Dryllfwss
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Dryllfwss - Anderson Sathler Vieira
PARTE II - CORPO
Pois, é vácuo que também vê o que eu vejo.
E quando eu grito, eu vejo!
Ver! Grita o espaço.
Eu vejo no ar que envolve o choro uma escuridão estranha de formato insensível, mas permaneço calado.
E no ar que envolve o sorriso uma claridade estranha de formato sensível, mas permaneço quieto.
E no sorriso, um mundo estranho, onde o impossível se torna literalmente comum como a chuva e a neve.
...internos admiráveis. Residência e alma.
Vejo um mundo formado pela força impulsiva de desejos e vontades.
...Mistérios formados de universos e fascínios...
É, o alívio da fome que corre a beleza.
É, a vastidão que se esvazia.
É o ter fome
.
É o ter a palavra
.
Tenho fome de amor.
Tenho fome de palavras.
Paz!
Terra madura...
Retorno novo...
Canto e precipício...
Povo e princípio...
Sem silêncios eu canto para a vida ocultando a morte.
Pois, sou omissão de seres reunidos em lágrimas,
E acredito que o homem seja um infinito,
Um infinito capaz de levar a si mesmo ao tormento da inutilidade.
Pois, Sou tudo que se resume na multiplicidade dos países.
Meu corpo anda com o vento.
Meu corpo dança com a música.
Meu corpo se mostra no espelho dos olhos.
Eu danço o meu corpo!
PARTE III - METAMORFOSE
Que capturem a mágica para plasmar o reflexo do universo.
Que todo um começo retorne para um pensamento alheio.
Que pairem no ar e voem nele como lindas gaivotas o externo e o interno.
Pois, sou meu único retorno e sou meu único espaço.
Sou comigo sempre, único e diverso.
Que me abram as portas do mundo para que nele eu possa penetrar!
Que me abram todas as janelas e cortem-me todas as correntes.
Pois, eu grito sede faminta abraçando o impossível cujo conteúdo é dogma.
Sem medo, eu grito o mundo.
Sem coragem, eu grito a vivacidade.
Sem retorno, eu grito a fé.
Que me abram os litorais da mente!
Pois, eu digo que sem dúvida não serei mais como sou.
Andando por dentro do sonho, vendo a vida cujo jubilo é paraíso.
Sabendo que se sabe, e mais ainda, sendo relativo ao ser.
Lançando nos vastos territórios, o saber na forma aérea.
Eu vejo o céu e as estrelas, e canto para todos.
Eu sinto o vento e elevando-me ao éter.
Acabando no fim, no começo e continuando onde não há explicação.
Canto para o Sul e canto para o Norte, para o Leste e para o Oeste, com voz alta de berros cálidos.
Sou mulher no passado do tempo, cantante e gritante.
Sou homem no passado do tempo, teimoso como o grito desta obra.
Sou criança no despertar do ver e do sentir, gritante para sempre neste passado imortal.
Vejo o dia e a noite no meio do sonho.
Sou como o mar, e percebo o ressentir, que percebe o ir e o vir.
Sou como sentir, e sinto-me como eu mesmo.
Meu ser percorre por mim, gritando como flash.
Meu mundo e o meu caminho caminham por si sós.
Meu ser ainda resiste, no Sul e no Norte, no Leste e no Oeste.
Sou ainda no brilho, e ainda sou no fogo.
Atirando-me em águas de amor, cujo reflexo e espelho me
Lançam no vasto …
Continuo de formas terrestres, ainda tendo
a forma do ar.
Celebrando a renovação da conduta e da forma, de ser, e do ser.
Que seja da forma certa o que tiver de ser e vice-versa
Pois, amo os mais puros e impuros cantos da terra.
Amo na terra a sua própria pureza.
Por isso, grito liberdade
Porque o inexplicável é bobagem!
E o medo é bobagem!
Porque o que se explica é bobagem!
E o corpo é alimento!
A carne é ouro!
A carne é diamante!
Porque a carne é inexplicável!
Porque o inexplicável não perece!
E a carne é furor
!
Porque é fartura de poder!
Porque é bobagem!
E o corpo é glória!
Porque o dogma é besteira que se explica!
É o corpo o amor?
É a carne o amor?
É o sangue o amor?
É o sangue o poder
É o sangue o dogma da carne ou o poder do corpo?
Pois, o ser é completo!
E o ser é amor...
E o ser é o poder da carne; é do copo....
Espalho meu sorriso em almas.
Deitando em realizações.
Fazendo o sol e a lua cantarem como anjos terrestres.
Sentindo no céu de baixas altitudes o deleite dos corpos.
...somente porque tudo é metamorfose...
PARTE IV - TEMPO
Faço poder nos versos confusos que nascem de bocas pequenas.
Justifico o justo, e apenas aprecio o que pode ser apreciado.
Apenas alcanço o que sinto.
Apenas sou o que me tem.
Apenas faço o que me conduz.
Sou como um ponto de partida, cansado e velho cujo despertar é serpente benévola.
E sendo ainda mais no encontro da verdade,
Enriqueço minha alma com