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Destroços - Livro 1 - Série Coração de Gelo
Destroços - Livro 1 - Série Coração de Gelo
Destroços - Livro 1 - Série Coração de Gelo
E-book730 páginas14 horas

Destroços - Livro 1 - Série Coração de Gelo

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Sobre este e-book

Ela tinha apenas 17 anos, era uma das principais patinadoras russas e a sua carreira estava no auge depois do ter ganhado os principais torneiros da sua modalidade. Mas quando a sua irmã foge sem deixar rastros, recaí sobre ela a responsabilidade de se casar com Nikita Trusova, o temido Dom da Bratva a máfia russa.Forçada a abandonar todos os seus sonhos e se curvar as cruéis regras da máfia. Qual as possiblidade desse casamento acabar em uma tragédia?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jul. de 2022
ISBN9781526060761
Destroços - Livro 1 - Série Coração de Gelo

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    Destroços - Livro 1 - Série Coração de Gelo - Nadine Lima da Silva

    DESTROÇOS

    Livro 1 – Série Coração de Gelo

    ROMANCE DARK

    Florianópolis 2022

    INFORMAÇÕES

    O primeiro e mais importante aviso sobre esse livro, é um ROMANCE DARK, então o livro terá cenas de tortura, violência, estupro dentre outros temas que abordam esse estilo de livro, então se você não gosta, pare por aqui, pois podem ocasionar gatilhos em algumas pessoas e não é isso que a autora quer passar.

    Segundo o livro é totalmente fictício, não tem o intuito de ferir ou causar dor em ninguém, como foi avisado anteriormente, então por favor, não xinguem a autora nas avaliações.

    Terceiro a autora não costuma ler as avaliações dos seus livros por conta de ataques que sofreu e isso ocasionou ansiedade desnecessária, ela também não irá responder ataques desnecessários nas redes sociais, então se você for bem-educado e a procurar educadamente, poderá ter uma conversa civilizada com ela.

    Obrigado pela atenção até o momento e de quem se propôs a ler as informações antes de ir diretamente ao livro. Tenham uma boa leitura e espero que gostem de Destroços, ele é o primeiro livro da série Coração de Gelo, essa série será composta de seis livros e os próximos personagens serão apresentados ao decorrer dos futuros livros.

    Boa Leitura.

    Atenciosamente Autora.

    ÍNDICE

    INFORMAÇÕES

    PRÓLOGO

    CAPÍTULO UM

    CAPÍTULO DOIS

    CAPÍTULO TRÊS

    CAPÍTULO QUATRO

    CAPÍTULO CINCO

    CAPÍTULO SEIS

    CAPÍTULO SETE

    CAPÍTULO OITO

    CAPÍTULO NOVE

    CAPÍTULO DEZ

    CAPÍTULO ONZE

    CAPÍTULO DOZE

    CAPÍTULO TREZE

    CAPÍTULO QUATORZE

    CAPÍTULO QUINZE

    CAPÍTULO DEZESSEIS

    CAPÍTULO DEZESSETE

    CAPÍTULO DEZOITO

    CAPÍTULO DEZENOVE

    CAPÍTULO VINTE

    CAPÍTULO VINTE E UM

    CAPÍTULO VINTE E DOIS

    CAPÍTULO VINTE E TRÊS

    CAPÍTULO VINTE E QUATRO

    CAPÍTULO VINTE E CINCO

    CAPÍTULO VINTE E SEIS

    CAPÍTULO VINTE E SETE

    CAPÍTULO VINTE E OITO

    CAPÍTULO VINTE E NOVE

    CAPÍTULO TRINTA

    CAPÍTULO TRINTA E UM

    CAPÍTULO TRINTA E DOIS

    CAPÍTULO TRINTA E TRÊS

    CAPÍTULO TRINTA E QUATRO

    CAPÍTULO TRINTA E CINCO

    CAPÍTULO TRINTA E SEIS

    CAPÍTULO TRINTA E SETE

    CAPÍTULO TRINTA E OITO

    CAPÍTULO TRINTA E NOVE

    CAPÍTULO QUARENTA

    CAPÍTULO QUARENTA E UM

    CAPÍTULO QUARENTA E DOIS

    CAPÍTULO QUARENTA E TRÊS

    CAPÍTULO QUARENTA E QUATRO

    CAPÍTULO QUARENTA E CINCO

    CAPÍTULO QUARENTA E SEIS

    CAPÍTULO QUARENTA E SETE

    CAPÍTULO QUARENTA E OITO

    CAPÍTULO QUARENTA E NOVE

    CAPÍTULO CINQUENTA

    CAPÍTULO CINQUENTA E UM

    CAPÍTULO CINQUENTA E DOIS

    CAPÍTULO CINQUENTA E TRÊS

    CAPÍTULO CINQUENTA E QUATRO

    CAPÍTULO CINQUENTA E CINCO

    CAPÍTULO CINQUENTA E SEIS

    CAPÍTULO CINQUENTA E SETE

    CAPÍTULO CINQUENTE E OITO

    CAPÍTULO CINQUENTA E NOVE

    EPÍLOGO

    PRÉVIA ARRUINADA

    PRÓLOGO

    ANNA TRUSOVA:

    — Mate-a. – Ordenou Nikita segurando a minha nuca e forçando-me a encará-la e ele riu fazendo um que um arrepio percorresse o meu corpo. — Mate-a.

    — Não posso fazer isso. – Sussurrei abrindo e fechando as minhas mãos. — Ela é minha irmã.

    — Ela é apenas uma traidora. – Rosnou ele e eu me encolhi. — Acha que ela iria ter piedade de você se estivesse no seu lugar, ela iria se divertir com o seu sofrimento. Então não me decepcione esposa, mate-a ou eu farei isso e forçarei você a assistir enquanto eu a desosso e dou os restos para os cachorros.

    Ele colocou uma das adagas nas minhas mãos e eu senti as minhas pernas fraquejarem quando Kamilla me encarou com os seus olhos arregalados e começou a gritar histericamente e suplicar pela sua vida e ele apenas gargalhava enquanto se sentava.

    — Mudei de ideia. – Avisou ele fazendo com que eu voltasse dois passos para trás e encostasse as minhas costas na parede. — Quero que você a torture antes de lhe matar, faça-a sofrer minha bonequinha.

    — Não faça isso Anna. – Sussurrou Kamilla me encarando. — Nós somos irmãs, eu amo você, não deixe com que ele me mate, você é a única que pode mudar isso. Família Anna.

    Meu marido gargalhou e eu fechei os olhos quando ele se aproximou e tirou os meus cabelos dos ombros e deixou um beijo ali.

    — Ela nunca considerou você da família. – Sussurrou ele e eu as minhas mãos de fecharam em punhos. — Tudo que ela fez desde que voltou foi querer o seu lugar, ela é apenas uma traidora hipócrita, tudo que ela quer é ser você, bonequinha.

    — Não escute o que ele está falando. – Sussurrou Kamilla. — Ele está tentando entrar na sua mente, você não irá conseguir se perdoar por isso Anna. Você é apenas uma fraca inútil, nunca seria capaz de fazer isso.

    — Ela dormiu com o seu marido e espalhou isso para todos apenas para lhe humilhar. – Lembrou-se ele rindo. — Ela espalhou fofocas sobre você e sobre a sua mãe. Acha que ela merece o seu perdão Anna? Ela merece a morte, você sabe o que nós fazemos com traidores.

