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Alemães, comida e Identidade: A vinda dos imigrantes: VOLUME 2
Alemães, comida e Identidade: A vinda dos imigrantes: VOLUME 2
Alemães, comida e Identidade: A vinda dos imigrantes: VOLUME 2
E-book50 páginas34 minutos

Alemães, comida e Identidade: A vinda dos imigrantes: VOLUME 2

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Sobre este e-book

Volume 2 - A vinda dos imigrantes. As pessoas gostam de se identificar com a comida e mostrar como a comida as identificam. Entre os imigrantes isso se torna muito forte, pois a comida é o último elo com a cultura de origem, já que muitos traços culturais vão se perdendo entre os descendentes da geração que imigrou: as roupas, a língua, a música. Mas a comida, as tradições culinárias permanecem. A história que é contada neste livro resultou de um trabalho cuidadoso sobre as tradições culinárias alemãs, que sai das prateleiras do mundo acadêmico para, enxuto da formalidade das teses, colocar-se para o deleite do leitor em formato digital em 5 volumes. Juliana Cristina Reinhardt quer passar para nós que receitas traduzem mais do que uma maneira de fazer. Querem, na verdade, chamar o gosto pelo prazer. Prazer que está relacionado a certa memória, étnica, migrante, imigrante.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de mai. de 2021
ISBN9786587517285
Alemães, comida e Identidade: A vinda dos imigrantes: VOLUME 2

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    Alemães, comida e Identidade - Juliana Cristina Reinhardt

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    A vinda dos imigrantes alemães

    A imigração de europeus está intimamente ligada ao Brasil Império. Com a proibição do tráfico negreiro internacional e o crescimento dos movimentos abolicionistas, o sistema escravista entrou em declínio e o governo imperial, em processo orquestrado pelas elites, incentivou a entrada de trabalhadores europeus, com o propósito de substituir a mão de obra escrava nas lavouras e colonizar áreas rurais, especialmente nas fronteiras do Sul do país. O regime republicano não se dissociou desse processo, acenando ainda para a possibilidade de um branqueamento da raça, ideologia defendida nesse momento por vários intelectuais, europeus e brasileiros, acreditando que a miscigenação ocorrida no Brasil Colônia era a maior causa do atraso verificado no país.

    Diante deste quadro e com o governo imperial promovendo propaganda na Europa em favor da imigração, cerca de 57 milhões de europeus partem para a América para se estabelecer e começar uma nova vida. Esta intensa propaganda atraiu a mão de obra e as primeiras correntes imigratórias vieram, em sua maioria, para o trabalho assalariado de contratação de serviços ou em regime de colonato para as grandes lavouras. Na região Sul, os imigrantes dedicaramse quase que exclusivamente à produção agrícola em pequenas propriedades. Esses novos centros de povoamento ocorriam para ocupar terras em regiões de fronteira, garantindo o território e fornecendo alimentos para o mercado interno.

    O Brasil foi o segundo país a receber os povos de origem germânica (antecedido pelos Estados Unidos). Foram os povos de origem germânica os primeiros a inaugurar o processo imigratório no Brasil, com a fundação da Colônia de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em 24 de julho de 1824.

    Em Curitiba os imigrantes de origem germânica eram prussianos, posnanianos, silesianos, pomeranos, hanoverianos, hamburgueses, renanos, suíços; alguns eram naturais do Schleswig-Holstein, outros de Mecklenburgo, da Saxônia, Turíngia, Westfália, Alsácia Lorena. Foram encontrados até alguns bávaros e austríacos, de tradição católica. Também da Rússia, vieram os alemães do Volga, na maioria menonitas.

    Apesar de terem sido os primeiros a se deslocar para o Brasil, estes imigrantes não contaram com um grande número de membros. Em termos de Brasil, correspondiam a apenas 9% do total de imigrados. No Paraná, depois dos portugueses, os alemães foram os primeiros a se instalar e, em Curitiba, entre 1886 e 1939, os poloneses somavam 49% do total de imigrantes, enquanto os alemães apenas 13,3%. Porém se destacavam por se concentrarem em algumas regiões e pela alta taxa de fecundidade.

    Aliás, esta é a característica mais peculiar dessa imigração: a concentração em poucas regiões, em alguns casos formando, à primeira vista, colônias etnicamente homogêneas, que mais tarde seriam vistas com suspeita pelos brasileiros. Esta chamada homogeneidade ocorria no início do estabelecimento dos imigrantes nas colônias, pois, mais cedo ou mais tarde, outras etnias eram inseridas juntamente com estes. Diferente também era a situação das colônias instaladas junto às cidades, como Curitiba.

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