Alemães, comida e identidade: uma tese ilustrada: Volume 1
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Alemães, comida e identidade - Juliana Cristina Reinhardt
Notas
Nota do autor
Este livro surgiu como uma oportunidade de trazer um pouco do que pesquisamos na academia. Bons trabalhos são realizados nas universidades e se transformam em dissertações e teses, mas muitas vezes acabam ficando restritos ao próprio meio acadêmico. Não por falta de vontade daqueles que elaboram e defendem seus trabalhos, mas por falta de incentivo para que sejam publicados. Ao mesmo tempo, quando alguns trabalhos conseguem pular os muros da academia e vislumbrar o mundo editorial, acabam vindo parar nas mesmas mãos de seus pares, ou seja, os estudantes e profissionais da área acadêmica.
Quando começamos a publicar nossos livros, muitas eram as pessoas que os adquiriam. Um público inserido nas mais diversas áreas: além dos historiadores, sociólogos, antropólogos, filósofos, também dentistas, nutricionistas, engenheiros, advogados, executivos, artistas, empresários. Estamos percebendo o quanto é apreciado um conhecimento maior sobre História, como as pessoas se interessam pelo tema. Anseiam por novas obras. Mas obras que falem para este público.
Este livro é o resultado desta reflexão. Uma tese de doutorado, uma pesquisa sobre alemães, comida e identidade. Uma tese com elementos incorporados, que a transformaram, tendo como resultado uma mescla de expressões culturais e artísticas. Ciência, gastronomia e ilustração. Ah! Quem quiser ter acesso à tese na sua forma completa, com toda a teoria, notas de rodapé, etc, ela foi publicada: Dize-me o que comes e te direi quem és: alemães, comida e identidade
. Também pela Máquina de Escrever.
A arte de traduzir alguns trechos em imagens é obra de Rafael Mox. Coube a Fabiano Vianna e Cássio Shimizu a tarefa de ilustrar a Igreja do Redentor e a Igreja de Cristo.
Apresentação:
Um livro que dá água na boca.
Juliana Reinhardt, nutricionista que se saiu uma bela historiadora. Quem diria? Encantou-se pela cultura alimentar e, neste vasto mundo do conhecimento, pela história da alimentação. Trabalhando praticamente nas fronteiras entre duas disciplinas, fez seu mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em História, orientada pelo sempre lembrado Carlos Roberto Antunes dos Santos. Nesse processo, eu tive uma pequena participação, como coorientador na pesquisa de doutorado.
O presente livro resulta de conversas que ela teve com mulheres de origem alemã ou, talvez melhor, teuto-brasileira: senhoras que têm prazer em cozinhar e preparar comida alemã
. Evidentemente porque é do gosto delas, mas, também, porque motivadas pela nostalgia, pelas lembranças, pelo desejo de comemorar junto com a família e com os amigos. Suas cozinhas remetem a uma Alemanha
abstrata, unida em torno de uma cultura recriada pela imigração e pelos contatos culturais, cozinha que transformou Wiener Würstchen em vina
, Sauerkraut em chucrute, Kartoffelpuffer em panquecas de batata
; cultura imigrante, que teria produzido os gostos e os cheiros tratados no texto por Juliana. A história que é contada neste livro resultou de um trabalho bem cuidadoso, que sai das prateleiras do mundo acadêmico para, enxuto da formalidade das teses, colocar-se para o deleite e à crítica do leitor em geral. O que Juliana quer passar para nós? Que receitas traduzem mais do que uma maneira de fazer.
Querem, na verdade, chamar o gosto pelo prazer. Prazer que está relacionado a certa memória. Étnica, talvez. Migrante, ou imigrante, sem dúvida.
Memória que, de certo modo, também é a minha, pois remete à infância e à adolescência. Memória gustativa, que tem como uma de suas referências a broa de centeio dos Engelhardt e o Schrottbrott. Entretanto, memória que se fixa principalmente na broa preta do Müller (o Müllerbrott), azedinho em função do levedo natural que levava, e que eu gostava de comer com bastante manteiga e um pouco de sal: Huuummm! Para os que se lembram, era vendido na Mercearia Viana (outro ponto tradicional da cidade, no final ou no início da Cruz Machado, quase na esquina da Praça Tiradentes).
Essas lembranças sugerem outras, como a da Leiteria Blumenau, na Praça da Prefeitura, e também o comércio da Dona Johanna Schott, madrinha da minha mãe, na Rua Dr. Murici, quase na esquina com a Praça Zacarias. Quando eu era menino, o comércio de frios e outros embutidos, queijos, biscoitos, broas etc. era muito restrito nos bairros e, a mando da minha mãe, pelo menos uma vez por semana eu tomava o ônibus com uma lista de compras para buscá-las na Madrinha
, como costumávamos chamá-la. A lista era mais sortida quando minha mãe preparava o Kraenzchen (literalmente, reunião de senhoras) para suas amigas, que se alternavam para receber as companheiras, sempre