    Engoli a seco enquanto ele continuou a sussurrar no meu ouvido tudo de mal que Kamilla tinha feito.

    — Torture-a. – Sussurrou ele beijando o meu pescoço. — Coloque toda essa raiva para fora, mostre a ela que você não é mais aquela garotinha assustada que tinha que cumprir todas as suas vontades por medo. Ela merece conhecer a minha Lady, a primeira-dama da Bratva.

    Ele me puxou para si beijando os meus lábios duramente fazendo com que eu gemesse quando ele apertou o meu corpo contra o seu.

    — É a sua vida ou a dela. – Avisou ele afastando-se. — A escolha é sua Anna.

    CAPÍTULO UM

    ANNA VASSILIEV

    TRÊS ANOS ATRÁS:

    — Você viu mamãe, eu ganhei mais uma medalha. – Falei sorrindo enquanto entrava no vestuário, mas ela estava séria. — Você está orgulhosa? Eu ganhei mais um ouro.

    — Precisamos conversa Anna. – Avisou ela e eu abaixei a minha cabeça, ela não estava orgulhosa. — Esperarei você no carro, não demore.

    Concordei e coloquei a medalha e o mascote de lado começando a desfazer o complicado penteado que prendiam os meus longos cabelos, retirei toda a maquiagem e depois troquei de roupa guardando o meu figurino dentro da mala.

    — Sua apresentação foi horrível hoje. – Avisou a minha treinadora quando eu saí do vestuário e eu abaixei a minha cabeça. — Você teve muita sorte que as suas adversarias também erraram ou você teria sido a última colocada.

    — Desculpe-me. – Pedi em um sussurro. — Irei tentar o meu melhor na próxima competição.

    — Você não irá tentar, porque eu não trabalho com perdedores. – Avisou ela e eu engoli a seco. — Quero você amanhã as seis no ringue e não exagere nas comemorações ou irá engordar.

    Concordei e saí rapidamente, o carro dos meus pais estava parado na frente do estádio. Agradeci ao segurança e entrei no carro vendo que mamãe estava mexendo no seu celular.

    — Para casa. – Mandou mamãe. — Cancelei todos as comemorações, não é o momento para esse tipo de evento.

    Abaixei a minha cabeça e suspirei, eu tinha realmente ido mal e não merecia comemorações.

    O carro parou na frente da mansão e mamãe saltou e eu suspirei e saí entrando em casa e vendo que papai estava a nossa espera, ele nunca estava em casa. O que estava acontecendo?

    — Onde está Kamilla? – Perguntei os encarando, a minha irmã mais velha sempre estava presente nas nossas reuniões, ela não costumava deixar de se gabar por conta do seu casamento e que ela sempre seria melhor do que eu em tudo. — Está acontecendo alguma coisa? Eu não a vejo a alguns dias, ela foi conhecer a família do seu futuro marido.

    — A sua irmã fugiu. – Respondeu minha mãe fazendo com que eu arregalasse os olhos. — Ela deixou apenas um bilhete falando que não estava conseguindo aguentar a pressão de se tornar a Lady da Máfia Russa e fugiu.

    — Como assim Kamilla fugiu? – Perguntei a encarando com os meus olhos arregalados. — Que tipo de brincadeira é essa mamãe?

    — Sua irmã não está a bem. – Respondeu ela cruzando os seus braços. — Ela é muito jovem, queria conhecer o mundo e não ficar presa a um único homem pelo resto da vida, ela queria ter uma vida normal como qualquer garota de 20 anos.

    — Você a ajudou a fugir! – Exclamei levando um tapa no rosto.

    — Cale-se. – Rosnou ela puxando-me pelos cabelos e fazendo com que ela me encarasse. — Volte a abrir a sua boca para falar uma blasfêmia como essa e eu irei arrancar a sua língua, assim nunca mais irá caluniar a sua mãe. Uma mentira como essa pode fazer com que todos nós sejamos mortos, a máfia não é piedosa com traidores e a família Vassiliev não será desonrada dessa maneira. Está tudo certo, nós ainda temos você, está na hora de pagar por todos os gastos que tivemos com a sua educação.

    — Como? – Perguntei a encarando com os olhos arregalados. — Nana!

    — Nem pense em usar essa técnica baixa. – Rosnou mamãe. — Seu pai é apenas um frouxo, ele não irá fazer nada, já que ele não quer perder a sua cabeça. Nós já cuidamos de tudo, o chefe terá uma esposa e ele pertencerá a família Vassiliev, como o acordo prevê.

    — É o melhor para você querida. – Falou papai me encarando e eu engoli a seco. — Ninguém mais poderá lhe chamar de bastarda, você será a mulher mais importante dentro da Máfia, será respeitada. Terá tudo que você sempre sonhou.

    — Eu não quero me casar. – Sussurrei sentindo as lágrimas arderem nos meus olhos. — Não faça isso comigo nana, não é comigo que ele deveria se casar e com Kamilla.

    — Pare com isso, você é quase uma mulher, irá fazer 18 anos dentro de alguns meses. – Rosnou mamãe. — Engula esse maldito choro ou eu irei lhe dar motivos para chorar. Está tudo decidido, vá para o seu quarto, eu não quero mais ver o seu rosto hoje. E se abrir a sua maldita boca para caluniar a sua irmã, você sabe o que acontecerá, acho melhor você continuar na linha Anna.

    Eu abaixei a minha cabeça e saí dali subindo as escadas correndo e me tranquei no meu quarto e me joguei na cama chorando.

    — Sinto sua falta mamma. – Sussurrei abraçando o meu velho urso de pelúcia. — Queria que estivesse viva.

    DUAS SEMANAS DEPOIS:

    — Você está fazendo corpo mole. – Gritou a treinadora Eri. — Esse maldito salto está uma merda? Acha que irá conseguir alguma medalha nas olimpíadas dessa maneira? Apenas os melhores conseguem e você está longe disso. Comece de novo.

    Concordei e voltei para o começo da minha apresentação de programa curto, eu precisava melhorar, apenas os melhores conseguiam orgulhar o seu país e eu irei orgulhar a minha nação.

    — Saia do gelo. – Ordenou a minha treinadora furiosa. — Se eu vir você errar essa coreografia mediana novamente eu sou capaz de lhe bater com esses malditos patins e contundir esse belo rostinho que precisa estar intacto para os próximos compromissos que iremos. Volte para o ringue apenas quando você estiver concentrada ou melhor nem volte, tome um banho gelado e vá para casa. Você me cansou por hoje Anna, não ouse colocar os seus patins no gelo até eu mandar.

    Engoli a seco e saí do gelo colocando as proteções dos meus patins e indo na direção do vestuário. Tomei um banho e troquei de roupa, guardando o meu equipamento na minha bolsa e saindo do vestuário.

    — Sua técnica estava nervosa hoje. – Comentou Nathan me encarando e sorrindo e eu apenas concordei. — E você está aérea, aconteceu alguma coisa Anna? Você sabe que eu estou aqui para o que você precisar, nós somos amigos.

    — Eu estou apenas cansada. – Menti, eu não iria lhe contar os meus problemas. — A competição esgotou todas as minhas forças e a treinadora Eri é exigente, ela não aceita nada menos que a perfeição.

    — Vamos sair para comer. – Convidou ele e eu neguei, eu estava de dieta não podia me dar ao luxo de engordar e não servir nos meus trajes, isso iria deixar a treinadora ainda mais irritada. — Eu pagarei um sorvete para você, está calor em Moscou, precisamos aproveitar o sol enquanto o inverno chegar iremos todos congelar como picolés, bem que já estamos acostumados com isso, passamos o dia como picolés fazendo saltos no gelo na busca pela perfeição.

