Artifício & Emoção

De Anderson Sathler Vieira

Emoções são fundamentais para a nossa subsistência. As emoções tocam todos os aspectos do nosso acumulativo, oriundo das nossas experiências, que são, do começo ao fim da vida. Nossas concepções, vínculos, sonhos, amizades, contratos sociais, nexos, enfim, tudo. Por isso, é relevante que saibamos nos encarregar de todas elas. Imagina uma existência sem a emoção do novo, o medo do desconhecido, ou a magia e o encanto das paixões. Uma vida sem emoções, daria a própria vida, ainda menos sentido. Enquanto lutamos todos os dias, por nos fazer menos ferozes e semelhantes, ao animal que nos habita desde sempre; um mundo tecnológico, superficial e metálico, é cada vez mais uma realidade de corações, intenções e inteligências artificiais. A cada dia, e cada vez mais rápido, tudo se torna um pouco menos verdade. Por outro lado, a inteligência emocional, o autoconhecimento e a introspecção, vêm para nos ajudar, na administração dos sentimentos e nos fazer mais invulneráveis neste atual arranjo social.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 9 de ago. de 2022

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Artifício & Emoção

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Das Dimensões Do Tempo,

Que Só Nos Aparece Quando Por Finitos,

Nos damos conta.

© Anderson Sathler Vieira 2022

© Artifício & Emoção - Das Dimensões Do Tempo, Que Só Nos Aparece Quando Por Finitos, Nos Damos Conta.

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Criado no Brasil - A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei nº 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

ISBN: 9786500503906

© Anderson Sathler Vieira 2022

Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.

Friedrich Wilhelm Nietzsche

(1844 – 1900)

Índice:

Parte I: Das Cogitações Universais..................01

Parte II: Emoções Universais...........................43

Parte III: Gênios & Idiossincrasias.................74

Parte I: Das Cogitações Universais

Imagine que você está andando tranquilo e despreocupado pela rua, vendo as vitrines. E então quando você vira a esquina, do nada, um ladrão aparece na sua frente, todo nervoso, exigindo que você entregue todo o seu dinheiro. E aí, o que você faz? Você pode congelar e permanecer imóvel ou, assustado, começar a gritar e sair correndo. Ou, pode ser que você fique enraivecido e ataque o bandido, quase o matando.

Em todas as situações, são nossas emoções que surgem e nos fortalecem, para que possamos lidar adequadamente com a situação em questão. A vida humana desprovida de emoções não pode ser concebida, pois elas desempenharam um papel fundamental em nossa sobrevivência ao longo dos tempos.

Gostemos ou não, elas são parte fundamental de nossas vidas, definindo quem somos e como nos comportamos em diferentes situações. Por incrível que pareça, experimentamos emoções a cada segundo do dia; mesmo à noite, quando sonhamos, às vezes passamos por uma série de projeções que provocam emoções.

Na verdade, a qualidade de toda a nossa vida depende da maneira como lidamos com nosso arsenal emocional de que somos dotados.

Nosso estoque de emoções é uma faca de dois gumes, pois pode agir tanto para nos salvar, quanto para nos matar, dependendo de quão sensatamente as usamos. Tomemos a raiva como exemplo.

Se você for atacado diretamente e, portanto, tiver sua integridade ameaçada, responder com raiva provavelmente repelirá a ameaça. Nessas circunstâncias, a violência usada como arma defensiva é absolutamente aceitável. Como neste caso sua própria vida está em perigo, a fúria desempenha o papel de salva-vidas.

Mas considere outra situação. Você está no trabalho, cheio de afazeres; quase estrangulado pela burocracia e pelo chefe que não sabe o que quer. Já faz um tempo desde a última vez que você fez uma pausa e agora você está bastante irritado, quase tendo um troço. Então seu celular toca; é seu cônjuge.

Ignorando o motivo da ligação, você não atende o telefone, mas continua trabalhando. Você agora está totalmente focado no seu trabalho, está em uma parte crucial, a qual deve ser feita em tempo real e você não pode errar, mas em Eu disse que estou até o pescoço de trabalho e estou na reta final de terminar o meu projeto!, você diz furiosamente para si mesmo e mais uma vez se recusa obstinadamente a responder.

Depois de um tempo, o mesmo toque. Levado à beira do desespero, você pega o telefone loucamente e sem qualquer polidez introdutória, você responde sem pensar ao seu cônjuge: "Pelo amor de Deus! Não vê que estou ocupado!

Eu não me importo se estou atrasado para o jantar! Pare de me importunar!" Fim de papo. Será que sua raiva serviu para alguma coisa dessa vez?

Ao voltar para casa, é provável que você sinta dores de remorso por ter explodido com seu cônjuge. Você não apenas teve tal explosão e feriu os sentimentos do seu cônjuge, mas agora também está cheio de culpa. Seu consorte só estava preocupado com o seu atraso e queria saber sobre você. Como você pôde ver, as emoções podem ser nossas melhores amigas e nossas piores inimigas ao mesmo tempo.

Você certamente já deve ter ouvido algo sobre a rejeição das emoções negativas e, em contrapartida, a atração das positivas, já que isso deveria talvez deveria ser a chave para levar uma vida próspera e alegre. Mas quão válida é essa categorização de emoções em positivas e negativas? Quais são quais?

Em primeiro lugar, precisamos estar cientes de quais emoções consideraremos para fins de classificação. Existem sete emoções universais: felicidade, tristeza, medo, raiva, nojo, surpresa e desprezo.

Todos os tipos de misturas podem se originar deles. Eles são chamados de universais porque estão presentes em todas as culturas do mundo e, além disso, possuem funcionalidade e forma de exibição semelhantes.

Agora que sabemos com quais emoções estamos equipados, vamos examiná-las mais de perto.