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Entre Strudel, Bolachas e Stollen: receitas e memórias
Entre Strudel, Bolachas e Stollen: receitas e memórias
Entre Strudel, Bolachas e Stollen: receitas e memórias
E-book119 páginas59 minutos

Entre Strudel, Bolachas e Stollen: receitas e memórias

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Sobre este e-book

Um livro de receitas e de lembranças da refinada doçaria alemã. A partir das receitas de mulheres descendentes de imigrantes alemães, que vivem em Curitiba, a obra resgata as tradições culinárias que resistiram ao tempo e à modernidade e permanecem na mesa de muitos curitibanos. O que o leitor encontrará não são apenas receitas, nem tampouco apenas um livro de memórias: ele traz tudo mesclado, pois a comida é esta colcha de retalhos. Traz o que nos sustenta o corpo e a alma. Traz
sentimentos. Neste caso, sentimentos ligados às origens, à família, ao passado, ao presente.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de mar. de 2021
ISBN9786587517087
Entre Strudel, Bolachas e Stollen: receitas e memórias

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    Entre Strudel, Bolachas e Stollen - Juliana Cristina Reinhardt

    capa_ebook.jpgimagem folha de rostocredits

    Mãe, este livro é dedicado à você.

    Você que fez da comida um gesto de amor.

    Sumário

    Agradecimentos

    Prefácio

    Livro de receitas, livro de memórias

    As receitas estão em constante transformação

    Os pratos tradicionais surgiram pela praticidade...

    Coisas de alemão!

    Os dias festivos

    As oficinas

    Dona Rose

    Strudel

    Stollen

    Spekulatius

    Pão de mel

    Torta de Cachaça (Schnapstorte)

    Torta do Céu

    Marzipan

    Cuca (Streuselkuchen)

    Dona Isolde

    Ovinhos pintados com amendoim dentro

    Amendoim doce

    Bolo de Cenoura

    Orelha de Gato (Katze ohr)

    Regina

    Pérolas do Céu

    Biscoitos de Fécula

    Ovos Nevados

    Bolinhos de Chuva

    Eliane

    Minha bolachinha predileta

    Geleia de Santo Amaro (para guardar por mais tempo)

    Rosane

    Stollen Aroma frutálico

    Torta de Requeijão (Käsekuchen)

    Geleia de Laranja (D. Inge Kleine)

    Geleia de Uva

    Geleia de Pera

    Bolachinha pintada de natal da vovó

    Leonita

    Bolacha de Araruta

    Bolacha de Natal (tia Elma)

    Flávia

    Bolo de Mel

    Gunda

    Solinger Waffeln

    Referências Bibliográficas

    Notas

    Agradecimentos

    recipe_img

    Agradeço a todos que me ajudaram na realização deste projeto: D. Rose Konieczniak, que ministrou as oficinas dos doces alemães, seu esposo Fred e sua filha Júlia; pastor Edgar Leschewitz pelo apoio para a realização das oficinas. Agradeço muito àqueles que compartilharam suas memórias e receitas: à minha amiga Regina Schimmelpfeng, pelo carinho de sempre; Eliane Gineste Merkle, Flavia Wagnitz Piazzetta; Leonita Hoeltgebaum da Costa; Gunda Gutknecht; Rosane Scholz Leschewitz; D. Isolde Münzfeld. À Rosane Scholz Leschewitz, agradeço seu depoimento e o Stollen feito com carinho. Agradeço aos parceiros Eli, Regina, Carol e Alejandro. E também a você Victor, meu muito obrigada. Obrigada pela parceria e pelo seu companheirismo.

    Meus agradecimentos também a Sérgio Gielow, Welington Klemtz, Thabatta Pamela Toscan dos Santos, Thiago Santângelo, Andrea Engelhardt, Eduardo Engelhardt, Anna Paula Hoeltgebaum Beskorovain, Armin Weber e funcionários da Fundação Cultural de Curitiba.

    Juliana

    Prefácio

    Adoro falar sobre comida. E adoro comer. Isto vem desde pequena. Aliás, minhas lembranças estão basicamente vinculadas a algum doce, sobremesa, almoço ou jantar. Em quase tudo que me lembro, tem alguma comida envolvida. Ou a falta dela. Lembro das vezes que ficava com fome esperando o jantar ou quando tinha vontade de comer alguma coisa. Adorava folhear uma coleção de livros de minha mãe chamada Bom Apetite. Quanta foto bonita!

    Quanta receita bacana! Que delícia...

    Caso tivesse vontade de comer alguma coisa e não comesse, ficava com dor de barriga. Meus pais, sabendo disso, tentavam realizar os meus desejos alimentares. Via em alguns pratos e guloseimas uma grande alegria. Mais tarde, conheci muitas pessoas, amigos da vida e da profi que também tinham este sentimento com relação à comida e se deleitavam com um prato bem feito ou um chocolate bem gostoso. Percebi que não estava só. Como existem os amantes da música, do cinema, das letras, também existem os amantes da comida e de tudo que se refere a ela.

    Primeiramente fui fazer Nutrição. Como gostava muito de comer e não queria engordar, achava que era um bom negócio. Aprendi a calcular o equilíbrio alimentar para ter uma alimentação saudável. Depois achei que era muito cálculo para algo que, muitas vezes, não tinha como mensurar. Então, fui fazer História, para pesquisar sobre cultura alimentar. Foi uma união que harmonizou minhas escolhas alimentares: nem tanto o céu, nem tanto o inferno...

    Isso porque não deve haver cálculos para nossas comidas de alma. Pra estar saudável, temos que pensar no que faz bem para o corpo, mas também para a mente. As comidas de alma fazem bem para a mente – como já dizia Nina Horta em seu livro Não é Sopa. Sobre isso converso com meus alunos. As comidas que nos fazem bem, que nos enchem de prazer, devem estar presentes na nossa vida, pois são elas que vão nos trazer recordações, que nos trazem alegria e fazem parte dos nossos momentos de confraternização. E as comidas de alma muitas vezes são ricas em calorias. Poucos se referem às suas comidas de alma mencionando a salada de rúcula ou o frango grelhado. Comida de alma é a canja da mãe, o pudim de leite condensado ou o bolinho de chuva da avó. E são individuais: cada um tem a sua.

    Eu tenho várias! Charuto e abobrinha; sopa batida de músculo com batata; picadinho de carne; pudim de leite condensado; sagu; cuque de banana com farofa... Melhor parar por aqui. Ah, mas não posso deixar de falar do chocolate. Nina Horta diz que o chocolate não pode ser comida de alma, pois é muito sedutor. Nina, eu e minhas alunas discordamos de você. Quer coisa melhor para nos deixar alegres que uma barra de chocolate? Pra quem não entende este sentimento sugiro alguns fi A Festa de Babette; Chocolate; Como água para Chocolate, Simplesmente Marta (dentre outros).

    Lembro quando pequena, de ir para casa da tia Ivone,

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