    Neguei novamente e ele fez um biquinho me fazendo rir e ele bateu no meu ombro sorrindo.

    — Senhorita Vassiliev. – Chamou aquela voz grossa fazendo com que eu engolisse a seco e o encarasse com os meus olhos arregalados.

    — Senhor Trusova. – Cumprimentei-o sentindo as minhas pernas bambas. Por que ele tinha que ser tão bonito? — A treinadora Eri está com as outras patinadoras lá dentro.

    — Não estou atrás de nenhum patinador. – Avisou ele aproximando-se. — Vim buscar você, seus pais tiveram um imprevisto e me pediram para pegar a senhorita no treino, apenas não imaginei que estaria acompanhada ou matando o seu treino.

    — Eu sou Nathan. – Apresentou-se o garoto ao meu lado e eu neguei. — Eu treino com Anna a sete anos, nós somos amigos.

    — Ela não precisa de amigos. – Disse ele segurando o meu braço. — Vamos, eu não tenho tempo para perder com adolescentes irritantes.

    Ele saiu me puxando e praticamente me jogou dentro do carro e eu me encolhi no canto aterrorizada, o que aquele homem tinha de beleza, ele tinha de estupidez.

    — Esse não é o caminho para a minha casa. – Sussurrei quando o motorista seguiu por um caminho completamente diferente. — Para onde está me levando?

    — Iremos apenas conversar. – Respondeu ele me encarando e eu senti um arrepio percorrer o meu corpo ao ver o quão gelado era o seu olhar. — Acho que eu tenho o direito de conversar com a minha futura esposa. ou você discorda da minha palavra, noivinha?

    Neguei apertando a minha bolsa com mais força, aquele homem poderia tudo em toda a Rússia e ninguém iria fazer nada contra ele, já que ele era mais poderoso que o próprio presidente.

    O carro parou na frente de uma construção abandonada e eu fechei os meus olhos e gritei quando ele me puxou para fora do carro e me arrastou para dentro.

    Ele me arrastou e me jogou ao lado de um saco preto, o cheiro de pobre estava em todos os cantos daquele lugar. Podridão e sangue coalhado e aquilo embrulhou o meu estomago fazendo com que eu tivesse ânsia e levasse a minha mão até a boca.

    Ele agarrou os meus cabelos forçando-me a me levantar e mandou com que os homens que estavam com ele abrissem o saco e eu gritei fechando os meus olhos.

    O corpo em putrefação cheio de bichos e moscas estava totalmente mutilado e eu pude ver que era uma mulher.

    Me soltei do seu aperto e corri para fora e vomitei, minhas pernas estavam fracas que eu caí para trás sentindo o meu coração palpitar e meu corpo todo tremer.

    — Assustada? – Perguntou ele ajoelhando-se na minha frente e agarrando o meu rosto forçando-me a encará-lo. — Irei lhe fazer uma única pergunta e se eu sonhar que está mentindo para mim, o próximo corpo dentro daquele saco será o seu. Onde está a vadia da sua irmã?

    — Kamilla está em uma clínica psiquiátrica fora do país. – Respondi em um sussurro, aquela era a mentira que mamãe tinha mandado com que eu contasse para todos. — Ela não aguentou a pressão de se casar com o senhor e surtou, ela estava completamente fora de si, meus pais acharam melhor a preservar e lhe mandar para fora do país para conter os boatos. Por favor não me mate.

    — Todos com as mesmas versões dos fatos, que bonitinho. – Ironizou ele gargalhando e eu me encolhi. — Parece que você é apenas a substituta daquela vadia. Uma pena, pois agora terá que assumir o papel principal as presas. Quantos anos você tem?

    — 17. – Respondi. — Irei fazer 18 dentro de alguns meses, senhor Trusova.

    — Uma pirralha. – Rosnou ele me jogando contra o chão. — Levante-se iremos comer, eu estou morrendo de fome e odeio comer sozinho. Você tem cinco segundos para estar dentro do carro se não quiser ficar aí.

    Me levantei e corri na direção do carro me sentando bem longe dele e me encolhi no banco agarrando-me a minha bolsa.

    O carro parou na frente de um dos restaurantes mais chiques de Moscou, eu não estava arrumada para frequentar um lugar como aquele. Ele apenas me encarou e eu pulei do carro o acompanhando e agradeci o lugar estar vazio.

    — Coma. – Ordenou ele me encarando quando os pratos foram colocados na nossa frente. — Se eu tiver que mandar novamente, os seus atos irão ter consequências e elas não serão agradáveis para o seu belo rosto.

    Eram tantas calorias naquele prato que eu teria de me exercitar durante um mês para gastá-las e o meu estomago ainda estava embrulhado por conta da cena que ele tinha me forçado a presenciar, eu não sabia como aquele homem tinha estomago para comer. Eu mais brinquei do que comi e neguei a sobremesa.

    — Acho que você já está ciente de que iremos nos casar assim que você completar 18 anos. – Falou ele e eu concordei abaixando a minha cabeça. — Já que a sua irmã é apenas uma invalida e eu nunca me uniria com alguém estável.

    — Eu estou ciente. – Afirmei colocando as minhas mãos sobre o colo. — Meus pais já me informaram sobre isso.

    — Ótimo, eu odeio dramas. – Avisou ele levantando-se. — Vamos, eu irei levar você para casa, acho que já tratamos de todos os assuntos pendentes e eu estou cansado de todo esse drama adolescente.

    — Senhor Trusova. – Chamei-o fazendo com que ele me encarasse com os olhos furiosos e eu me encolhi. — Eu tenho um pedido a fazer, eu sei que depois do nosso casamento a minha carreira terá que ser encerrada.

    — Uma Lady tem muitos afazeres a se fazer para se preocupar com uma carreira. – Falou ele apoiando-se na mesa e aproximando-se de mim fazendo com que eu arregalasse os meus olhos e o meu coração palpitasse. — Qual o seu pedido, pequena Vassiliev? Eu posso pensar em lhe dar um agrado, caso seja uma boa menina.

    — A Olimpíadas acontecerão 2 meses após o meu aniversário de 18 anos. – Falei apertando os meus dedos, eu não deveria estar lhe pedindo aquilo, mas era a minha última opção para competir. — Eu gostaria de encerar a minha carreira sendo bicampeã olímpica e orgulhando a minha noção antes de anunciar a minha aposentadoria.

    — Um pedido audacioso. – Afirmou ele rindo. — Parece que você tem mais coragem do que a vadia da sua irmã que sempre se escondeu atrás das pessoas. Eu gosto disso. Irei pensar no seu pedido e se ele me agregar algo, poderei o conceder. Agora fique quieta, pois sua voz já me deixou irritado.

    Concordei e saí na sua frente e entrei no carro e me encolhi no meu canto e o segurança dirigiu na direção da mansão e praticamente fui expulsa do carro quando ele estacionou na frente da casa.

    Entrei e agradeci por ninguém estar em casa e segui para o meu quarto. Guardei as minhas coisas e depois tomei um banho demorado.

    Peguei o meu notebook e suspirei ao ver as respostas das universidades elas estavam chegando e aquilo apenas me desanimava. Fechei o aparelho e me joguei na cama colocando os meus fones e colocando a minha playlist para tocar, ouvir música era a única que me relaxava nos últimos dias.

