impresso e palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e, especialmente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seu presidente, o ministro Luís Roberto Barroso. A resposta institucional veio na segunda-feira. Primeiro, por meio de uma nota conjunta, assinada pela cúpula do TSE e por todos os presidentes que comandaram a Corte eleitoral desde 1988, em defesa do atual sistema de votação. Depois, à noite, o TSE aprovou, por unanimidade, duas medidas importantes. Abriu um inquérito administrativo para apurar os ataques sem provas à urna eletrônica. E pediu ao STF que o caso seja analisado no inquérito das fakenews, sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes. Os ministros investigarão se Bolsonaro, numa live na semana passada, na qual prometia provar fraude na urna eletrônica, o que não fez, teve possível conduta criminosa. Ainda assim, mesmo sem nenhuma prova, o presidente agrupa cada vez mais seus aliados em torno desse tema. E seus apoiadores deixam de lado, por exemplo, o abraço de Bolsonaro ao Centrão, o grupo político que agora ocupa, com o senador Ciro Nogueira, a segunda cadeira mais importante do Planalto: a chefia da Casa Civil. No Ao Ponto desta terça-feira, o colunista Pablo Ortellado, professor de gestão de políticas pública da USP, analisa de que forma as teorias conspiratórias sobre o sistema de votação mobilizam o apoio ao presidente nas redes. O repórter Bruno Góes conta como o governo atua para reverter a mobilização dos partidos contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) pode reintroduzir o voto impresso no país.
Lançados:
3 de ago. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)