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A lei, o presidente e o crime de responsabilidade
A lei, o presidente e o crime de responsabilidade
notas:
Duração:
28 minutos
Lançados:
9 de set. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, reagiu nesta quarta-feira (8) aos discursos golpistas de Jair Bolsonaro, proferidos em Brasília e em São Paulo durante os atos de 7 de setembro, que tiveram como alvos a Corte e especialmente o ministro Alexandre de Moraes. Já na abertura da sessão do tribunal, Fux disse que “ninguém fechará” o STF, que vai se manter de pé e “não se cansará de pregar fidelidade à Constituição”, reafirmando “o seu necessário compromisso com o regime democrático”. Mesmo assim, as consequências das ameaças do presidente não foram dissipadas e o STF segue sob pressão. Na noite desta quarta-feira, caminhoneiros bloqueavam estradas em diferentes estados, também em protesto contra o STF, encorajados pelo presidente da República. Foi nesse contexto que o ministro Luiz Fux advertiu: Bolsonaro pode incorrer em crime de responsabilidade, especialmente se descumprir decisões da Suprema Corte, como ameaçou fazer na terça-feira.
O caminho para instaurar o processo por crime de responsabilidade não é simples. Antes de tudo, precisa de respaldo político. Para exisitir, o processo deve ser autorizado pela Câmara para julgamento do Senado. Até mesmo no caso de um crime comum, o processo só anda depois de aval dos deputados. Mas o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), segue disposto a evitar esse caminho. Em seu primeiro pronunciamento após o 7 de setembro, ele não tratou de impeachment, pediu “serenidade e respeito às leis” e disse que o seu “único compromisso inadiável” é a eleição presidencial de 3 de outubro de 2022, “com as urnas eletrônicas”. No Ao Ponto desta quinta-feira (9), o jurista Gustavo Sampaio, professor de Direito Público da Universidade Federal Fluminense (UFF), avalia de que forma as ameaças de Jair Bolsonaro podem ser enquadradas ou não como crime de responsabilidade e quais são os obstáculos para esse tipo de investigação.
O caminho para instaurar o processo por crime de responsabilidade não é simples. Antes de tudo, precisa de respaldo político. Para exisitir, o processo deve ser autorizado pela Câmara para julgamento do Senado. Até mesmo no caso de um crime comum, o processo só anda depois de aval dos deputados. Mas o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), segue disposto a evitar esse caminho. Em seu primeiro pronunciamento após o 7 de setembro, ele não tratou de impeachment, pediu “serenidade e respeito às leis” e disse que o seu “único compromisso inadiável” é a eleição presidencial de 3 de outubro de 2022, “com as urnas eletrônicas”. No Ao Ponto desta quinta-feira (9), o jurista Gustavo Sampaio, professor de Direito Público da Universidade Federal Fluminense (UFF), avalia de que forma as ameaças de Jair Bolsonaro podem ser enquadradas ou não como crime de responsabilidade e quais são os obstáculos para esse tipo de investigação.
Lançados:
9 de set. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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A gestão de hospitais na pandemia | FÓRUM DE SAÚDE BRASIL: Debate realizado pelo GLOBO em 10 de maio, com patrocínio da Dasa, abordou o investimento em pesquisas e tecnologia em hospitais durante a pandemia. A Covid-19 acelerou os investimentos em inovação e tecnologia na saúde. Neste momento, a pesquisa é crucial para entendermos a doença e buscarmos soluções, vacinas e tratamentos. A tecnologia auxilia no atendimento e no diagnóstico. Quais são os impactos no setor hospitalar, agora e no pós-pandemia? Participaram do debate: Ana Maria Malik, coordenadora do FGV Saúde; Andreza Senerchia, head de pesquisa clínica da Dasa; Fernanda Tovar-Moll, presidente do Instituto D´Or de Pesquisa e Ensino (IDOR); e Rogério Rufino, diretor-geral da Policlínica Piquet Carneiro e cientista do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). A mediação é de Luciana Casemiro, jornalista do GLOBO. de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)