    Mamãe entrou no meu quarto batendo a porta com força e eu pulei na cama quando ela puxou o meu braço fazendo com que eu gemesse.

    — Por que diabos você foi vista com Nikita Trusova? – Perguntou ela me encarando furiosamente. — O que você falou para ele?

    — Ele foi me buscar no ginásio. – Respondi encolhendo-me quando ela levantou a sua mão. — Eu não disse nada, apenas confirmei a história que vocês inventaram sobre Kamilla, não se preocupe ele não irá matar nenhum de nós, pelo menos não por enquanto. Eu apenas fiz o que me foi mandado.

    — Espero que você tenha pelo menos sido convincente. – Rosnou ela empurrando-me contra a cama. — Arrume-se o estilista que irá fazer o seu vestido de noivado deve chegar em breve, iremos selar esse acordo com rapidez.

    Eu suspirei e guardei os meus fones e depois troquei de roupa descendo as escadas e me sentando em um dos sofás da sala e cruzei os meus braços a espera do tal estilista que mamãe tinha chamado.

    Como sempre não pude dar nenhuma opinião enquanto eles discutiam sobre o vestido, mamãe afirmou que não deixaria com que eu envergonhasse a família com os meus gostos extravagantes de adolescentes.

    — Você deveria comer um pouco mais filha. – Falou papai me encarando na hora do jantar. — Se continuar dessa maneira não terá força para os seus treinamentos.

    — Pare de incentivar essa garota. – Rosnou mamãe e eu abaixei a minha cabeça, ela nunca estava satisfeita com nada que eu fazia. — Ela irá largar a patinação, deveria parar de agir como uma garota mimada e de nos dar despesas e desistir de uma vez. Já que os gastos com a sua brincadeira são altos e desnecessários.

    — Eu pedi para o senhor Trusova que ele me deixasse competir nas Olímpiadas. – Falei fazendo com que ela me encarasse furiosamente.

    — Você enlouqueceu garota? – Perguntou ela segurando os meus cabelos e fazendo com que eu gemesse. — Quem você pensa que é para jogar o nome da minha família no lixo? Você deveria ser grato por eu não ter deixado com que você morresse as minguas quando a vadia da sua mãe morreu. A sua única função é substituir a sua irmã e deixar com que ela tenha uma vida feliz longe do inferno que será se casar com aquele maldito homem. Espero que ele consiga ensinar as lições que eu nunca conseguir.

    — Largue-a. – Mandou papai e mamãe apenas rosnou irritada empurrando o meu rosto na direção do prato e eu gemi mordendo a minha língua com força e sentindo o gosto metálico de sangue no meu paladar. — Pare de falar desse jeito com a garota, ela é apenas uma criança.

    — Ela é apenas uma bastarda maldita, eu nunca deveria ter a aceitado no seio da minha família. – Bradou ela levantando-se. — Sua filhinha querida não demonstra gratidão nenhuma por tudo que nós fizemos por ela durante toda a sua vida. Continue a mimando dessa maneira e a próxima cabeça a rolar será a sua querido.

    Mamãe saiu furiosa da sala de jantar e eu escutei uma das portas do andar superior serem fechadas com força e mordi o meu lábio inferior para não chorar.

    — Não chore minha pequena flor de lotus. – Pediu papai me abraçando e acariciando os meus cabelos delicadamente. — Garotas bonitas não devem chorar, apenas de felicidade. Mikaela está falando isso da boca para fora, não leve para o seu doce coração minha Anna.

    — Ela me odeia papai. – Sussurrei sentindo as lágrimas deslizar pelo meu rosto. — Ela me odeia desde que eu vim morar nessa casa e tudo que eu fiz foi para orgulhá-la.

    — Eu sei. – Sussurrou ele beijando a minha testa. — Eu sei filha. Mas não pense assim, se você não conseguiu deixá-la orgulhosa, você deixou todo o seu país orgulhoso.

    Eu funguei e concordei e papai continuou a me consolar até mamãe o chamar aos gritos e eu me trancar no meu quarto sabendo que era melhor para a minha integridade me manter longe das suas vistas pelos próximos dias.

    Acordei cedo e arrumei as minhas coisas jogando tudo dentro da minha bolsa e desci as escadas e tomei o meu café na cozinha e agradeci a empregada antes de sair.

    — Para o ginásio. – Pedi encarando o motorista e cruzando as minhas mãos sobre o colo. — Pelo caminho mais rápido, eu preciso chegar mais cedo para me aquecer.

    Ele concordou e eu fiquei encarando o crepúsculo e Moscou começar a clarear quando eu entrei no ginásio. Entrei no vestuário e troquei de roupa e segui para a área de treino, amarrando os meus patins e entrando no ringue para me aquecer.

    — Ainda é cedo para você estar treinando. – Comentou Nathan fazendo com que eu risse. — Irá acabar se contundindo dessa maneira.

    — Nathan! – Exclamei sorrindo e apoiando-me na bancada. — O que está fazendo aqui tão cedo? Pensei que você e o treinador Ivanov ainda estavam planejando a sua coreografia.

    — Eu preciso me exercitar enquanto não temos nada planejado. – Falou ele rindo e entrando no ringue. — A treinadora Eri está pegando pesado com você, fiquei sabendo que a sua coreografia está quase impossível de ser executada.

    — As minhas adversarias estão cada vez mais técnicas. – Falei sorrindo enquanto patinávamos. — Eu preciso melhorar em alguns pontos para conseguir a vaga olímpica.

    — Como se eles forem deixar a campeã olímpica de fora! – Brincou ele fazendo com que eu desse de ombros. — Você é a melhor entre todas as patinadoras russas, é impossível que você não esteja entre as classificadas.

    Eu sorri e me puxou fazendo com que eu rodasse no gelo e gargalhei, fazia tanto tempo que eu não conseguia me divertir naquele jeito patinando. Nathan conseguia fazer com que eu voltasse a ser aquela criança que adorava patinar e queria passar todo o seu tempo livro aprendendo saltos novos, sem toda a pressão de ser a melhor patinadora sobre os meus ombros.

    — O que está acontecendo aqui? – Perguntou a treinadora Eri fazendo com que nós a encarássemos com os olhos arregalados. — Você deveria estar treinando Anna e não de brincadeiras no gelo, sua coreografia está cheia de falhas e você está rindo como se nada estivesse acontecendo.

    — Desculpe-me treinadora. – Pedi abaixando a minha cabeça. — Isso não vai se repetir, irei voltar para o meu treino.

    — Acho bom isso não se repetir. – Afirmou ela. — Ou os dois irão receber punições por conta das suas ações. Saia do gelo senhor Petrov, minha atleta precisa focar nos seus treinamentos e não me namoricos bobos que tiram o seu foco e a sua dedicação.

    Nathan saiu e a treinadora me deu uma bronca daquelas, antes de mandar com que eu começasse com os meus treinamentos, já que eu não iria conseguir nada se continuasse a seguir naquela maneira.

    — Não brinque com Nikita Trusova. – Avisou a treinadora quando eu saí do gelo e coloquei as proteções nos meus patins. — Se afaste daquele garoto ou os dois irão sofrer nas mãos daquele homem.

    — Treinadora! – Exclamei sentindo as minhas bochechas queimarem de vergonha. — Eu não tenho nada com Nathan, ele é apenas um amigo.

    — Você pode não ter nada com ele, mas o garoto sente algo por você, então é melhor você deixar as coisas bem claras para ele. – Disse ela me encarando. — A fama de Trusova não nasceu de um boato, tome cuidado ou ele a destruíra.

    Engoli a seco e concordei antes de seguir para o vestuário e tomar um banho, depois de pronta eu arrumei as minhas coisas e saí sentindo-me mal depois da minha conversa com a treinadora.

    — Anna. – Chamou Nathan e eu congelei, eu realmente não gostaria de o encontrar naquele dia. — Podemos dar um passeio? O dia está tão bonito, não é bom ficar trancada em casa.

    — Eu realmente tenho alguns problemas para resolver em casa. – Menti, por mais que eu não quisesse ficar em casa era melhor fazer o que a treinadora tinha mandado. — E minha mãe não gosta que eu chegue tarde em casa.

    — Não iremos demorar. – Falou ele segurando a minha mão e sorrindo. — Acho que você merece um pouco de distração, eu prometo que será rápido, iremos dar uma volta pela praça e depois voltaremos para o ginásio.

    — Eu não posso. – Sussurrei puxando a minha mão. — Não posso, eu acho melhor nos afastarmos Nathan, eu não quero magoar os seus sentimentos, mas eu estou noiva e o meu noivo não irá gostar de me ver na companhia de um garoto.

    — Não precisa mentir. – Falou ele afastando-me. — Seria melhor que você falasse que não quer sair comigo, assim eu iria desistir sem ter o meu coração machucado. Eu preciso ir, nós nos vemos por aí Anna.

    Ele se afastou e eu suspirei passando as minhas mãos pelos cabelos e murchei os meus ombros.

    — Eu não estou mentindo. – Sussurrei vendo-o desaparecer dentro do seu carro. — Mas, acho que é melhor dessa maneira, assim você terá apenas o seu coração partido.

    O segurança abriu a porta para do carro e eu entrei pedindo para que ele seguisse diretamente para casa, minha cabeça estava latejando.

    — Querida que bom que você chegou. – Falou mamãe sorrindo e eu arregalei os meus olhos, aquele comportamento não era normal. — Que bom que chegou cedo do seu treino, a senhora Trusova veio lhe conhecer, venha ela está lhe esperando no jardim.

    Ela me arrastou na direção do jardim e eu vi que a senhora Trusova sentada na mesa, eu já tinha a visto algumas vezes quando ela veio conversar com minha irmã, porém eu nunca tinha sido apresentado a ela formalmente.

    — Olá Anna. – Saudou ela sorrindo. — Sente-se, vamos conversar um pouco, eu gostaria de conhecer a minha futura nora melhor.

    Eu engoli a seco e me sentei ao seu lado, eu esperava que ela fosse melhor do que mamãe.

    CAPÍTULO DOIS

    ANNA VASSILIEV:

    — Foi um prazer poder conhecer você Anna. – Falou a senhora Trusova e eu abri um pequeno sorriso. — Me informe quando você for decidir os detalhes para a cerimônia de casamento, eu gostaria de estar presente, Nick é o meu único filho, eu quero participar dessa fase da sua vida.

    — Avisarei senhora Trusova. – Afirmei sorrindo e apertando a sua mão. — Pedirei para mamãe fazer isso, ela quem está cuidando de todos os detalhes.

    — Apenas Tonya, minha querida. – Pediu ela sorrindo. — Sua mãe comentou sobre a competição estar próxima e você passar mais tempo no ginásio do que em casa. Irei convidar Nick para irmos a sua próxima apresentação, eu adoro patinação artística, principalmente as competições nacionais.

    Eu sorri e ela se despediu com um abraço rápido e saiu deixando-me sozinha e eu suspirei sentindo o meu coração palpitar, eu apenas esperava que aquela mulher agradável não virasse uma bruxa depois do casamento.

    — O que a senhora Trusova queria com você? – Perguntou mamãe assustando-me. — Espero que não tenha envergonhado a sua família na frente daquela mulher, ela é uma bruxa, qualquer deslize e estaremos todos mortos.

    — Ela queria apenas conversar mamãe. – Respondi passando por ela e pegando a minha bolsa que eu tinha largado ali. — Ela também quer fazer parte da organização do casamento, pediu para que a avisassem quando você começasse a tratar dos detalhes, o senhor Trusova é o seu único filho, ela quer estar presente nessa fase da vida do filho.

    — Era só o que me faltava ter que aturar aquela mulher ardilosa. – Rosnou ela irritada. — Você está me dando apenas dor de cabeça garota, vá para o seu quarto, cansei de olhar para a sua cara e se eu a deixar marcada, já que amanhã você tem a sessão de fotos para o maldito campeonato.

    — A senhora Trusova disse que iria estar presente. – Avisei e ela me encarou furiosamente. — Devo deixar o seu lugar e o de papai reservados? Preciso avisar a treinadora Eri agora para que ela não distribua os meus convites especiais, a senhora sabe que ela odeia ser informada sem antecedência.

    — É claro que sim garota idiota. – Bradou ela. — Espero que não nos humilhe, nós não estamos gastando rios de dinheiro com você e ainda nós humilhar na frente de pessoas importantes.

    — Irei dar o meu melhor, mamãe. – Afirmei a encarando. — É a minha vaga olímpica que está em jogo, eu não a perderia por nada.

    Ajeitei a minha bolsa no ombro e entrei em casa. Subi as escadas rapidamente e me joguei na cama enterrando a minha cabeça no travesseiro e gritando enquanto amaldiçoava Kamilla. Por que ela tinha o direito de ter uma vida normal e eu tinha que assumir a sua vida? Isso era tão injusto.

    Peguei o meu celular e abri na minha rede social e suspirei vendo a foto de todas as minhas amigas da escola comemorando a entrada nas faculdades. Travei o celular e fechei os meus olhos, eu estava apenas me torturando com algo que nunca seria possível para mim.

    Acordei com papai me chamando e avisando que o jantar estava servido. Me juntei a mesa vendo que a minha salada estava no meu prato e suspirei, tudo que eu queria naquela noite era um belo prato de strogonoff, porém eu precisava manter a minha dieta ou ficaria inchada e não caberia no meu figurino no dia seguinte.

    — Vá dormir cedo. – Ordenou mamãe me encarando. — Ou irá acordar como um panda e nenhum maquiador irá conseguir esconder essas olheiras.

    Concordei e pedi licença e voltei para o meu quarto, tomei um banho e coloquei a minha camisola e me jogar na cama, peguei o celular e vi as mensagens que os fãs estavam me mandando e isso me deixou feliz, aquele carinho que eles tinham por mim era a minha fonte de energia diária.

    Arregalei os meus olhos quando vi que já passava das duas da manhã, mamãe iria me matar se eu acordasse com olheiras. Coloquei as compressas gelada por baixo da minha mascará de dormir e coloquei os meus fones colocando uma música calma que me relaxava.

    — Senhorita Vassiliev. – Chamou-me Yelena fazendo com que eu pulasse da cama. — Já é 7:00 h a senhora Mikaela está esperando pela senhora na sala, pediu para que eu viesse ver se a senhorita já estava pronta, ela está irritada, não recomendo que a senhorita lhe irrite. O que eu devo falar para ela?

    — Avisei que eu estou terminando de escovar os cabelos. – Pedi pulando da cama e correndo na direção do banheiro. — Obrigado Yelena.

    Ela sorriu e saiu do quarto, eu apenas joguei uma água no rosto e fiz a minha higiene pessoal rapidamente e coloquei o meu uniforme de treino rapidamente e peguei a mala que já estava pronta com as roupas que eu usaria naquele dia.

    — Eu não sei por que ainda coloco expectativas sobre você. – Rosnou mamãe quando eu terminei de descer as escadas. — Entre naquele carro e não abra a sua maldita boca ou irá tirar as suas fotos com o rosto marcado.

    Entrei no carro e agradeci ao motorista por ele colocar a mala no porta-malas e permaneci em silêncio até o ginásio. É claro que a treinadora Eri também estava irritada com o meu atraso, já que ela teve que colocar outras patinadoras para fotografar na minha frente e eu que deveria ser a estrela daquele dia.

    Minha mãe tinha feito um show nos bastidores, contratou maquiadores e cabelereiros e colocou os meus figurinos em ordem para que eu não fizesse confusão.

    O fotografo era muito agradável e me deixou confortável para fotografar, mesmo com a treinadora gritando para que ele pegasse os meus melhores ângulos, já que eu era a sua melhor atleta e merecia destaque.

    — Acho que seria auspicio ter fotos dos dois melhores patinadores. – Falou o fotografo e eu engoli a seco. — Isso seria uma propagando gratuita para o ginásio.

    — A imagem da minha filha não será entrelaçada a de ninguém. – Avisou mamãe o encarando furiosamente. — Não deixarei com que ninguém ganhe prestígio usando a imagem de Anna, iremos encerrar a sessão por aqui.

    — Como se o meu atleta precisasse disso. – Rosnou o treinador Ivanov e eu fechei os meus olhos, ele estava comprando uma briga que não iria conseguir vencer. — Controle a mãe da sua atleta treinadora Eri, não irei deixar com que ela denigra o meu patinador dessa maneira.

    — São apenas fotos. – Sussurrei tocando o braço de mamãe. — Você estará presente, nada irá acontecer sob o seu olhar atente. Apenas não compre uma briga com alguém que pode prejudicar a minha carreira, o treinador Ivanov tem amigos poderosos dentro do comitê.

    — Como se eu estivesse preocupada com isso. – Bradou ela. — Apenas uma fotografia, nada mais do que isso e mantenha esse garoto com as mãos bem longe da minha filha, ela é uma garota comprometida e não deixarei com que o seu relacionamento seja influenciado por conta disso.

    Mamãe ficou o tempo inteiro ao lado do fotografo falando sobre como ele teria que bater aquelas fotos e foi a parte mais cansativa da sessão e eu agradeci quando o fotografo encerou a sessão de fotos e eu pude voltar para o vestuário.

    Retirei toda a maquiagem e desfiz aquele penteado antes de tomar um banho, me vestir e arrumar as minhas coisas.

    — Anna. – Chamou Nathan segurando o meu braço e eu lhe encarei com os olhos arregalados.

    — Você precisa de algo? – Perguntei o encarando.

    — Eu quero me desculpar por ontem. – Falou ele abaixando a sua cabeça. — Eu não deveria ter lhe tratado daquela maneira. Me desculpe.

    — Está tudo bem Nathan. – Sussurrei o encarando. — Eu preciso ir, minha mãe está me esperando no carro eu não quero a deixar ainda mais irritada do que ela já está.

    — Ainda somos amigos? – Perguntou ele segurando novamente o meu braço. — Eu não gostaria de perder a sua amizade.

    — Anna. – Chamou mamãe furiosa andando na nossa direção e me encarando furiosamente. — Não perca o seu tempo com essas pessoas. Vamos nós temos um compromisso com o estilista, é a primeira prova do seu vestido do noivado, ele tem que estar perfeito.

    Mamãe nem deixou com que eu respondesse antes de começar a me puxar na direção da saída.

    — Fique longe daquele garoto. – Mandou-a quando entramos no carro. — Ele está apenas tentando fazer com que você se desvie do seu caminho, ele é uma péssima companhia, irei mandar com que a treinadora Eri coloquem vocês para treinarem em horários diferente e colocarei um segurança para lhe proteger daquele tipinho.

    — Mamãe! – Exclamei. — Nathan é apenas um colega de treino, ele não é meu namorado ou algo do tipo, você não precisa ficar histérica por conta de apenas uma conversa, por favor não arrume mais confusão.

    — Eu conheço tipos como aquele. – Falou ela. — E eu não irei deixar com que você caia no seu papinho furado e mate todos nós, eu deveria informar isso para o senhor Trusova, ele certamente iria dar um jeito nessa situação. Pessoas nesse país podem desaparecer rapidamente, principalmente se mexerem com algo que pertence ao chefe da Bratva. Então acho melhor entrar na linha ou seu amiguinho irá desaparecer e a culpada será você.

    Engoli a seco e abaixei a minha cabeça, era melhor falar o que ela estava falando, já que mamãe estava realmente certa, não era bom mexer com ninguém relacionado a Máfia Russa.

    Eu já conhecia o ateliê do estilista, já que ele fazia todos os meus figurinos para as minhas apresentações e mamãe mandou com que eu o provasse primeiro, já que a senhora Trusova ainda não tinha chegado.

    — Aperte mais essa cintura. – Mandou mamãe. — Olha isso esse colã não está favorecendo em nada o corpo ela. Por que a pedraria ainda não foi colocada?

    — Os cristais chegaram essa manhã senhora. – Respondeu o estilista. — Iremos mandar o colã para a aplicação de pedras depois dos últimos ajustes. Está confortável Anna?

    — Ela não precisa estar confortável, ela precisa ser a mais bonita. – Rosnou mamãe e eu concordei encarando o estilista. — Apenas faça o que eu estou mandando, eu sei o que é melhor para a minha filha. Então não ouse me contrariar, vamos com isso, ainda temos os ajustes do vestido de noivado para terminar.

    O estilista terminou todos os ajustes e uma das suas assistentes ajudou-me a me trocar para que eu não me machucasse com os alfinetes que tinha sido colocado para os ajustes.

    O vestido que mamãe tinha escolhido não era bonito, mas segundo ela era assim que as mulheres de famílias tradicionais se vestiam no dia do seu noivado, então era melhor não discutir com ela.

    — Esse vestido está apagando completamente a beleza de Anna. – Comentou a senhor Trusova. — É uma festa de noivado e não um velório para estar toda coberta dessa maneira.

    — É uma tradição da Família Vassiliev. – Retrucou mamãe incomodada. — Todas as mulheres da família usam preto no seu noivado, não queremos que as tradições sejam quebradas, isso daria azar a Anna.

    — Não estou falando da cor. – Falou a senhora Trusova levantando-se. — O corte e o modelo estão apagados e não combina com o biotipo de Anna. Onde está o vestido que Kamilla tinha escolhido?

    — Como? – Perguntou mamãe a encarando perplexa. — Aquele vestido foi feito pelo melhor estilista parisiense especialmente para a minha primogênita e Anna não liga para essas coisas.

    — Kamilla não irá usar. – Falou Tonya a encarando. — Não teria por que colocar um vestido a perder. Traga ele para mim e depois me ajude Anna a o vestir.

    — Imediatamente madame Trusova. – Falou o estilista saindo e a assistente me ajudou a descer do tablado e entrar no trovador.

    Mamãe entrou atrás de nós e mandou com que ela saísse.

    — Você irá negar o vestido de Kamilla. – Rosnou Mamãe me encarando furiosamente. — Eu não quero saber o que aquela cobra fale, não irá usar o vestido da minha filha, mesmo que ela nunca irá usar esse maldito vestido. Esse corte foi pensado especialmente para ela.

    Ela saiu e eu apenas suspirei. O vestido era lindo, eu tinha o visto apenas uma vez quando acompanhei em uma das suas provas, ele era nude, cheio de cristais Swarovski, ele tinha uma gola role e não tinha decote na parte da frente, era de manga longas e tinha as suas costas nuas e ele era semi sereia e marcava as curvas certas do meu corpo.

    — Maravilhosa! – Exclamou Tonya e eu apenas dei um pequeno sorriso. — Você pode mudar esses cristais por cristais negros? Assim não iriamos ter problemas com a tradição da família Vassiliev.

    — Eu o achei desconfortável. – Menti, por mais que o vestido fosse maravilhoso se eu aceitasse as escolhas dela, mamãe iria ficar ainda mais furiosa. — Não acho que ele combina comigo.

    — Oh querida! – Exclamou ela virando-me para o espelho. — Isso deve ser confuso não é, usar o vestido que a sua irmã tinha escolhido, porém não pense dessa maneira, você está linda. A noiva precisa ser a mulher mais bonita da festa e esse vestido combinou perfeitamente com você. Devo salientar que ficou melhor em você do que em Kamilla, ela apagava completamente esse belo vestido.

    Mamãe rosnou e tentou convencer a senhora Trusova do contrário, mas ela estava irredutível e mandou com que o estilista fizesse todas as alterações que precisava para que o vestido ficasse perfeito no meu quarto.

    — Aquela velha intrometida! – Exclamou mamãe furiosamente batendo a porta do carro com força. — Eu sabia que era uma péssima ideia deixar com que ela nos acompanhasse, agora teremos que fazer tudo para lhe agradar. E você! Por que não negou os seus pedidos? Eu avisei que você não deveria ficar com o vestido da minha Kamilla.

    — Você mandou com que eu a tratasse bem. – Resmunguei e ela fechei as suas mãos em punhos me encarando furiosamente.

    — Cale a boca. – Rosnou mamãe. — Não abra a sua maldita boca o resto do dia, eu não quero mais ouvir a sua voz, apenas isso me irrita. Eu irei ter um AVC e a culpa será inteiramente sua.

    Me calei e ela voltou a reclamar da senhora Trusova e saiu batendo todas as portas com força porque os seus caprichos não foram realizados.

    — Obrigado Yelena. – Agradeci quando ela colocou almoço, eu estava faminta. — Acho que mamãe não irá almoçar, ela está mais irritada do que nessa manhã, ela e a senhora Trusova discordaram em alguns pontos da festa de noivado e ela teve que ceder.

    — Oh! Ela deve estar irada. – Sussurrou a mulher e eu concordei. — Chegaram alguns presentes para você, eu os coloquei no seu quarto.

    — Presentes? – Perguntei a encarando. — Tinha remetente?

    — São do senhor Trusova. – Respondeu ela e eu arregalei os meus olhos. — Acho que tem algo a ver com o noivado, mas só a senhorita abrindo para saber.

    Eu agradeci e almocei tranquilamente antes de levar as minhas louças para a cozinha e subi as escadas tranquilamente.

    Tinham duas caixas sobre a minha cama e por mais curiosa que eu pudesse estar, deixei-as ali e guardei os meus equipamentos e depois fui tomar um banho, escovei os meus cabelos e os sequei antes de sair do banheiro e coloquei uma roupa confortável.

    Me sentei na cama e abri a primeira caixa e arregalei os meus olhos ao ver o conteúdo. Era um belíssimo conjunto de pérolas negras que faiscavam aos meus olhos.

    A outra caixa tinha um adereço de cabelo em força de pente, também estaria todo encrustado de pérolas negras e diamantes, era a peça mais bonita que eu já tinha visto.

    Tinha um pequeno cartão sobre a segunda peça e eu a abri vendo a caligrafia fina e masculina.

    Use-os na festa de noivado, essas joias pertencem a família Trusova a gerações e todas as mulheres as usaram em datas especiais. Essa será a sua iniciação como a próxima Lady, faça algo impróprio e eu lhe quebrarei na frente de todos. Esteja pelo menos apresentável. N.T

    — Tão agradável. – Sussurrei jogando o bilhete no lixo e fechando as caixas colocando-as sobre o criado mudo.

    — O que são essas caixas? – Perguntou mamãe entrando no meu quarto e me encarando. — Não me diga que aquelas imprestáveis deixaram com que os presentes dos seus fãs fanáticos entrassem nessa casa, eu já avisei que não quero nenhum objeto dessa gentalha na minha casa.

    — São presentes do senhor Trusova. – Respondi vendo-a caminhar apressada até o criado mudo e torcei o seu nariz quando viu o conteúdo. — Ele disse que era para usá-las na festa de noivado, é uma tradição da família Trusova.

    — Pérolas. – Ironizou ela fechando a caixa com força. — Essa família não tem estilo nenhum. Ainda bem que a sua irmã não se casou com esse maldito, ela odiava perolas, nunca iria usar isso em nenhum evento. Guarde-as em um local seguro ou você poderá acabar se dando mal, filhinha querida.

    Ela saiu batendo a porta com força e eu apenas suspirei pegando as caixas e as guardando dentro do meu cofre e depois me joguei na cama suspirando.

    Aquele noivado já estava me dando mais dores de cabeça do que eu estava imaginando que poderia acontecer.

    — Querida. – Chamou papai fazendo com que eu abrisse os meus olhos e o encarasse confusa, a escuridão tomava conta do meu quarto. Eu tinha dormido por toda a tarde?

    — Papai! – Exclamei sentando-me na cama e esfregando os meus olhos. — Você precisa de alguma coisa?

    — Sua mãe convidou Nikita Trusova para o jantar. – Avisou ele e eu arregalei os meus olhos. — Não demore para descer ou ela irá ficar irritada com a sua demora e esteja apresentável.

    Ele saiu deixando-me sozinha e eu joguei as cobertas para o lado e corri na direção do banheiro, joguei um pouco de água no rosto e corri na direção do meu closet, pegando um vestido mais arrumado e prendi os meus longos cabelos ruivos em um coque de cabelo improvisado e passei uma maquiagem básica antes de descer.

    — Olá querida. – Saudou o senhor Trusova fazendo com que um arrepio percorresse a minha espinha. — Pensei que não iria se juntar a nós. Sente-se, vamos ter o nosso primeiro jantar em família.

    CAPÍTULO TRÊS

    NIKITA TRUSOVA:

    — Não tem nada contra a garota. – Afirmou Aleksandra jogando-se na poltrona na minha frente. — Ela não tem uma vida social movimentada, como a sua querida irmãzinha que vivia aprontando nas noites de Moscou. Ela treinar durante todo o dia, depois o motorista lhe buscar no ginásio e depois ela fica trancada na mansão Vassiliev.

    — Como assim você não achou nada que possa cancelar esse maldito casamento? – Rosnou e ela apenas deu uma risada. — Você está em dívida com a máfia Aleksandra não deveria fazer corpo mole.

    — Eu não posso fazer nada se a garota é a reencarnação da virgem Maria. – Ironizou ela. — E a minha dívida foi paga quando eu matei aquele filho da puta que eu chamava de marido e estava lhe roubando. Então pare de achar que eu sou uma das suas cadelinhas, pois eu não sou Trusova. Tem algo que você pode usar, esse garoto, ele é colega de treino dela e pelo que eu pude perceber está apaixonado. Uma traição iria lhe livrar desse contrato absurdo e ainda exterminaria com todos os Vassiliev do planeta. Tem apenas um pequeno problema?

    — Essa palavra não existe no meu vocabulário. – Afirmei levantando-me e sorrindo maliciosamente. — Eu nem preciso de uma traição concreta, apenas de algumas fotos que podem ser montadas e não terei mais que aturar aquela maldita família.

    — A garota é a queridinha da Rússia. – Avisou ela levantando-se. — 9 em cada 10 russos é seu fã, matá-la seria uma péssima ideia, você seria investigado e a possibilidade de terminar preso é gigante.

    Gargalhei com as ideias mirabolantes que passavam pela cabeça daquela mulher.

    — Eu comando esse maldito país, eles nunca me investigariam, pois sabem do poder que eu possuo. – Debochei a encarando. — Me livrar de uma patinadorazinha não é nada perto de tudo que eu já fiz.

    — Eu não estou falando de investigações russas e sim das internacionais, pois ela é uma atleta conhecida pela comunidade esportiva. – Disse ela cruzando os seus braços. — Você comanda a Rússia meu caro, porém você ainda não é deus para comandar todo o mundo. Irei me retirar, olhar para você me irritada, pense com cuidado no que irá fazer, uma esposa não lhe faria mal, você teria alguém em quem descontar todo esse ódio represado.

    Ela saiu batendo a porta com força e eu apenas peguei a foto que estava sobre a mesa, se os Vassiliev achavam que iriam me passar para trás com aquela história de clínica psiquiátrica, eles estavam muito enganados, eu nunca iria aceitar uma mera substituta, eles que tinham quebrado o acordo primeiro, eu estava apenas deixando as coisas mais interessantes.

    — Senhor. – Chamou o segurança quando eu entrei no carro. — A senhora Vassiliev ligou e o convidou para um jantar na mansão. O que eu devo responder?

    — Aceite ao convite. – Respondi. — Irá ser divertido me divertir com aqueles malditos e os deixar esperançosos antes de me livrar de todos eles.

    Ele concordou e eu ordenei com que ele seguisse para a mansão Trusova, eu tinha assuntos para resolver com a minha mãe antes de ir fazer um agrado aos próximos alvos da Bratva.

    — Nick! – Exclamou Tonya quando eu entrei em casa e ela colocou duas caixas das minhas mãos. — Mande o segurança entregar isso para Anna, são as joias da família, eu mandei com que as fossem polidas antes da festa de noivado, não podemos desrespeitar as tradições.

    — Tonya! – Exclamei irritado, ela não tinha o direito de se meter na minha vida daquela maneira. — Eu já avisei que não quero você agindo como uma mãe, quando eu precisei de uma você não foi e deixou com que aquele maldito me transformasse em um monstro, não tente recuperar o tempo perdido, pois isso não irá acontecer, eu lhe aturo apenas por conta das leis da máfia, já que se fosse por mim você já estaria morta.

    — Garoto eu sou a sua mãe. – Rosnou ela me encarando furiosamente. — Não me importo se você gosta ou não disso, apenas faça o que eu estou mandando, não deixarei com que todos continuem zombando de você pelas suas costas. Ou você realmente não sabe dos boatos que correm pelas rodas de fofoca da cidade? Ser gay não é um problema querida, afinal ninguém tem nada a ver com quem você come ou se é comido, mas não deixe com que os outros descubram isso ou você estará acabado, ninguém irá respeitar um macho alpha que na cama é uma garotinha manhosa e cheia de não me toques.

    Rosnei e bati com força no seu rosto e a prensei contra a parede asfixiando-a e ela apenas gargalhou me encarando desafiadoramente.

    — Irá me matar, filhinho? – Perguntou ela gargalhando e apertando as suas unhas nos meus braços quando eu apertei com mais força o seu maldito pescoço. — Irá acabar com as consequências dos seus atos, seu viadinho de merda, seu pai deveria ter batido mais em você para aprender a não agir como uma garotinha. Vamos lá, faça isso, porém prepare-se para perder o seu cargo, pois sem mim você não é nada.

    Rosnei e bati com o seu corpo com força contra a parede e ela desabou aos meus pés fazendo com que eu a chutasse várias vezes até ela ter vomitado sangue.

    — Não pense que por não poder lhe matar eu irei deixar com que a sua vida seja fácil, mamãe. – Ironizei puxando-a pelos cabelos e forçando-a a me encarar. — Nossas vidas estão entrelaçadas, se um de nós morrer o outro morrerá e esse será o fim da família Trusova. Agora se me der licença, eu preciso me arrumar para ir jantar na casa da minha futura esposa, você parece tão apegada a essa garota, que será um prazer torturá-la apenas para ferir você querida mamãe. SE ALGUÉM A AJUDAR SERÁ MORTO E EU NÃO TEREI PIEDADE NENHUMA DESSA PESSOA.

    Subi as escadas e entrei no meu quarto com um sorriso malicioso no rosto, então Tonya tinha se apegado aquela garota, ela seria uma arma prefeita para manipular a minha querida e amada mãe.

    Mandei com que as caixas fossem entregues na mansão Vassiliev com um bilhete bem peculiar e depois subi.

    Tomei um banho demorado e me arrumei e desci as escadas vendo que Tonya já não estava mais jogada no chão, uma pena eu gostaria de lhe aplicar mais alguns corretivos para que ela aprendesse a se colocar no seu lugar.

    — Alguém a ajudou? – Perguntei encarando Olga.

    — Não senhor Trusova. – Respondeu ela abaixando a sua cabeça. — A senhora foi sozinha para o seu quarto, ninguém nessa casa iria descumprir uma ordem do senhor.

    — Ótimo! – Exclamei. — Não voltarei essa noite, fique de olhos e ouvidos atentos, quero saber de todos os passos de Tonya, aquela cascavel está tramando algo e eu quero estar preparado quando ela tentar dar o dote.

    Ela concordou e eu saí entrando no carro e mandando com que o meu soldado de confiança seguisse para casa dos Vassiliev. Vamos ver o qual assustada está a minha bonequinha?

    — Trusova! – Exclamou Otto quando eu entrei na mansão e eu rolei os meus olhos, aquele homem era um frouxo comandado pela mulher, não servia nem para honrar as calças que vestia. — É um prazer tê-lo na minha casa.

    — A honra é realmente sua. – Ironizei e ele abaixou a sua mão. — Onde está a minha noiva? Pensei que tivesse educado melhor as suas filhas.

    — Estou aqui senhor. – Falou ela terminando de descer as escadas, além da beleza aquela garota parecia não ter nenhum outro atributo, pelo menos era jovem e bonita. — Boa noite.

    A ignorei quando Mikaela entrou avisando que o jantar estava servido.

    Observei a garota durante todo o jantar, ela comia como um passarinho e isso estava me irritando. Como alguém conseguia se manter comendo tão pouco?

    — Esteve com minha mãe essa tarde. – Comentei vendo-a concordar com os olhos pregados na comida. — Espero que ela não tenha sido um estorvo, ela adora se meter onde não é chamada.

    — A senhora Trusova foi muito gentil. – Sussurrou ela e eu revirei os meus olhos. — Obrigado pelas joias, eu irei os guardar com cuidado até o noivado para as devolver impecáveis.

    — São suas. – Rosnei vendo-a engolir a seco. — Faça o que bem entender com elas, você deveria saber que não se devolve um presente.

    Mikaela a repreendeu e ela apenas anuiu e ficou calada durante o resto do jantar, como se não quisesse que

    Está gostando da amostra?
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